A Ilusão
Pronto, a escolha ao jeito rural de reunião do Estado de Iowa nas Primárias Norte-Americanas deu os primeiros frutos, nada surpreendentes quanto aos vencedores, aqueles que emergiam, consideradas as duas últimas semanas, mas pelos números. Nos Democratas o Senador Obama conseguiu a proeza de, sendo mestiço, vencer num eleitorado em que a percentagem de População Negra é irrelevante. Um político que considero menos confiável ainda do que a média, John Edwards, ficou em segundo, relegando a Senhora Clinton para a medalha de bronze. Nem tudo neste resultado se pode atribuir à articulação e simpatia do discurso do vencedor, ou à imagem jovem do segundo classificado: Hillary, durante dois anos, andou a dizer que tinha um grande trunfo sobre a rivalidade mais directa, o conhecimento e a experiência em política externa. Ora, toda essa reputação implodiu quando, dias atrás, falando de Benazir Bhutto, confundiu reiteradamente as eleições parlamentares paquistanesas com presidenciais...
Entre os Republicanos, Huckabee mostrou que o dinheiro não é tudo, ao pôr a oito pontos de distância o milionário gastador Romney. Fala-se, aliás, de um escândalo de favorecimentos e condutas impróprias de comissões em matéria de financiamento, prestes a rebentar, que chamuscará o Mormon. A questão está em saber se nos Estados seguintes a falta de rede organizativa do inflamado orador do Arkansas não lhe virá a fazer falta e em que medida McCain, Giuliani, Thompson e... Paul(!), que conseguiram ficar acima dos 10%, virão a chegar-se à frente. Para mim, se Romney não ganhar ou o New Hamphire ou o Michigan pode dedicar-se à pesca. O primeiro, porque os Estados da Nova Inglaterra costumam favorecer em bloco os políticos de quaisquer deles, o que, à partida, anteciparia a vitória do ex-Governador do Massachusetts; no terreno da Ford e de outros gigantes industriais, porque o Pai dele o governou, tendo o actual candidato lá nascido, inclusivé.
Mas estes triunfos de não-favoritos da primeira hora, mais que não seja, contribuem para animar a malta.
Entre os Republicanos, Huckabee mostrou que o dinheiro não é tudo, ao pôr a oito pontos de distância o milionário gastador Romney. Fala-se, aliás, de um escândalo de favorecimentos e condutas impróprias de comissões em matéria de financiamento, prestes a rebentar, que chamuscará o Mormon. A questão está em saber se nos Estados seguintes a falta de rede organizativa do inflamado orador do Arkansas não lhe virá a fazer falta e em que medida McCain, Giuliani, Thompson e... Paul(!), que conseguiram ficar acima dos 10%, virão a chegar-se à frente. Para mim, se Romney não ganhar ou o New Hamphire ou o Michigan pode dedicar-se à pesca. O primeiro, porque os Estados da Nova Inglaterra costumam favorecer em bloco os políticos de quaisquer deles, o que, à partida, anteciparia a vitória do ex-Governador do Massachusetts; no terreno da Ford e de outros gigantes industriais, porque o Pai dele o governou, tendo o actual candidato lá nascido, inclusivé.
Mas estes triunfos de não-favoritos da primeira hora, mais que não seja, contribuem para animar a malta.
4 comentários:
Porquê o (!) à frente do nome de Ron Paul?...
Porque, Meu Caro FSantos, apesar dr ter dinheiro a rodos para gastar, a candidaura dele foi completamente proscrita pelo aparelho do Partido Republicano, essencial para edificar e olear a máquina de mensagens telefónicas de exortação de última hora e para facultar transporte e apoio a votantes que, doutra forma, não se incomodariam.
Abraço
Ron Paul propugna "mano dura" con la inmigración ilegal......
Isso, mais (o retirado Tancredo) ou menos (Giuliani, Huckabee), todos, excepto Romney por pessoais telhados de vidro, é tecla que todos tocam, Caro Filomeno. A força de Paul vem da mensagem anti-impostos e anti-burocracia, próxima da dos Libertários, embora deles divergindo radicalmente em termos morais, ao condenar o aborto.
Abraço
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