quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Lixo!

Bah! Podem cantar à vontade que não têm medo do Lobo Mau! A T já me arranjou almoço!

Posted by Picasa

Jactância do Achador

Interessado desde há muito pela figura e a obra de Wenceslau de Moraes, quer pelo que nos transmitiu do Oriente, quer pela desgostosa apreciação que, mesmo à distância, distinguia o erro nos rumos do país, breve me tornei também admirador do Embaixador Martins Janeira, incansável estudioso do Grande Escritor, como conhecedor da tradição Nipónica.
Por isso desejava muito este livro, com a reacção de à cultura de . Encontrei-o ontem, num exemplar único: vejam só a quem o Autor firmou a dedicatória...


Máscara de Carnaval

O «Meia Hora» de Hoje diz na 1ª página: " O 1º ministro troca pragmatismo cavaquista por diálogo guterrista". E no interior: "Nasceu o Homo Dialogantis. A Sócrates o implacável, segue a vez de Sócrates, o humanista".
Digo eu: não Se deixem seduzir pelo disfarce, é bom tentar adivinhar o que está oculto por ele...

Longe de Nós!

Daimosa T, agora percebo por que motivo César Saenz quis insuflar uma banana e lançá-la para o Espaço. É para onde se deita o lixo radioactivo, não é?


Um 31 dos Antigos

A 31 de Janeiro de 1891, no Porto, sucumbia definitivamente a primeira tentativa Republicana séria, após o partido ter ganho audiência, com o Ultimato. A propaganda, que só encontrara até então orelhas moucas, passou a germinar junto das classes citadinas que, por lerem jornais, se consideravam letradas e portadoras da Salvação da Pátria. O grande estandarte haveria de ser a colonização como as dos outros, atacando a política Monárquica de alianças com as chefias indígenas como fraqueza e nem considerando hipóteses de integração como a posteriormente tentada pelo Estado Novo. A incapacidade associada a opção diversa da exploração pura e dura estaria doravante em todos os discursos.
O golpe, propriamente dito, escapando à hierarquia pelas mãos da baixa oficialidade e pela agitação dos sargentos, foi teatral de uma ponta à outra, desde o empolamento do discurso de Alves da Veiga à ideia de desfile armado que brindou a Guarda Municipal, a fiel de todos os governos, com um alvo facilitado.
Mas estava criada uma mitologia mobilizadora, fornecendo a preceito heróis e símbolos. A própria bandeira verde-rubra foi buscar a sua génese à dos revolucionários de então, trazida de um misto de Maçonaria e Positivismo que era o Centro Democrático Federal.
Apresenta-se assim mais uma lição da História: a falta de jeito do momento pode, desde que aplicada nalgum fragor de mudança, vir a ser semente que frutifique. Um exemplo a tomar pela Causa que valha a pena, ou seja, a inversa do acontecimento lembrado.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Hoje e Sempre

Para ver se recupero a "vista" do YouTube

Anglicizemos!

Minha Senhora, eu avisei que ia recorrer a armamento pesado, no caso a bomba incendiária. Não contraponha que se trata de resposta out of topic: onde Vossa Excelência tenta fazer vingar a vitória das jóias, eu atiro com uma imagem da Victoria Jewels...

Da Inconstância ao Martírio

Passou ontem mais um aniversário sobre a decapitação do Rei Carlos I de Inglaterra, o qual, vendo correctamente a Sua Real Missão de resistência à centralização parlamentar que serviu a instauração da tirania puritana, teve, no entanto, contra si a iniciatvia absolutizante e divinizadora do Direito dos Stuarts, a mudança contínua, da recusa à cedência, face às aspirações da Escócia e da Igreja, a tibieza de deixar cair Strafford e Laud, os amigos em que se podia fiar.
A fantasia de Alexandre Dumas fê-lo pôr na boca de Mazarino, numa das sequelas de «Os Três Mosqueteiros», a frase os ingleses são um mau povo, que corta a cabeça aos seus Reis. A ironia, dado o momento em que escreveu, não se circunscreve ao que aconteceu um século e tal depois da execução, em França, após uma catadupa de erros semelhantes, sem guerra de religiões, mas com guerra contra a Religião: também inventou ser o Remember gritado pelo Monarca, imediatamente antes da machadada final, alusivo a um depósito secreto de ouro que permitisse ao Filho levantar exércitos para retomar o Trono. Não o seria. Com toda a probabilidade, referia-se às palavras que proferira antes, em que assumia o seu sacrifício por defender os Direitos do Povo. Substituir a obsessão do serviço dos Súbditos pela segurança do dinheiro é a mais irónica das liberdades do ficcionista.

