Filoneísmo e Falsidade
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Em consequência, não ligo grande coisa à crise governamental. Mas parece-me de maior interesse analisar o sumo do poema citado por um comparsa menor, Mastella, tão pouco confiável nos créditos das citações como na lisura da condução dos negócios públicos. São os primeiros versos que me lembro de ter lido da poetisa brasileira Martha Medeiros, mas acho-os lamentáveis no geral e temíveis na política. Não é necessário cair na petrificação do misoneísmo que exclui sem pensar. Mas opor-lhe o conceito inverso, o da aceitação do que se apresenta como inovador, sem crítica, para justificar convulsões, é o mais inaceitável e omnipresente princípio psicológico das Revoluções. Abstractamente considerados, sem uma determinação que se ofereça a exame, parece-me muito mais digno de confiança o apego ao hábito do que o investimento da fé no incerto que apresenta essa condição como maior credencial. Até porque muito do Novo vive da falta de memória aflitiva na Contemporaneidade. Como o Dono da A. C. Milan, que, candidamente, se põe a jeito para voltar a ser o gerente da sua Pátria. Aceitar a Moda como princípio é subverter todas as nossas referências clássicas.
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