Explosão do Passado
Esperava justamente que Alguém estranhasse os pormenores dos incidentes britânicos que originaram o derradeiro post de ontem, o que veio a acontecer, graças à oportunidade e argúcia do Carlos Portugal. Tudo para que me fosse dado o mote para abordar um outro atentado à bomba, o praticado contra Salazar, em 4 de Julho de 1937, faz hoje anos, portanto. É que as oposições fizeram então correr o rumor de que teria sido uma simulação da antecessora da PIDE, a PVDS, para fazer subir a píncaros ainda mais elevados a popularidade do Chefe de Governo. Foi preciso esperar pelo regime abrilino, altura em que já não lhes faria mossa, para que um dos participantes, o que escapara, Emídio Santana, viesse, em livro, confessar publicamente a genuinidade do acto terrorista e a sua co-autoria do mesmo. A polícia do regime tinha, isso sim, posto a circular que se pensava ter a proeza sido levada a cabo pelos assaltantes à Repartição das Finanças da Lourinhã, pouco antes celebrizados, para que os malfeitores se sentissem seguros e viessem a ser mais facilmente apanhados.
Eis, da esquerda para a direita, Alfredo Elói, Manuel Pinhal, o Francês, António Pires da Silva, Jacinto Carvalho e José Horta, os quais fizeram deflagrar o engenho no caminho que o Presidente do Conselho habitualmente tomava para ir à Missa, prova de que nem a passagem para um Serviço Religioso esta gente respeita. Deste passado tão explosivo como implodido, apetece dizer, sem querer condenar quem quer que seja pelos traços físicos, que estava na cara!
Eis, da esquerda para a direita, Alfredo Elói, Manuel Pinhal, o Francês, António Pires da Silva, Jacinto Carvalho e José Horta, os quais fizeram deflagrar o engenho no caminho que o Presidente do Conselho habitualmente tomava para ir à Missa, prova de que nem a passagem para um Serviço Religioso esta gente respeita. Deste passado tão explosivo como implodido, apetece dizer, sem querer condenar quem quer que seja pelos traços físicos, que estava na cara!
15 comentários:
E, após a explosão, Salazar continuou o seu caminho para a missa!
Excepto "O Francés" , todos los componentes de la cuadrilla tienen el rostro alargado.........En 1973, el Almirante Carrero Blanco, asesinado tras salir de un Servicio Religioso tuvo menos suerte que el Estadista de Santa Comba Dao.........Ab.
El profesor Salazar, imperturbable, continuó su camino hacia el Oficio Religioso, con flema británica, como expone F.Santos........
También asesinado por la ETA, al salir de misa, el General Quintana Lacaci, natural de Galicia, hechos acaecidos en el barrio de Arguelles de Madrid en 1984.........
Sin embargo, "atentado" contra el General Alexander Haig, Bruselas, 1.979.......¿Parecido a uno "sufrido" por Mitterrand?
Un detalle curioso en el caso del asesinato del Presidente don Luis Carrero Blanco: como consecuencia de la explosión, el automóvil presidencial fue a parar al patio de una residencia de jesuítas en la calle Claudio Coello de Madrid. En dicha residencia se encontraba el padre jesuíta Don José María Pilón, exorcista y especialista en fenómenos parapsicológicos. Cuatro años más tarde, coincidiendo con las elecciones de 15 de junio de 1977, el Padre Pilón y Miembros de las Fuerzas de Orden Público buscaban, infructuosamente, al secuestrado por la ETA, Señor Ybarra, que aparecería, pocos días después, asesinado con un tiro en la nuca..........
Meu Caro F.Santos,
era da cepa dos que se não perturbam com os ossos do ofício...
Meu Caro Çamorano,
não sei bem como terá sido o atentado sofrido por Mitterand. Curiosa, essa proximidade do crime e investigações respectivas do clérigo interessado por fenómenos paranormais. E não há dúvida, sendo um terrorista um ser demoníaco - dantes chamava-se "máquina infernal" aos respectivos engenhos, não era? -, que espanta que tenham uma certa predilecção por atalhar o caminho dos Fiéis?
Abraço
Ah, quanto aos rostos, creio que o tratamento foi para facilitar o estudo fisiognomónico.
Ab.
Meu caro, Mitterrand não sofreu nenhum atentado, antes simulou um para aparecer como vítima, daí o çamorano ter usado as aspas...
Ah bom, isso, realmente, já fez um ring cá dentro. Mas não tenho presentes as circunstãncias. E no entanto... tenho a impressão de que há para aí uma revistinha com qualquer coisa sobre o assunto. Vou procurar e depois dou notícias.
Abraço
Talvez o Crapouillot. Palavra chave: Observatoire...
Abraço.
Caríssimo Amigo:
Agradeço-lhe o elogio que me faz, embora imerecido. É por vezes difícil distinguir um atentado autêntico de outro encenado. No caso de Salazar, seria muito estranho que tivesse sido encenado: o Mercedes blindado saltou quase um metro no ar, com o Presidente do Conselho no seu interior, ao que sei. Um risco enorme para a PVDE. É claro que «estava na cara» desses sujeitos patibulares das fotos...
Curiosa é a coincidência da data, nunca me tinha apercebido. Bem visto, meu Amigo.
Um grande Abraço.
E mesmo assim tentaram fazer passar a versão da fantochada! Não tinha noção de que tivesse levantado voo!
Grande abraço, tão grato pelo detalhe como pela interpelação que desencadeou o post.
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