Fragmentação Romanceada
Segundo a versão de D. Pedro I, teria, logo após falecida D. Constança, casado secretamente com Inês de Castro, a 1 de Janeiro de 1354. Verdade? Mentira? É o que menos importa. A mediocridade de um crime, mesmo com as invocações de serviço público que não convencem, por a assassinada não ser, ela própria, jogadora na Política, terá servido a muito escritor, de Camões a Montherlant, como pretexto para exteriorizar o génio, mas não esconde uma traição ao espírito da Monarquia, por parte de D. Pedro I.
Não poderia imaginar os problemas sucessórios que adviriam. Mas cabe-lhe inteira responsabilidade de afrontar a unidade espiritual do Reino, ao cair em traficâncias com uma sua Comadre, Madrinha do filho primeiro, D. Luís, numa época em que o relacionamento entre parentes espirituais era tido por incestuoso e o matrimónio não dispensado entre eles dado como alvo de impedimento. E, igualmente, o opróbrio de fomentar a guerra de facções que capitaneou contra o Rei, em prejuízo da Unidade Política, assente em forças levantadas pelos irmãos da Colo de Garça, D. Fernando e D. Álvaro de Castro. Era isto que distinguia o caso de todas as restantes e inúmeras aventuras dos monarcas, mesmo frutificadas. Numa época em que os partidos de rótulos e programas inexistiam, fraca prestação foi fazê-los anteceder pelos de duas cortes distintas, disputando a Nação.
Não poderia imaginar os problemas sucessórios que adviriam. Mas cabe-lhe inteira responsabilidade de afrontar a unidade espiritual do Reino, ao cair em traficâncias com uma sua Comadre, Madrinha do filho primeiro, D. Luís, numa época em que o relacionamento entre parentes espirituais era tido por incestuoso e o matrimónio não dispensado entre eles dado como alvo de impedimento. E, igualmente, o opróbrio de fomentar a guerra de facções que capitaneou contra o Rei, em prejuízo da Unidade Política, assente em forças levantadas pelos irmãos da Colo de Garça, D. Fernando e D. Álvaro de Castro. Era isto que distinguia o caso de todas as restantes e inúmeras aventuras dos monarcas, mesmo frutificadas. Numa época em que os partidos de rótulos e programas inexistiam, fraca prestação foi fazê-los anteceder pelos de duas cortes distintas, disputando a Nação.
2 comentários:
Caríssimo:
Em primeiro lugar, desejo-lhe um excelente 2008 para si e para os seus, bem melhor do que o tristíssimo 2007.
Em segundo, não sei se foi «rasteira» do meu Caríssimo Amigo, mas a belíssima imagem é dos túmulos de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, na Capela da Fundação (ou do Fundador) na Batalha, e não o de D. PedroI e D. Inês de Castro, no Transepto de Alcobaça...
Um grande abraço e calorosas saudações monárquicas.
Rasteura em que terei sido o rasteirado pela legenda, Caro Carlos Portugal. Vou ver se substutuo a imagem.
Um grande 2008 para Si e Seus.
Abraço amigo
Enviar um comentário