A Sorte das Marcas
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Não era popular esse conceito entre os mais ferozes vampirizadores das terras a ocupar, defensores dos melhoramentos na simples medida em que facilitassem o aproveitamento das matérias-primas e do exercício da administração. Mas não assim na acção empreendedora do nosso País, que sempre foi o modelo para o grande Marechal:
Em todas as regiões do mundo por onde passei, sempre que via uma ponte perguntava quem a construíra e sempre me respondiam: os portugueses. Diante de uma estrada e ao fazer semelhante pergunta, a resposta era idêntica: os portugueses. E quando se tratava de uma igreja ou de uma fortaleza, sempre a mesma resposta: os portugueses, os portugueses, os portugueses.
O meu desejo seria que, se Marrocos se tornasse algum dia esquimó ou chino, os nossos sucessores lá encontrassem tantas reminiscências francesas como portuguesas nós temos achado.
Note-se que era no tempo em que razões tecnológicas e, sobretudo, políticas não consentiam que fossem erguidas pontes numa madrugada. E demos graças ao Senhor Nosso Deus por o Velho Militar não ter indagado por suspeitos aeroportos nestes tempos do fim e espaço retráctil. A resposta seria Bruxelas! Bruxelas! Bruxelas!
A memória do que éramos capazes anda mais morta do que os ossos desta prestigiosa Testemunha.
9 comentários:
Brasillach faz uma bela homenagem a Lyautey em "La Conquérante".
Olha, vergonha das vergonhas, não li esse. Mas, em compensação, li uma tese "absolutamente completamente", de um advogado travestido de psicólogo, em que se procura apontá-lo como modelo do Charlus de Proust, quando o próprio admitiu que o papel era de Robert de Montesquieu. Tentativas de apequenar um vulto enorme de Militar, Administrador e Homem da Cultura, como a Exposição dos anos 1920 que organizou abundantemente prova.
Abraço
http://linha-horizonte.blogspot.com/2007/07/o-verdadeiro-chefe.html
Já lá fui. Obrigadíssimo pela revelação e pela dedicatória.
Grande abraço
Comprei o meu exemplar de "La Conquérante" num alfarrabista de... Lisboa. Ontem, em consultas na Amazon.fr e na Chapitre.com, nada encontrei. Nesta última nem mesmo na secção de livros antigos, que é bastante vasta.
Um abraço.
Raios! Mas tenhamos fé, quem passa a vida a farejar o equivalente dos sebos há-de dar com a obra, num País outrora tão dominado pela fascinação da Cultura Francesa.
Abraço
Faltou dizer que comprei o livro há uns quinze anos...
Meu Caro FSantos,
em matéria de livros não publicados recentemente quanto mais tempo passa, maiores são as probabilidades de o encontrar.
Abraço
Caro Paulo,
estive a ver,na coluna da direita,alguns títulos que me passaram despercebidos,e reparei neste;nunca tinha ouvido falar em Lyautey(percebe agora melhor quando falava no meu "isolamento"),mas fiquei com curiosidade:tratei,pois,de fazer uma primeira abordagem-o que se aprende aqui!
Beijo
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