A(s)Sapar é que está a dar

Dona T, como a Sua concepção de levar a vida num brinquinho implica deixar um homem de mãos atadas e conduzir o Outro pela trela, tenho de dizer que o presente que Lhe posso oferecer é como um sapo vivo, para engolir. Ou, melhor fazendo, já que só a esta linha dá ouvidos, um qualquer batráquio para pendurar...
Ora tome!

E o Sol Brilhou!

Mas nasceu só para um, como já era tido por certo num jeito de The Winner Takes It All, tal era o da Primária Republicana da Forida, a qual tem o nick Sunshine State. McCain ganhou e justificou o cartaz que faço acompanhar, não apenas pela estatura física relativamente modesta, como convém a um piloto de Guerra, mas porque, ao mostrar que uma personalidade e um curriculum apelativos podem vencer o dinheiro (de Romney - que o gastou a rodos), comprovou que não estava na corrida para ser comido; e deu uma aparência de possibilidade competitiva a um tipo de pleitos em que a regra repousa do fundraising.
Que ganhou embalagem para a próxima Super Terça-Feira eleitoral, ganhou. Não apenas pelos delegados, ou pela aura, mas porque Giuliani se prepara para desistir e apoiá-lo, sendo natural que os seus apoiantes engrossem as fileiras do vencedor do sufrágio de ontem, em que os independentes, a sua grande força, não pudiam votar.
E Romney, no Sul, onde agumas votações também ocorrerão para a semana, vai ter de defender o flanco direito, do ataque de Huckabee. A coisa começa a aquecer.

Remodelar É (Sobre)Viver

A megalomania não tem limites. Um certo personagem, falhado na deificação que lhe entendia devida, resolve tentar encarnar o Papel Divino com a expulsão de um parzinho do Eden governamental. É evidente que deixar a Saúde e a Cultura de rastos corresponde a pecados graves, mas, ao contrário da História Sagrada, as vítimas da Queda, no Portugal de 2008, tinham realmente conseguido assemelhar-se ao seu Criador.
As remodelações servem para isso mesmo, já se sabe, Sacrificar uns acessórios chamuscados para continuar prevaricando e, com a expectativa aberta no Eleitorado, meter mais um vale à continuidade. Para mais, a Substituta do Dr. Campos já veio dizer que acredita na política levada a cabo até agora; e o Reserva da Ministra Pires só não pode fazer outro tanto por ser difícil garantir que se acredita no que comprovadamente inexiste.
Ao uf! de alívio de Linos, Silvas e outros Pinhos corresponde um bem mais dilatado, o de cansaço, subjugado pelo peso deste fardo que é a gestão socrática que todos carregamos no lombo. Com aguilhão e tudo.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Volta à Estaca Zero

Ao meu Leitor que tenda à cisma sobre como pode um avião de combate moderno acabado de sair da oficina onde, a priori, o melhoraram, ter uma falha técnica tão grave que o leve a despenhar-se, antes das comissões de inquérito de inconclusivos pareceres, quero adiantar uma possibilidade: transformaram o aparelho num vampiro. Reparai, modificaram-no para lhe permitir missões nocturnas e, logo a seguir, ele sucumbe, quando banhado pela luz. E aos que ainda duvidem, é verificar o custo de cada aeronave: se vinte milhões de euros não é sugar-nos o sangue todo...
Mas atenção, não sou daqueles que se insurgem contra as dispendiosas aquisições na Defesa. Ora vejam aqui ao lado como a vampiragem nos pode proteger, também noutros domínios!
*
Parece esta evidência não comover a T, Que nos vem oferecer estojo de caçador desses mortos-vivos chupistas. Querida Amiga, quando falei em estaca era no sentido da que facilita enraizamentos em (agri)culturas, não nesses instrumentos de pulverização de ameaças, ou sequer nas metaforicamente usadas noutros seres fantásticos, como os anunciados de seguida:


Mas tenho a certeza de que este Mundo Lhe agrada tanto que não desgostaria de usar no pescocinho uma jóia representativa do sangue escorrendo de uma boa ferradela de dentuça:

COMO VAI SAIR DESTA, DIZ-ME?

