quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Um País Gaseado

Diz que esta foi a pior canção de sempre, o que sempre tem o mérito de me revelar que se trata de uma. Estas realizações muito muito más têm por vezes o efeito de se tornarem objectos de culto, veja-se a filmografia de Ed Wood, que até deu uma fita interessante, debruçando-se sobre ele.
Das fugas de Évora ao persistente efeito de ontem sobre Lisboa, o País está a precisar é de «Gas Mask». Parece que detectaram enxofre em níveis desusados. Não é novidade para mim que este tempo é mais do que diabólico, pouco me admira portanto que o chifrudo haja deixado o cartão de visita.

2 comentários:

Anónimo disse...

Nem mais, Caríssimo Amigo. Aliás, houve já quem dissesse que a imposição (foi uma autêntico «diktat», ilegítimo e ilegal, aos consumidores) do gás natural em Portugal, com o seu alto teor de enxôfre, seria obra de adoradores do dito cujo.

Não vou tão longe, mas o encobrimento caricato que andam a fazer dos casos de Évora (dizem que é gás propano canalizado, quando Évora foi das primeiras cidades a instalar a porcaria do gás natural) e de Lisboa (podiam arranjar uma desculpa menos idiota do que a de um «frasco partido» que empestou vários quilómetros quadrados da cidade), cheira por demais a esturro. Tanto assim que - em Lisboa - os bombeiros detectaram, para além da presença de grandes concentrações de enxôfre, concentrações de metano em grau explosivo - típico de uma fuga de gás natural.

Como em 1997 essa porcaria foi «grande opção do plano» do desgoverno cá do burgo, os salafrados estão com receio da rejeição cabal do produto infernal pela população, com as perdas que as acções que têm na Transgás, Lisboagás, etc. acarretariam.

Enfim, esta telenovela burlesca destes desgovernos é ainda pior do que os filmes do Ed Wood que o meu Caríssimo Amigo citou.

Um grande abraço.

O Réprobo disse...

Meu Caro carlos Portugal,
eu sabia que alguma coisa cheirava mal nesse história do frasco... E não faço jogo de palavras.
Por aqui estou uma ilha, rodeado por todos os lados de vizinhos que sucumbiram a essa distribuição energética.
Lendo umas notícias sobre o desenvolvimento da coisa, fiquei abismado com a forma como minimizaram os riscos para a saúde, dizendo que a Pessoa que se sentiu mal sofria de problemas respiratórios. Repare, não contestaram que a causa fosse o tal volátil preparado, autonomozaram uma das partes da combinação nociva. Como se houvesse poucos doentes respiratórios, ou as sequelas que neles o problema pudesse provocar não interessassem...
Um bocado pior do que o fumo, se virar moda.
Abraço