O Macaco Escultor de Watteau
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O velho Aristóteles bem tentou, com a explicação do
animal político, de cuja hierarquia derivou o
social. As formigas, abelhas e térmitas deram cabo da distinção. Outros disseram que era o
animal que ria; as hienas, de forma reflexa, mas os gatos, exprimindo contentamento, reduziram a cacos a teoria. Com o entendimento e utilização de
símbolos pelos macacos, são Cassirer e o seu
animal simbólico que morrem. Há que achar uma especificidade incontestável da nossa Essência. Eu proponho a de sermos o único animal a que obceca o dilema de, para não ser absolutamente repulsivo, ter de viver assombrado pela insatisfação com o que vai sendo.
2 comentários:
A diferença claro que está na capacidade de pensar os símbolos e não na de os reconhecer ou mesmo usar.
Meu Caro Rudolfo,
claro qye, em última análise, a diferença consiste em conceber uma definição que tome o nome d "símbolo", o que o macaco parece não fazer. Mas não era o que Cassirer pretendia significar.
Ab.
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