Apoios Coxos

Chegados à Florida, o que poderia ser o eco de um dos quatro maiores estados norte-americanos acha-se um tanto evaporado. Por causa da antecipação da data, foram as delegações punidas. Os delegados que os Democratas elegeriam à sua convenção não contam de todo, ao ponto de Obama lhe chamar mero "concurso de beleza"; e os Republicanos apenas pela metade. Como, no entanto, nestes últimos é numa modalidade de atribuir a totalidade dos eleitos ao vencedor, tem algum interesse.
Entretanto, vieram à tona apoios. Ted Kennedy pronunciou-se pelo Afro-americano do Illinois, contra Hillary. Nada que me surpreenda, ao contrário do que pareceu acontecer com muitos orgãos da Imprensa de lá: John Kerry já tinha feito outro tanto e eu tenho os dois Senadores do Massachusetts como inseparáveis nas suas opções, parecidíssimos com os senhores aqui de baixo, salvo na graça...
Por outro lado, os comentadores têm encarado a declaração por Romney da mais ortodoxa filha do Vice-Presidente, como as de alguns ex-ajudantes da Casa Branca, como uma preferência da actual administração, o que seria coerente com as inclinações empresariais que lhe estão muito ligadas e com restos de oposição a McCain. Mas o facto de o Senador hispânico floridense Mel Martinez, uma criatura de Bush sem vontade política dissonante, ter optado pelo Herói de guerra dá-me antes a impressão de que W está a jogar nos dois tabuleiros, para não ter hipóteses de perder...

Demónio de Vingança!

Dona T, os monstros têm que se lhes diga, tanto que prometo para breve postal abordando o tema com maior latitude. Por agora cinjamo-nos ao Seu mote, da «Buffy Caçadora de Vampiros». A figura da protagonista está imaginativamente concebida e a Actriz é bastante hã... motivante. Há é ambiguidades por todo o lado, veja-se a relação dela com o vampiro e a vontade(!!!) deste em recuperar a alma. Mas a minha personagem preferida é, bem nessa linha, Anya, o ex-Demónio de Vingança, interpretado genialmente por Emma Caulfield, transformado em Mulher indiscutível, com reminiscências remontantes dos tempos infernais, o que comprova a proximidade entre certa faceta feminina e o universo mental diabólico. Maxime na tentação...
Ou de como continuo a querer abraçar um Afecto que, parafraseando MUITO livremente o Seu Comentador Tiago, pegou de estaca.

A Tirania dos Relvados

Ao contrário do que se esforçam por inculcar algumas vozes, Pacheco Pereira à cabeça, não é a relva futebolística a tirania maior que arriscamos. Quem não goste que não frequente os campos rodeados de bancadas, salte as páginas que lhes referem os usos e desligue os televisores que abordam a temática. Muito pior é a invasão decorativa que o Carlos Portugal e o Bic Laranja vergastaram aqui. Fazem-me entender o porquê de os nossos Irmãos Brasileiros chamarem gramados aos campos com erva aparada: não é no sentido de "gostados", mas de ser coisa que temos de gramar.
Eis o meu bem-amado Estoril em alturas anteriores à desflorestação, a qual substituiu o Mundo vegetal mais digno pela rasteira pastagem inaproveitável.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

"Gentlemen Of The press"?!

Nunca esquecerei igual dia de 1986, quando a nave Espacial Challenger explodiu. O YouTube está cheinho de imagens, mas tive, pelo menos, o gratificante consolo de não ver nele a que na altura do horror mais me chocou - o filho da Professora tornada Astronauta, Christa McAuliffe, filmado a ver a morte da Mãe pela TV. Nenhum dos responsáveis pela cobertura se lembrou, então, de desligar a câmara. E aí morreu um pouco mais do que me restava de confiança no Homem.

