quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Máscara de Carnaval

O «Meia Hora» de Hoje diz na 1ª página: " O 1º ministro troca pragmatismo cavaquista por diálogo guterrista". E no interior: "Nasceu o Homo Dialogantis. A Sócrates o implacável, segue a vez de Sócrates, o humanista".
Digo eu: não Se deixem seduzir pelo disfarce, é bom tentar adivinhar o que está oculto por ele...

6 comentários:

Anónimo disse...

Irra! Parece a Barraca dos Horrores!

O Réprobo disse...

Caro Anónimo,
é mesmo! Que felicíssima síntese da desgovernação Socrática!

Este mundinho vai estando bastante horroroso. Fingir não vê-lo seria uma droga que, como outra qualquer, gera dependência. O contrário da independência, claro.

Anónimo disse...

Nem mais. Quem não o(s) conheça que o(s) compre - como diz um amigo nosso referindo-se a estes hipócritas da governança. A adjectivação do 'Meia Hora', essa então é um absoluto primor.
O seu amigo Jansenista é que está correcto relativamente ao novo ministro da cultura, com cujo texto estou completamente d'acordo e, na minha opinião, só peca por defeito.
Novos ministros? Vira o disco e toca o mesmo, por outras palavras, são os protegidos do costume que avançam (os de reserva) só que com 'pintas' mais ou menos desconhecidas do grande público, discursos pretensamente alterados e vozes mais suavizadas, mais (falsamente) simpáticas, como convém para não espantar os eleitores, sobretudo o da cultura, este tentanto disfarçar a antipatia e ódio que subjazem a tudo quanto diz pùblicamente e isto desde há anos, como aliás o são todos os da extrema esquerda a que pertence, designamente esse execrável Rosas de quem ele parece depender directamente desde sempre e bem que deve ter aprendido a lição e o esforço (se
é que o houve), com epílogo agora, compensou largamente. E é engraçado, não fora trágico, ver a continuação da farsa com os mentores dos novos ministros a virem imediatamente a terreiro (esta táctica subtil tem-se mantido ao longo de mais de três décadas com resultados francamente positivos) enaltecer a inteligência e competência absolutíssimas dos novos governantes. Estes, tal como todos os anteriores, foram sempre excelentes profissionais e desempenharam sempre exemplaríssimamente os cargos, políticos ou não, anteriores, nem que pendam sobre as suas cabeças processos de toda a ordem e feito... E um pormenor importantíssimo, para impressionar quem os ouve e neles ainda acredita, nunca falta nos discursos dos mentores, isto é, que os novos ministros foram sempre estudantes de notas altíssimas e sempre os melhores alunos dos respectivos cursos - já o Santana, por exemplo, com o seu ar meio blasoné e como quem profere a coisa mais banal do mundo, mas com a 'carga' política bem estudada e melhor direccionada, dizia a mesmíssima coisa de Durão imediatamente antes deste subir a primeiro ministro...). O discurso ultra-capcioso do costume. Não se distinguem uns dos outros, são todos farinha do mesmo saco. Este novo ministro da cultura é um autêntico poema, vai ser adorado pelo meio artístico sem dúvida. Quem não os conheça que os compre, de facto.

Cumprimentos Paulo.
Maria

Capitão-Mor disse...

Diálogo! Essa velha bazófia socialista que oiço desde 1995. Que tal um pouco mais de firmeza e medidas concretas?
Abraço!

O Réprobo disse...

Querida Maria,
li muito bem o postal do Jans, não no que directamente respeita ao nomeado, a que julgo nunca ter ouvido qualquer referência anterior, nas pelo tipo que descreve, bem meu conhecido, muito abundante na vizinhança, aliás.
A brincadeira que fiz foi por não acreditar nesta nova faceta do Sr. Sócrates. Guterres, de tanto falar em Humanismo - e vá, por inclinação natural, também - com a incompetência reconhecida, alimentava, estou convicto, uma preocupação genuína. O actual, de quem não duvido de que pense ser esse o melhor caminho para o País, sempre privilegiou as soluções menos dispendiosas e os cortes, sem olhar aos dramas humanos. Por isso esta súbita reconversão ao "cuidado com as Pessoas" fede a cartilha de gestores de imagem.
Beijinho

O Réprobo disse...

No caso, Caro Capitão-Mor, é tentativa de se mostrar mais maleavel do que um robot...
Abraço