sexta-feira, 13 de julho de 2007

Decisão Descabelada

Conhece o Leitor a origem do termo pau de cabeleira? Pois deve-se a Alexandre Herculano a popular expresão, num queixume que soltou por, estando na companhia de Garrett, este se ter afastado alguns metros dele para ir namoriscar uma Dama, deixando-o, segundo a imagem escolhida, numa posição semelhante às dos paus em que os cabeleireiros costumavam pendurar as perucas.
Eis que vem agora o Responsável da tutela dizer que os Juízes britânicos vão deixar de usar o adereço emblemático que os celebrizou. Dado que a entrada do acréscimo capilar imperou nos imaginários mais díspares em paralelo com uma Justiça-modelo é de ficar apreensivo quanto às hipóteses de os magistrados escaparem à fama de estar a mais que estigmatiza os vigilantes dos namoros. Aliás, onde custa, em matéria criminal, o caracóis pelos ombros continuarão a desempenhar a função de solenidade que lhes está há tanto tempo cometida. A inovação aplica-se apenas a esses "domínios menores", o Cível e a Família. Poderá ser impulso análogo ao que por cá transfere divórcios para Conservatórias do Registo Civil. Não quero crer que seja o reconhecimento de que se torna impossível ser justo e justiceiro, em tais âmbitos!

4 comentários:

João Távora disse...

Essa do pau de cabeleira era boa para a minha "História de Algibeira"...
Abraço

T disse...

Não conhecia a história, mas fui nomeada para essa função pela minha mãe, muitas vezes. Irmã mais nova sofre. Na altura possuía de facto uma farta cabeleira.
Beijinho!

O Réprobo disse...

E, Caríssimo João, quanto não ganharia em ser nesse Contexto conhecida!
Grande abraço

O Réprobo disse...

T...adinha! Deve ser desesperante, salvo por eventuais pequenas recompensas, ter de supervisionar o Próximo e, sobretudo, os(as) Próximos(as).
Beijinho