Renunciando ao Rancor

Por Alberto Cerriteño

O Monstro que há em Si corre-me a bolachada. Eis como retribuo...

Verbosidade Mortuária

Homenagem a Delacroix, de Fantin-Latour, sobre foto de NadarOuvida a Dr.ª Ana Gomes sobre Suharto e o que à minha consciência apetecia desbobinar sobre Habache, lutei toda a manhã com a tentação de botar faladura sobre dois recém-falecidos cujas vidas encerraram muitos actos que desaprovei. Não, o farei, porém. Não é por cedência à portuguesíssima e viciosa mania de dar todos os mortos por bons, compensando o mal que deles em vida se disse, muitas vezes por não melhor razão do que exibir-se forjando sagacidades que atraíssem cúmplices. Mas sempre vi como integrante do conceito de decência anglo-saxónico a identificação das palavras ditas nas exéquias com a Eulogy, uma universalização do elogio fúnebre que por outros lados se reserva a mortos mais ou menos eminentes. Não podendo dizer bem, o melhor é calar e reservar as forças da combatividade para ocasião mais própria do que a passagem deste Mundo a outro.
Ramalho Ortigão, transmitindo-nos impressões de França, escreveu:
Aqui há tempos em Marselha (cuido que foi em Marselha) morreu um procurador geral, cuja limpeza de mãos não era integralmente garantida. No dia em que êle se enterrou, estando já o cadáver na cova, aproximou-se um dos circunstantes e pronunciou perante a multidão silenciosa o seguinte discurso:
«Senhores! É perante a morte que a verdade se deve manifestar a tôda a sua luz. O cidadão que aí jaz exânime foi um patife. Tenho dito.»
A assembléia retirou-se abanando aprovativamente a cabeça como se fosse dizendo consigo: - O homem falou bem.
(...)
Falemos com franqueza: Para que há-de a gente malquistar-se com os vivos? Esta vida são dois dias. Esperem até depois de amanhã; deixem-lhe fechar o ôlho e saltem-lhe em cima.
Por êste modo a vítima não sofre as dores da operação, a sociedade desafronta-se e a moral jubila.
Está a ironia Ramalhal inteiramente conforme ao duelo contra Antero, em que, sacrificando as próprias sintonias de ideário, não pôde pactuar com ataque a Velho cego e doente, que, tal como os Finados, neste Mundo não tinha armas equiparaveis com que se defender. Uma razão que me leva a atacar Chávez e não já Fidel. É nesta Escola de comportamento que me filio.

Está Tudo Explicado!

Chávez disse que masca todos os dias folhas de coca e que esta não é o mesmo que cocaína, ao mesmo tempo que aceitou umas quantas oferecidas por Morales, por Senadora interposta. Não é o mesmo, mas esse tipo de emprego da planta era usado na religião dos Índios Andinos para se colocarem em estados de abstracção que permitissem contactar com espíritos não-terrenos. Assim, ao mesmo tempo que se estabelece de vez o interesse agrário de produtor por detrás da erupção do Boliviano na vida pública, cria-se um dilema quanto ao Presidente da Venezuela: deverá a destituição ter lugar em nome da incapacidade motivada pelo consumo, ou por traição, inteligência com o inimigo, já que algumas das entidades mitológicas com que por este meio se comunicava, na tradição local, eram malignas?

domingo, 27 de janeiro de 2008

Em Pelo

Querida T, só a expressão que intitula o presente justifica a confusão de me responder com bugalhos/pele à minha fala em alhos/pelo. Mas a campanha Rather naked than wear fur é muito justa e espero que a minha Amiga com ela seja consequente, aderindo-lhe a por inteiro no Seu Excelente Blogue, à maneira do que aqui fez Nicole Groch...

