quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Remodelar É (Sobre)Viver

A megalomania não tem limites. Um certo personagem, falhado na deificação que lhe entendia devida, resolve tentar encarnar o Papel Divino com a expulsão de um parzinho do Eden governamental. É evidente que deixar a Saúde e a Cultura de rastos corresponde a pecados graves, mas, ao contrário da História Sagrada, as vítimas da Queda, no Portugal de 2008, tinham realmente conseguido assemelhar-se ao seu Criador.
As remodelações servem para isso mesmo, já se sabe, Sacrificar uns acessórios chamuscados para continuar prevaricando e, com a expectativa aberta no Eleitorado, meter mais um vale à continuidade. Para mais, a Substituta do Dr. Campos já veio dizer que acredita na política levada a cabo até agora; e o Reserva da Ministra Pires só não pode fazer outro tanto por ser difícil garantir que se acredita no que comprovadamente inexiste.
Ao uf! de alívio de Linos, Silvas e outros Pinhos corresponde um bem mais dilatado, o de cansaço, subjugado pelo peso deste fardo que é a gestão socrática que todos carregamos no lombo. Com aguilhão e tudo.

4 comentários:

Anónimo disse...

Foi muito beneficiado na comparação. Devia ser mais visto no papel de serpente.

O Réprobo disse...

Isso na vertente de aliciar a opinião pública. Mas na ânsia de se fazer passar pelo que não é fica perto do Casal Adâmico, entre outras analogias possíveis.
Abraço

Luísa A. disse...

Meu caro Réprobo, para mim, essa personagem convicta do seu papel providencial não é mais do que um pobre servo da «Europa», com duas fixações «extra» sobre ambiente e desenvolvimento tecnológico (informático). E os remodelados, dois «satélites», que apenas reflectiam a luz do «astro» principal. E que acabam de ser substituídos por dois outros da mesma espécie, naturalmente. «Patranhas», como comentou, há dias, no Bic Laranja.

O Réprobo disse...

Querida Luísa,
não tenho dúvida de que os dois entrantes, tal como os que saem, não têm luz própria. Mas tê-la-á o planeta à volta de que gravitam? Cada vez mais me convenço do contrário e vejo a agressividade crescente do P-M como fúria por não ver durar a pálida luz do Conselho Europeu e do Tratado de Lisboa, em que, fazendo todos os jeitos pedidos, reflectiu a que dos mandantes da UE emanava. No Mundo da Lua, portanto, mas em sentido indigno de Luares que conhecemos...
Beijinho