Desagravo
Devo aqui insurgir-me contra a confusão de referências tintinófilas de Miguel Sousa Tavares no Jornal Nacional da TVI. Querendo ilustrar a tese de que Bush e Sarko tinham ido à Arabia Saudita vender as armas de que eles não precisariam, por terem petróleo, comparou-os ao nosso compatriota e Co-Ocupante do Blogue e do Espírito do Mário Martins, o Senhor Oliveira da Figueira. É um abuso contra a reputação desse Honrado Comerciante. É evidente que se os dois chefes de Estado tentaram vender armas, o paralelo óbvio seria este personagem secundário da saga, inspirado no Zaharoff da vida real, que se especializava em vendas às duas partes de um confronto.
Mas a tese não tem pés para andar. Dizer aos outros o que lhes convém é sempre duvidoso. O petróleo é uma arma que... arde. As que se transaccionaram e que as Potências têm, em versões de ponta, são das que fazem arder. No caso de conflito quem fica por cima?
E depois, defender que "quem conheça os Árabes sabe que eles devem desprezar estes líderes pela campanha comercial e os seus próprios, pelas comissões que cobrem" é abstrair de uma cultura baseada no regateio negocial e na gratificação (bakchik).
Mas a tese não tem pés para andar. Dizer aos outros o que lhes convém é sempre duvidoso. O petróleo é uma arma que... arde. As que se transaccionaram e que as Potências têm, em versões de ponta, são das que fazem arder. No caso de conflito quem fica por cima?
E depois, defender que "quem conheça os Árabes sabe que eles devem desprezar estes líderes pela campanha comercial e os seus próprios, pelas comissões que cobrem" é abstrair de uma cultura baseada no regateio negocial e na gratificação (bakchik).
7 comentários:
Ilustre Senhor e Amigo, creia que nunca foi tão verdadeiro o ditado popular que diz que “vozes de burro não chegam ao céu”!
Embora de sinal contrário, Tareco Júnior é émulo de George W. Bush na “inteligência” como analisa os factos políticos internacionais.
Tal como não conhece a História de Portugal. Não é impunemente que comete tantos erros de História no que ele apelida de romances que escreve.
Um Criado de Vossa Senhoria,
Oliveira da Figueira
Ainda bem qua a verdade está resposta, Excelentíssimo e Injustiçado mercador.
Abraço
Caro Paulo
Curiosamente ouvi o comentário.
É que não é hábito ouvir MST. As suas análises políticas são tão sectárias como as futebolísticas.
Não foi feliz na comparação. A Bondade do Senhor Oliveira da Figueira não tem nada a ver com belicismos. Não podemos esquecer que enviou um telegrama de felicidades ao Capitão Haddock, quando foi noticiou o noivado dele com Bianca Castafiore… Um Gentleman!
Agradecido pela Solidariedade, outra coisa não seria de esperar do Ilustre Amigo…, deixo um Forte Abraço.
E por aqui ficamos!
Mário
Meu Caro Mário,
já estamos habituados às calinadas das imagens dos políticos e dos treinadores de futebol. Mas de um escritor esperar-se-ia uso mais certeiro. Afinal trata-se de figuras de estilo e esta flor foi muito murcha...
Além de que o Sr. Oliveira da Figueira conseguiu vender esquis ao Tintim no deserto Arábico. Queria ver os dois pretensos émulos...
Abraço
Erro imperdoável!!! :)
Ainda por cima, Caro Capitão-Mor, parece não conhecer a distinção entre a ética dos Árabes do Deserto e os da Cidade, que Lawrence (o da Arábia) pôs em destaque. E adivinhe quem governa aquelas Nações...
Enviar um comentário