Nortear Pelo Sul

Por Deus e os Nossos Direitos de Dale GallonChegou-se enfim ao Sul. À Carolina que lhe porta o nome. O que em tempos era Baluarte Democrata contra os Yanks do Partudo de Lincoln tornou-se, no último quartel de século o aferidor por excelência da probabilidade de nomeação e da viabilidade dos candidatos Republicanos. Desde 1980 não ganhou um só que lá não haja triunfado nas Primárias. Desta foi McCain, ao contrário do que aconteceu na primeira eleição do actual Bush. E surpreendentemente, se pensarmos que a concepção de concórdia do Senador do Arizona o levara a louvar a retirada da bandeira Confederada dos edifícios públicos do Estado, sabendo-se como a respectiva manutenção era um ponto de honra da parte mais conservadora do eleitorado, fiel à sua Herança. Para além do mais, parece testemunhar um redireccionamento das prioridades, com adesão a uma mensagem que volta a sublinhar o Iraque, agora que deixou de ser militarmente um pesadelo, embora politicamente continue a viver de apalpadelas. O triunfador de ontem foi dos mais enérgicos adversários dos solipsismos estratégicos de Rumsfeldt, advogando, como antigo militar profissional, as reivindicações dos Generais sobre o número e o tipo de tropas necessárias. Perante a cedência da Administração, pode reivindicar o sucesso subsequente.
Chegará para ser eleito? O problema é que com menos notícias de baixas os olhares se voltam para a Economia, neste preciso momento a principal preocupação dos Americanos. E aí quando o Presidente da Reserva Federal pede diminuição de impostos, fica, como moderado que não apoiou a dimensão do segundo corte fiscal de Bush, à mercê de ataques da Direita ou da Esquerda, onde Giuliani já começou.
No entanto, para mim, o que pode decidir a eleição é uma desistência de Fred Thompson e a capacidade ou não do antigo Prisioneiro de Guerra lhe segurar parte importante dos apoiantes.