terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Ecos de Paris

Uf! Não é fácil esperar que assente a poeira do Dakar! Se realizado, por ser imensa a areia levantada; frustrado, por a polémica acerca do cancelamento e da deslocalização persistir.
Sobre o abandono de África mantendo a designação, não vejo inconveniente, desde que não sejam eleitas paragens de uma América que nada tem a ver com o nome que é o da capital senegalesa. Sugiro antes uma situação mais a Norte: existe uma Dakar, Texas, como existia a célebre Paris do imortal filme de Wenders. E espaço adequado não falta no Lone Star State.
Para os que resistam em fazer intervir os aviões de transporte durante tantas horas, para sobrevoar o Atlântico, lembraria que a prova automobilística não era bem um rally, mas um raid, com uma progressão diferente das curtas classificativas de performance tendencialmente separada, da generalidade das provas automobilísticas que tomam aquele nome. E que o primeiro raid que finalizou na famosa cidade da costa Oeste-Africana foi o dos pioneiros da Aviação Joseph Vuillemin/Chalus, os quais desempenharam em França o papel que haveria de caber cá a Gago Coutinho e Sacadura Cabral. O primeiro é hoje mais recordado nos Manuais de História por ter sido o Chefe de Estado Maior da Aviação Francesa na Guerra que começou em 1939. Todavia, em 1920, tinha atravessado os desertos mais inóspitos para chegar à importante povoação da África Ocidental Francesa, feito documentado pela imagem.
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2 comentários:

Capitão-Mor disse...

A pior catástrofe é que os terroristas, cada vez mais interferem com as nossas liberdades.

O Réprobo disse...

E, se forem para a América Latina, com este precedente, temo que a ameaça se transfira para lá...
Abraço, Caro Capitão-Mor.