Pelo Na Venta

Já vi o filme todo. Nada tem a ver com este flagelo real, que me obriga a desconfiar de que muitos químicos irresponsáveis serão culpados da alteração hormonal no corpo da Mulher. Mas, quando venta tanto, um postal cabeludo para as minhas bandas pode deixá-La assim:

Condição da Vida

Nas Nuvens de PerezÀ nossa volta cresce o volume do achincalhamento da interrogação do Além, tido como perturbação que uma ida à farmácia resolve, em vez de admitido prelúdio à Paz absoluta do embalo na Verdade que só o exercício espiritual da Procura permite, como olvido de que é a devolução líquida do que as Nuvens contêm que permite a Vida em qualquer dimensão.
Porque a aspiração a essa tranquilidade final é identificada com um adormecimento fautor de surdez aos apelos cá de baixo, os tais que deveriam ser vistos como duvidosos, no sentido de suspeitos, não já no de exercício mental de procura. É que são os que necessitam de monopolizar a propaganda mais terra a terra que é a Publicidade, excluindo Uma mais constante e serena, qual seja o Apostolado. Se cedermos a essa renúncia, acabaremos por vergar à abdicação de Crescimento Interior, indubitavelmente o pior dos conformismos.
Quero dedicar este postal à Cristina Ribeiro e a Todos os que experimentaram tormentos do mesmo teor.
O Enigma Interminável de Dali
De Luís Quintais:

NUVENS

A metafísica será talvez
uma indisposição que se quer passageira.

Porém, eu continuo a inquietar-me
com as nuvens que são arrastadas,

violentamente arrastadas, na direcção sudeste,
filtrando a luz do sol em obsessiva correria.

Troglodita do Arkansas

Os Progressistas só demonstram respeito pelas diferenças raciais quando lhes convém. O Marido de Senadora Clinton, putativo candidato a Primeiro Cavalheiro, veio desmentir a sua aptidão para o cargo protocolar, ao desvalorizar a vitória de Obama na Carolina do Sul, dizendo que o activista dos Direitos Cívicos Jesse Jackson também o tinha feito, o que, traduzido em vernáculo, significa que entre os Drmocratas, aquele é um Estado para Pretos...
É pena que não tenha notado que a estatística demonstra que o segmento eleitoral em que o Triunfador mais entrou foi o dos jovens eleitores brancos, chocados com a baixaria dos ataques de Hillary, durante a semana...
Já se sabe que as campanhas eleitorais são uma bebedeira. Mas esta parece uma boleia imprevista que o atacado pode aproveitar.

Rota de Colisão

É consensual a noção de que o uso de espiões é um boomerang que se pode voltar contra os empregadores. E sempre tive por seguro que o fim do nosso planeta seria desencadeado pelo próprio Homem, eternamente à procura de ameaças exteriores que o distraiam da maior, que é ele próprio. Assim, falhadas datas avançadas por profetas para o embate do meteorito que com esta história acabaria, como distando ainda uns anos o choque que outros futurólogos, os cientistas da NASA, calculam para Fevereiro de 2019,era fatal que a técnica apressasse a coisa e levasse um satélite de espionagem descontrolado a ameaçar-nos para breve. Cairá pela Grande Lisboa? Sinto-me como os Gauleses da Aldeia Irredutível, mas sem a certeza do Chefe, o qual garante, acerca da ocorrência da temida queda do Céu sobre a cabeça, que amanhã não será a véspera desse dia.
Pode, evidentemente, o Fim do Mundo - ou de parte dele - ser visto como libertação. Basta abrir a garrafa ao lado, o que tornará muito mais fácil não falhar previsões...
No resto, ganha sentido amplificadíssimo o brocardo que diz ter a curiosidade morto o gato.

Quem Semeia Ventos...

