Dois Conceitos de Vencidos
Santana aplica-se em provar que um outro Pacheco é um vencido, para o que basta recordar as lutas políticas que protagonizou. O acusado poderá sempre tentar escapulir-se para as realizações que terá fora da política, nomeadamente os estudos histórico-politológicos sobre o Comunismo e Cunhal. Não chega, porém, pois o próprio não se contentou com elas, colocando a fasquia no terreno da luta partidária, para a qual se manifestou inepto. E os críticos mais mauzinhos poderão dizer que as obras de investigação tiveram uma venda impossível sem a publicidade proveniente do comentário político pago, tantas vezes tido como vampirização da política. O papel de JPP no Cavaquismo encontra-se bastante exagerado pelos olhos do próprio, como comprova a pouca confiança que o actual Presidente hoje lhe dá. No mesmo sentido se pode dizer que a maior vitória que averbou foi a queda do último Primeiro-Ministro do PSD, cujo curto exercício tanto minou.
E olhando para os dois contendores, vê-se a diferença do seu estatuto para o conceito dos Vencidos da Vida que imortalizaram a designação. Eça de Queirós viu-se obrigado a explicar, por tanta gente não perceber tal nome em tão bem sucedidas personalidades, que tudo se reportaria às ambições sem realização que eles teriam alimentado. Nas duas figuras públicas que referi anteriormente não causaria a expressão qualquer estranheza...
E olhando para os dois contendores, vê-se a diferença do seu estatuto para o conceito dos Vencidos da Vida que imortalizaram a designação. Eça de Queirós viu-se obrigado a explicar, por tanta gente não perceber tal nome em tão bem sucedidas personalidades, que tudo se reportaria às ambições sem realização que eles teriam alimentado. Nas duas figuras públicas que referi anteriormente não causaria a expressão qualquer estranheza...
4 comentários:
Moral da história: há vencidos e "Vencidos". Bem visto.
Beijo
Querida Cristina,
sem dúvida! Um critério seguro para destrinçá-los: os que merecem maiúscula gritam a condição a que os outros tentam sonegar-se.
Beijo
O meu amigo já pensou em se tornar comentador político na TV? Seria muito interessante, já que os seus analogismos e metáforas são sempre sublimes!
Deus me livre, Prezadíssimo Amigo, perder as vantagens do anonimato não é perspectiva que me atraia. E a influência sobre as Massas é perigosa e pode piorar ainda mais o que se é à partida.
Abraço
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