quarta-feira, 4 de julho de 2007

O Céu e a Coroa

A Rainha Santa Separando os Exércitos No Campo de Alvalade segundo Roque Gameiro

4 de Julho. Não me gastarei a remexer na chaga de lembrar o resultado de taxações sobre o chá a deslocadas counidades cujos membros o não tomaram em pequenos. Falarei, antes, da festa da Rainha Santa, que como em todos os Eleitos pela hagiografia é celebrada nesse começo a Melhor das Vidas que é o termo da terrena.
Não repetirei a boutade de Agostinho da Silva, o qual sentenciou que Isabel de Aragão, Soberana de Postugal, mereceria a canonização, ainda que outra coisa não tivesse feito do que aturar D. Dinis. Mas é certo que Aquele que talvez tenha sido o maior Governante luso teve, como Marido, um comportamento que restringia a fidelidade às trovas celebradas na canção
E serás para sempre cantada
Em trovas de amor fiel
Rainha de Portugal,
Rainha Santa Isabel.

Certo é que este Anjo da Paz, aos doze anos casada,de beleza incensada ainda antes de Lhe conhecerem a bondade, toda a vida levou a garantir a cessação das lutas no seu novo País. Conhecidas são as três intervenções reconciliando Esposo e Filho, mas menos recordada é a condição que impôs para a boda, a de El-Rei e outro D. Afonso, seu irmão, porem termo às lutas que iam alimentando. Como a concórdia que trouxe a outra contenda, a que opunha O Lavrador à Mãe. Modelo raro das noras, como impossível nos dias de hoje, para quem não esteja em tão elevado grau de Perfeição, a ausência de revolta com que acabou por vencer as dificuldades conjugais. Mas dever-se-ia pôr sempre em destaque a mediação que evitou conflito prolongado com Castela, contrariando a geopolítica que favoreceria o seu Reino de origem, como a sua devoção aos Pobres, não apenas sob o formato de esmola, mas igualmente do trabalho com que confeccionava paramentos e outros acessórios para Igrejas mais desprovidas.
Os prodígios foram mais do que muitos. Passada à Memória dos devotos por transformar pães em rosas, terá muito mais vezes convertido flores com que pagara aos Humildes em dobras de ouro, as tais que, por uma vez, não terão, nessa metamorfose, gerado o contentamento maior dos Desvalidos que estimavamacima de tudo a forma recebida das adoradas Mãos.
Feliz Monarquia que A teve. Porque de Coimbra esta frustrada aspiranta à Regra Franciscana de Santa Clara é Motivo da festividade municipal, dedico o postal a todos os meus Amigos que por estudos ou outras circunstâncias cursaram a Cidade do Mondego. E, ainda com mais fervor, à Miss Pearls, celebrando-A onomasticamente, à maneira querida dos Ortodoxos.

6 comentários:

M Isabel G disse...

Foi uma grande mulher, sim senhor.
Porém, acho que devo o meu nome a uma bisavó que o meu pai gostava ou talvez não. Os meus pais gostaram do nome, ponto final.
Eu nem sei se gosto do nome ou não gosto :) Já ando com ele às costas há tantos anos :) :)
Um abraço
M Isabel

O Réprobo disse...

Caro Anónimo,
Santinho!

O Réprobo disse...

Querida Miss,
"tantos" é para enganar o Próximo. Devo dizer que (Maria) Isabel e (Maria) Leonor são os nomes femininos de que gosto mais.
E o hábito na Europa de Leste de festejar cada um em cada ano no dia do Santo do nome em vez de na casualidade do aniversário é uma delícia.
Beijinho

T disse...

Maria Isabel é a minha irmã e também acho o nome muito bonito. A mim restou-me o da outra santa predilecta lá de casa. Azares:)Quanto à data de nascimento completamente a favor. Eu até nasci a 298 de Maio, risos. Tinha é que escolher qual o dia da Santa que escolheria. Prefiro a de Ávila.
Beijinho.

O Réprobo disse...

Querida T,
Suponho que a data era 28 de Maio, não? Belo dia, até os astros estavam bem dispostinhos perante Tal Nascimento. Teresa é nome cheio de virtualidades em matéria de leque de escolha na hagiografia Cristã. Da Grande Mística tenho vária edições de obras, duas bografias e um ensaio biográfico de que gosto muito, «A Águia e a Pomba», de Vita Sackvile-West, confrontando-A com Santa Teresinha do Menino Jesus. E, já agora, "T" é mero nom de plume, ou corresponde a diminutivo familiar com a sonoridade "tê", como também existe na minha família?
Beijinho

T disse...

Querido amigo: Supôs bem quanto à data! Tê é nome de mimo e de escrita. O meu pai chamava-me assim, a minha mãe, mais dada a Lisieux, usava o diminutivo.
Vou procurar essa biografia da Vita, que acho uma mulher muitissimo interessante.
Beijinho.