Excelentíssima Senhora, muito pano para o gosto de hoje, muito pouco para enfrentar o vendaval que a Sua insistência originou. Até fez voar a leitura!

sábado, 26 de janeiro de 2008

Filoneísmo e Falsidade

Tenho dito e redito que acho Prodi um líder frouxo e que não gosto nem um pouco desse mais grave Berlusconi que se apresta a voltar ao leme da minha Querida Itália, por o ter numa conta de indesmentida desonestidade. As ideias de um e de outro parecem-me por igual pouco estimáveis, sobra o carácter para marcar a diferença. E é aqui que opto pelo fraco em prejuizo do indigno, pois me parece a tibieza pecado venial e pouco perigoso num País que funciona bem em autogestão. Ernâni Lopes, numa pós-graduação que percorri, dizia que nas instâncias europeias toda a gente se abismava da forma como a sociedade e economia transalpinas funcionavam, convivendo alegremente com crises endémicas que, mesmo muito menos frequentes, afundariam qualquer outra nação. E De Gasperi deu força à ideia de uma pragmática subsistência das estruturas, ao aproveitar a máquina administrativa herdada de vinte e tal anos de Mussolini, para permitir ao edifício andar por si.
Em consequência, não ligo grande coisa à crise governamental. Mas parece-me de maior interesse analisar o sumo do poema citado por um comparsa menor, Mastella, tão pouco confiável nos créditos das citações como na lisura da condução dos negócios públicos. São os primeiros versos que me lembro de ter lido da poetisa brasileira Martha Medeiros, mas acho-os lamentáveis no geral e temíveis na política. Não é necessário cair na petrificação do misoneísmo que exclui sem pensar. Mas opor-lhe o conceito inverso, o da aceitação do que se apresenta como inovador, sem crítica, para justificar convulsões, é o mais inaceitável e omnipresente princípio psicológico das Revoluções. Abstractamente considerados, sem uma determinação que se ofereça a exame, parece-me muito mais digno de confiança o apego ao hábito do que o investimento da fé no incerto que apresenta essa condição como maior credencial. Até porque muito do Novo vive da falta de memória aflitiva na Contemporaneidade. Como o Dono da A. C. Milan, que, candidamente, se põe a jeito para voltar a ser o gerente da sua Pátria. Aceitar a Moda como princípio é subverter todas as nossas referências clássicas.

Do Irrealismo

Fundamentalista T, o Seu postal só fará algum sentido quando se generalizar entre as Mulheres do Ocidente o conceito de fato de banho supra e a concepção de lingerie turca infra. Até lá tem de aturar-me como sou e como sois.


O Desvalor do Banal

Nada como um Sábado para abordar as grandes questões. A propósito de Eichmann, o Jansenista critica o conceito de banalidade do Mal colhido em Arendt. Discordo da Sua demarcação, Caríssimo Confrade, não em qulquer dos pressupostos, mas na discrepância qualificativa. Quando ao caso se rotula a banalidade, não significará qualquer atenuante, antes pode configurar-se como agravante de peso: neste livro, cheio de transcrições dos depoimentos do Arguido, dá-se conta da constância da sua negação de alguma vez ter sido anti-semita. Ou seja, prescinde do idealismo - mesmo que de um terrivelmente maligno se tratasse - como motivação da sua conduta, circunscrevendo os seus valores norteadores à disciplina. É esta absoluta renúncia à Grandeza que justifica o epíteto da Grande Historiadora. Ao contrário de um Rosenberg, por exemplo, que, em Nuremberga, não procurou fugir às suas responsabilidades, nem renegar o que defendera, por monstruoso que se evidenciassem as consequências. O que lhe valeu a admiração de um Speer em fase de contrição, o qual disse nas memórias ter ficado convencido de haver estado em presença de uma pessoa (horrendamente) honesta, sendo que o parêntese da oração anterior é meu.
Não creio, além disso, que tenha constituído um estratagema "para salvar a pele". Tenho certeza absoluta de que ele não alimentava ilusões quanto à calvação do pescoço. Talvez antes uma tentativa de aumentar a dimensão própria, para a História, conferindo-se o papel de Herói de Tragédia, que vivera um conflito de deveres em que o Destino aniquilador seria interpretado pelas dissoluções de culpas das "necessidades da Guerra". E imputando a todos os Nacionalismos o ódio racial, o que é falso, já que muitas experiências foram alheias a tais vergonhas.
Dito isto, não ficaria bem com a minha consciência se não acrescentasse que o estilo inadmissúvel do Procurador, não já o do Juiz-Presidente, me lembrou macabramente... Freisler!!! Claro que se pode dizer que estaria escaldado, mas quem não mantém a cabeça fria não vai para jurista. E não se diga que faz parte de todas as acusações. Ambos já vimos muitas que não funcionaram assim, contra outras desumanidades que, se diferem na envergadura, não o fazem na Essência.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Cada Um Com a Sua!

