Palcos Pisados
Leitura de um livro difícil de catalogar, escrito com base em entrevistas dos Autores com Yves Montand, mas em que as passagens pertinentes são integradas num relato de tipo biográfico que ocupará a maior parte do texto. Tem-se assim um conhecimento de pormenores que só o Artista abordado poderia transmitir, mas, igualmente, uma parcialização das reconstituições. Interessantes, os passos do encontro com Marilyn, ela a abordá-lo dizendo ser a pior actriz do Mundo e confessando não achar Cukor um grande realizador, para mudar de opinião, posta diante da discordância do interlocutor. Como curiosas são as revelações das fragilidades intelectuais - e não já simplesmente emocionais - de Arthur Miller.
Dele consta esta, que penso ser a melhor foto de Montand, tirada na Collombe D´Or, com a pomba de Braque em fundo, fazendo lembrar os voos errantes e errados dele pela política, tantos anos a fazer fretes ao PCF, com o analgésico da aversão ao Estalinismo à mistura, para se transformar em activista contra o desarmamento e imaginar-se alternativa política, refastelado na estafada desculpa de compreender o Comunismo abaixo dos 55 anos mas o ter como indesculpável acima, uma versão algo conveniente do que outros, com Churchill em destaque, já tinham formulado.
E nas seiscentas e tantas páginas não faltam Piaf, Signoret, Semprun..., sem grandes novidades nas linhas gerais,mas com a riqueza de detalhes que faz lê-las num ápice.
Dele consta esta, que penso ser a melhor foto de Montand, tirada na Collombe D´Or, com a pomba de Braque em fundo, fazendo lembrar os voos errantes e errados dele pela política, tantos anos a fazer fretes ao PCF, com o analgésico da aversão ao Estalinismo à mistura, para se transformar em activista contra o desarmamento e imaginar-se alternativa política, refastelado na estafada desculpa de compreender o Comunismo abaixo dos 55 anos mas o ter como indesculpável acima, uma versão algo conveniente do que outros, com Churchill em destaque, já tinham formulado.
E nas seiscentas e tantas páginas não faltam Piaf, Signoret, Semprun..., sem grandes novidades nas linhas gerais,mas com a riqueza de detalhes que faz lê-las num ápice.
4 comentários:
Acredito que seja uma leitura fascinante. Aliás, acho extremamente difícil escrever boas obras sobre cinema. Apesar de ser um amante da sétima arte, tenho extrema dificuldade em interessar-me por livros sobre o tema. Na maioria das vezes enredam-se em muita teoria e tornam-se enfadonhos...
Bem, Meu Caro Capitão-Mor, como este não é um livro técnico ou crítico...
E a História ajuda muito.
Abraço
Ora cá está uma bela ideia para livro de viagem. Bem proposto.
Meu Caro JM,
é, não se trata de leituras muito profundas. Ma volumosas, em todo o caso.
Abraço
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