Máscara de Carnaval
O «Meia Hora» de Hoje diz na 1ª página: " O 1º ministro troca pragmatismo cavaquista por diálogo guterrista". E no interior: "Nasceu o Homo Dialogantis. A Sócrates o implacável, segue a vez de Sócrates, o humanista".
Digo eu: não Se deixem seduzir pelo disfarce, é bom tentar adivinhar o que está oculto por ele...
6 comentários:
Irra! Parece a Barraca dos Horrores!
Caro Anónimo,
é mesmo! Que felicíssima síntese da desgovernação Socrática!
Este mundinho vai estando bastante horroroso. Fingir não vê-lo seria uma droga que, como outra qualquer, gera dependência. O contrário da independência, claro.
Nem mais. Quem não o(s) conheça que o(s) compre - como diz um amigo nosso referindo-se a estes hipócritas da governança. A adjectivação do 'Meia Hora', essa então é um absoluto primor.
O seu amigo Jansenista é que está correcto relativamente ao novo ministro da cultura, com cujo texto estou completamente d'acordo e, na minha opinião, só peca por defeito.
Novos ministros? Vira o disco e toca o mesmo, por outras palavras, são os protegidos do costume que avançam (os de reserva) só que com 'pintas' mais ou menos desconhecidas do grande público, discursos pretensamente alterados e vozes mais suavizadas, mais (falsamente) simpáticas, como convém para não espantar os eleitores, sobretudo o da cultura, este tentanto disfarçar a antipatia e ódio que subjazem a tudo quanto diz pùblicamente e isto desde há anos, como aliás o são todos os da extrema esquerda a que pertence, designamente esse execrável Rosas de quem ele parece depender directamente desde sempre e bem que deve ter aprendido a lição e o esforço (se
é que o houve), com epílogo agora, compensou largamente. E é engraçado, não fora trágico, ver a continuação da farsa com os mentores dos novos ministros a virem imediatamente a terreiro (esta táctica subtil tem-se mantido ao longo de mais de três décadas com resultados francamente positivos) enaltecer a inteligência e competência absolutíssimas dos novos governantes. Estes, tal como todos os anteriores, foram sempre excelentes profissionais e desempenharam sempre exemplaríssimamente os cargos, políticos ou não, anteriores, nem que pendam sobre as suas cabeças processos de toda a ordem e feito... E um pormenor importantíssimo, para impressionar quem os ouve e neles ainda acredita, nunca falta nos discursos dos mentores, isto é, que os novos ministros foram sempre estudantes de notas altíssimas e sempre os melhores alunos dos respectivos cursos - já o Santana, por exemplo, com o seu ar meio blasoné e como quem profere a coisa mais banal do mundo, mas com a 'carga' política bem estudada e melhor direccionada, dizia a mesmíssima coisa de Durão imediatamente antes deste subir a primeiro ministro...). O discurso ultra-capcioso do costume. Não se distinguem uns dos outros, são todos farinha do mesmo saco. Este novo ministro da cultura é um autêntico poema, vai ser adorado pelo meio artístico sem dúvida. Quem não os conheça que os compre, de facto.
Cumprimentos Paulo.
Maria
Diálogo! Essa velha bazófia socialista que oiço desde 1995. Que tal um pouco mais de firmeza e medidas concretas?
Abraço!
Querida Maria,
li muito bem o postal do Jans, não no que directamente respeita ao nomeado, a que julgo nunca ter ouvido qualquer referência anterior, nas pelo tipo que descreve, bem meu conhecido, muito abundante na vizinhança, aliás.
A brincadeira que fiz foi por não acreditar nesta nova faceta do Sr. Sócrates. Guterres, de tanto falar em Humanismo - e vá, por inclinação natural, também - com a incompetência reconhecida, alimentava, estou convicto, uma preocupação genuína. O actual, de quem não duvido de que pense ser esse o melhor caminho para o País, sempre privilegiou as soluções menos dispendiosas e os cortes, sem olhar aos dramas humanos. Por isso esta súbita reconversão ao "cuidado com as Pessoas" fede a cartilha de gestores de imagem.
Beijinho
No caso, Caro Capitão-Mor, é tentativa de se mostrar mais maleavel do que um robot...
Abraço
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