Protecção dos Animais
No dia do Patrono de Lisboa não posso ver uma melhor homenagem do que postar o modo como Escher viu esse Episódio Hagiográfico, com a defesa expressa no título a ser dispensada não em prol das outras criaturas de Deus, mas por uma delas, o corvo que o Artista destacou, protegendo o Cadáver do Mártir de ser devorado pelas feras, conforme ordenado por Daciano. O próprio branco e preto, sublinhando a cor da ave agigantada e vencedora de poderes maiores é sugestivo.
Santo Agostinho celebrou na Palma do desafiante Santo oito vitórias: em palavras, em penas, em confissão, em tribulações, queimado, afogado, vivo e morto, tudo por desprezo deste Mundo, em exclusiva Confiança no outro.
Essa era a Esperança que Péguy dava como a mais difícil das Virtudes Teologais. Não as pequeninas deste mundo. Para o terreno, Alexander Pope acrescentara às Oito Beatitudes:
"Abençoado o homem que nada espera, pois ele não será desapontado" foi a nona Beatitude que um homem de espírito (o qual como homem de espírito passou largo tempo na cadeia) acrescentou às oito.
Santo Agostinho celebrou na Palma do desafiante Santo oito vitórias: em palavras, em penas, em confissão, em tribulações, queimado, afogado, vivo e morto, tudo por desprezo deste Mundo, em exclusiva Confiança no outro.
Essa era a Esperança que Péguy dava como a mais difícil das Virtudes Teologais. Não as pequeninas deste mundo. Para o terreno, Alexander Pope acrescentara às Oito Beatitudes:
"Abençoado o homem que nada espera, pois ele não será desapontado" foi a nona Beatitude que um homem de espírito (o qual como homem de espírito passou largo tempo na cadeia) acrescentou às oito.
Donde, teremos de considerar a pertinência do título deste postal numa outra leitura: a do esforço de fugir ao perigo de muito bípede que não imagina a besta que é.
6 comentários:
É bem como diz, meu caro; a bestialidade encontra-se tão disseminada entre a nossa espécie, pelo que, demasiadas vezes, o ser humano fica muito mal, na hora de avaliar da superioridade que seria desejável...
S.Francisco sabia disso, e tratava-os como o que são: " as outras criaturas de Deus".
O preto e branco dificulta um bocadinho. Tive de ampliar a imagem para perceber o corvo.
Interessantissimo PCunhaPorto o seu texto.
Ja vi o post que está na VozPortalegrense?
Cumprimentos
AnaMaria
Querida Cristina,
é, o animal dominador da Terra, em vez de encarar como maior responsabilidade a posse do Livre Arbítrio, encarou-a como ima licença para a maldade sobre as outras espécies, não vislumbrando que assim transformava o que julga uma superioridade numa agravante.
Beijo
Achei o enquadramento lateral melhor, Caro Rudolfo. Nada que um clic não resolva, como muito bem disse.
Abraço
Muito obrigado, Ana Maria. O tema é que encerra grandes virtualidades, claro está.
Ainda não. Vou já ver.
Muitos e mais veementes
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