Dona T, sem falar em taras, a prenda até podia ser útil para não deixar que a Sua cara seja por ainda mais tempo escondida. Mas, desolado, o meu ramo de fantasias é o das botas. Este sim! É o homem que Lhe convém.
Engula mas é a resposta.

Antes do Paredão

Ora aqui fica a Prova Pleníssima do que tocaram Dois Altos Espíritos que frequentam esta casa: o criminoso erro dos nomes das praias, que deixou transido o TSantos; e um aspecto do pedaço da Linha entre Monte Estoril e São João, antes das facilidades pedonais terem sido oferecidas, como exaltou o Carlos Portugal. Para que não percamos de vista o nosso Passado. Cliquem para aumentar, que vale bem a pena!

Eu Vi Um Sapo!

A negação é muitas vezes o troco em miúdos da tolerância. Sabe-se como os Estados Unidos se fizeram com a enformação do mito da liberdade de cultos, traduzindo-se durante muitos anos nas perseguições puritanas mais acesas e, de facto, na subalternização dos Católicos, até à ascensão e proliferação deles nos últimos sessenta anos. Hoje a perseguição aponta para outras discrepâncias face à norma - Dennis Kucinich, candidato presidencial Democrata sem hipóteses, apenas em liça para transmitir uma mensagem, passou a ser universalmente gozado porque afirmou ter visto um OVNI e anunciou a retirada. O respeito pelo outro tem as fronteiras do planeta, ao que se vê, sendo os extraterrestres tripulantes da nave avistada o sapo vivo que estragou o prazer do Político.
*
Já no sentido de "ogre", um forte disputador do lugar de sapo da vida pública norte-americana, o ex-Leader da Maiotia no Congresso Tom De Lay, veio anunciar que nunca votaria McCain, do seu próprio partido, mesmo que ele concorresse contra Hillary. Como muito pouca gente gosta do homem, esta é capaz de ter sido a mais eficaz declaração de apoio que ele poderia endereçar ao Senador do Arizona...

Nas Garras do Medo

Tudo bem, T, desde que não abuse disso: olhe que, apesar de poder dar um jeitaço como substituto do pente e para coçar as costas, é capaz de acarretar efeitos perversos, já que intimidatórios. Um Querido Amigo meu, por exemplo, desenvolveu uma estranha rejeição, que o impede de funcionar na intimidade com Damas de unhas pintadas...

Problemas das Metrópoles

Causa
e
Efeito:
Nunca invejei tanto Duas Amigas muito Queridas, que nem Se conhecem, as Quais tiveram a coragem de deitar fora os televisores...

Bus Stop

Fiquei boquiaberto com a notícia de que na Cidade do México se criaram carreiras de autocarro só para Senhoras, para As livrar dos engatatões de serviço: vai ao arrepio das fulminações do sectarismo de clubes para um só dos Géneros e, bem vistas as coisas, validar esta medida é conferir legitimidade à segregação racial em autocarros, afinal também os seus defensores poderão dizer que os interditos visam poupar o incómodo da frequentação do que é diferente.
E se considerarmos a possibilidade de assédios lésbicos, ir-se-á para a invenção de transportes públicos hetero only? Ai! Mais uma manifestação de homofobia!
Entretanto fica a minha sugestão de paragens para a inovação - o conforto levado ao ponto de facultar alternativas às revistas de moda...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Quem Tem Unhas Toca Guitarra

Dona T, muito obrigado pelo gato, mas, se sair à Ofertante, está a ver em que descarnado estado ficará o fio? Nas minhas pernas ainda aguento as Suas arranhadelas, agora quanto a hardware, sou muito susceptível...
No tocante às anunciadas perspectivas matrimoniais, esqueça, não tenho qualquer vocação para a riqueza. Uma promoção como a que segue, que não discriminasse os europeus, estaria muito mais em sintonia com as minhas aspirações. Gosto de comer bem!



