Fantasmas da Política

Mesmo para os que não liguem peva à fama de assombrada que a Casa Branca tem, por assolada pelo espírito de Lincoln que, em vida, era dado a manifestações parapsicológicas, é extraordinário ver como o fim de semana aparece povoado por notícias de fantasmas:
1- Obama invocou a capacidade transformadora de Reagan, como paralelo da que se propõe encarnar e foi severamente criticado por Edwards, que lembrou a vertente de desmantelador do poder sindical do falecido Presidente, em prejuízo da sua faceta de ex-sindicalista. Mais do que brandir a assombração que aterroriza todos os Democratas que no antigo Actor não votaram, pretende ser uma tentativa de resgatar a mais-valia que o rival obteve com o apoio das grandes estruturas sindicais do Nevada, apoios que, pelo passado de causídico, tinha como seus de direito. Claro que a má fama destas organizações nos States é que pode criar uma nova imagem fantamasgórica para os eleitores não filiados nelas...
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2- O falecido Durão parece ter dado à costa, na iminência de deixar as roupagens de Romeiro de José Barroso. Tendo encontrado a organização partidária casada com outro, deseja-se que tenha o mesmo pudor que levou o Antigo a confessar-se ninguém; e que recolha à clausura recompensante das conferências universitárias sobre-remuneradas. Quem optou por outro barco não tem direito a retomar o leme que deixou.
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3- O Sr. Zapatero já confessou o seu engano ao negociar com a ETA. Com a descoberta de atentados terroristas islamistas em preparação espera-se que reconheça que igualmente se enganou quando atribuiu ao apoio à política Norte-Americana para o Iraque a tragédia dos comboios armadilhados que o levou ao poder. Caso o não faça, esse espectro que paira sobre Espanha, em vez de lembrar um erro seu, passará a assemelhar-se estranhamente a gratidão...