Cheiro a Esturro

Overdose de Conni TogelÉ o que me ocorre dozer e não creio que alguém, por esse facto, me possa acusar de snifar demasiado. O desaparecimento da droga da Esquadra de Albufeira não é nem um pouquinho estranho, por ser valiosa. E o facto de os responsáveis da Força da Brigada de Trânsito que a capturou terem ordenado que fosse procurada no esgoto é sinal evidente de que a apreensão entrou pelo cano... Não foi certamente para consumo, actividade legalíssima e para a qual um posto policial parece particularmente idóneo, em nome do Serviço Público: no day after seriam visíveis no local os efeitos da chuva de pedras.
Fora de brincadeira, há muito que explicar sobre como tão considerável quantidade de um material vendável, perigoso e sensível é confiado aos cuidados de um soldado, mesmo que seja verdadeira a indicação de o guardar num cofre. Se tudo tivesse corrido bem, ter-se-ia, no mínimo dos mínimos, feito o militar correr um grande risco, confiando-lhe a guarda solitária de mercadoria tão apetecível. E é insensatez absoluta não fazer intervir um graduado na responsabilidade imediata da missão.

Uma Questão de Charme

São ambíguos os sentimentos que me desperta a extinção da Junta de Turismo da Costa do Estoril. O que se poderia imaginar como ganho - se isso afastasse turistas -, livrar-nos de chineleiros aos gritinhos estúpidos e tresandando a bronzeadores, perde-se no desvanecimento do prestígio que o equivalente das Regiões Demarcadas do vinho dá. Ainda hoje a zona vive muito do apelo que a sua antecessora, a chamada Costa do Sol/Baía de Cascais despertava, por evocar exílios régios e residências ou casas de praia invejadas. Época em que eram publicadas brochuras destas, recheadas de lapsos infantis, mas que exalavam o It da Linha.
E se reconheço todas as virtualidades de passeio que os arranjos do Paredão disponibilizaram, não consigo deixar de soltar um suspiro pela atmosfera cativantemente elegante destes tempos que já lá vão.
Acresce o temor de que à reorganização de serviços corresponda uma extensão dos tentáculos da burocracia centralizadora, possibilitada pela diminuição da especificidade da competência regional

Peito Cravejado

O Afecto da T é ainda maior do que a minha falta de merecimento e, vai daí, resolveu premiar-me com esta distinção, o que tenho a agradecer, conjuntamente com outros Blogues, esses sim dignos, que gostaria de ser eu a agraciar, pelo que A recrimino. Um Grrrrr serve bem.
E dei comigo a pensar que, sendo avesso a carregar comigo os louvores que recebo, dada a mitificação que faço da recusa de condecorações que, num cenário pouco plausível, o poder republicano-abortista me pudesse atribuir, estaria aparentemente a colocar no mesmo plano Pessoas que prezo, ao abster-me de pendurar os prémios que me concedem.
Resolvi, portanto, colocar ali ao lado o boneco com os galardões recebidos até agora. Para além dos mais conhecidos, por terem circulado na Blogosfera, permito-me chamar a atenção para o Designorado do Ano pendente do pescoço por fita encarnada, como não poderia deixar de ser. E a rara comenda de Jansenista Honorário, atribuída pelo Titular não ao blogue mas ao autor, o que vai dar no mesmo.
Bem, condicionado pela restrição do campo, mas tendo ainda Pano para mangas, imponho a medalhinha aos Seguintes Grandes Bloguistas:

Je Maintiendrai

Capitão-Mor

Mário Martins e Sr. Oliveira da Figueira, de A Voz Portalegrense.

FSantos

JSM

Nada Na Manga

Como a Júlia ML, até ontem, não tinha ideia de quem fosse Adriana Lima, deixa-se aqui prova de que esta nenhum trunfo guarda na manga no momento das suas práticas solitárias. Calma, não é o que estão a pensar, falo das paciências! Apre, que sempre é preciso ter muita para quem treslê a seu bel-prazer!
Não podia deixar de jogar as minhas cartas, para que a Minha Amiga visse mais do que um ângulo da Questão...