A Sorte Não Foi Macaca
Há sempre Alguém que diz não? Nem tanto, mas hoje houve. No dia do azar tinha de ser o trevo Irlandês a neutralizá-lo. Não tenho grandes ilusões, os batoteiros de Bruxelas e do Conselho Europeu não tardarão em descobrir um cozinhado para mostrar o seu grande respeito pela democracia, desde que os sirva, mesmo com 100% dos referendos realizados dando resultado negativo. Ao que parece, todavia, há um crescendo da oposição no Reino Unido ao alinhamento de Londres na trafulhice; e daí é que pode vir a salvação, porque é capital que conta. A seguir.
Entretanto, o Sr. Barnier, se tivesse vergonha, demitir-se-ia. Não só chamou irresponsáveis aos eleitores de outro Estado-membro, como o fez aos seus compatriotas, que, quando livres de decidir, também rejeitaram os arranjos nas suas costas.
Entretanto, o Sr. Barnier, se tivesse vergonha, demitir-se-ia. Não só chamou irresponsáveis aos eleitores de outro Estado-membro, como o fez aos seus compatriotas, que, quando livres de decidir, também rejeitaram os arranjos nas suas costas.
O Porreiro barroso-socrático deve bem ter dado lugar a vocábulo da mesma elegância, com o mesmíssimo início, embora de menor comprimento.
22 comentários:
Caríssimo:
Deus é Grande, e São Patrício estava atento aos Seus Desígnios.
Graças a Deus!
Embora, como o meu Caríssimo Amigo muito bem escreve, os aldrabões federastas arranjarão logo maneira de «contornar» o problema, muito «democraticamente», como é seu hábito.
Com democracias assim, quem precisa de ditaduras?
Ao menos que isto lhes sirva de exemplo, e demonstre quanto as populações estão contra eles e os «governos» que eles nomeiam e controlam.
Grande abraço.
Mas quer-me parecer, Caríssimo Amigo, que, tratando-se de Lisboa e no Seu Dia, o Santo mais querido da Cristandade fez mais um milagre. Dos grandes, diria eu.
Abençoado Santo António de Lisboa!
Abraço.
Hoje tenho coração irlandês! Mas, como já prevêem os amigos, logo mais se arrajarão meios para, democraticamente, ignorar a vontade do povo... E toda Europa será escrava dos burocratas de Bruxelas. É triste, o futuro!
Não tinha pensado nisso, mas creio que o Carlos tem razão: o nosso querido Santo Antoninho fez mais um dos seus muitos e poderosos milagres.
A desfaçatez deste pessoal, no entanto, é assombrosa.
É verdadeiramente espantosa a falta de coerência dos respectivos discursos.
Como diz, e bem, Caro Réprobo, trata-se de um caso a seguir. E tem razão quando diz que o Sr. Barnier se devia demitir, só que, perdoe-me a expressão, esse saloio não tem um pingo de vergonha.
Meu Caro Carlos Portugal,
olhe que não me tinha lembrado dessa. Santo antónio, estando de serviço hoje, é bem capaz de ter contribuído, é sim Senhor.
No mais, não temos razão para esperanças. Não viu já a socrática criatura, com as orelhas para trás, a dizer que é preciso arranjar uma solução, porque " o Tratado de Lisboa tem de entrar em vigor"?
Pous eu digo que se tem de arranjar uma solução, porque ele não pode continuar P-M. Se abdica dos votos, como não tem outra coisa, em que é que a vontade dele valerá mais do que a nossa?
Abraço
Pois é bem verdade, Anónimo, já devem estar a preparar um ardil qualquer. O Primeiro-Ministro Luxemburguês, com alguma dignidade, veio dizer que o Tratado estava morto. Mas infelizmente dignidade e poder andam afastados. Se deixam a coisa nas mãos dos Zés Barroso e Sócrates, ou de outros da mesma laia, já se sabe o que nos espera. Por isso era importante que o Reino Unido virasse.
Abraço
Querida Rosarinho,
afinal ele promove casamentos desejados pelas moças, sendo que a pobre Europa, salvo na Irlanda, não foi havida nem achada, limitando-se a combinação às ambições de uns tutores gananciosos...
Beijinho
Meu Caro Mike,
ele quer lá saber. Pode dizer tudo, está tudo a ver o Euro! Por falar nisso, 4-1 não foi bem um grande galo, mas a escorregadela do bicho numa casca de laranja.
Abraço
Como se dizia há tempos nesta mesma caixa "hoje somos todos irlandeses".
Bendita Constituição a deles, que obriga os seus governantes a fazer aquilo que os nossos nos negaram....
E ao depois há o Esteves Martins e aqueloutro jornaleiro de serviço à RTP-N que há muito não o via e não me lembra já o nome, que 'enalteceram' muito uma suposta capacidade arregimentadora do 'não' e uma perguiça do 'sim' que não se deu ao trabalho de votar. Como se os abstencionistas se não estivessem porreiramente borrifando para aquilo, o que é mais não que sim. O Esteves Martins, tal o desespero, até se estendeu insinuando como nulo o valor ao referendo pela pouca participação. Ou seja: o 'sim' que era (dizem eles) a maioria não foi votar, o voto não vale.
A democracia é boa é para os gregos, já vê.
Cumpts.
Preguiça, digo.
Cumpts.
Querida Cristina,
Essa constituição ameaça guindar-se a Instituição, enquanto as outras e a Europeia com que com outro nome querem embarretar-nos não passam do conceito de destituição.
Beijo
Meu Caro Bic,
até porque gregos se vêem esses serventuários da eurocracia e os capatazes deles com o resultado atravessado. Mas já sabemos, pelo que por cá se gastou, que quando um referendo não colabora se convoca outro, até que fique dócil às pretensões e pretensiosismo dos bem-pensantes.
Abraço
Meu caro Réprobo, não quereria que a «Europa» acabasse. Temos beneficiado bastante dela – julgo eu – dá-nos alguma segurança (económica e democrática) e acredito que, neste período de globalização, o princípio de que a união faz a força possa ser útil. Mas a construção europeia à revelia dos seus cidadãos é, no mínimo, enervante. Adivinhando-se que as futuras gerações já nascerão e não estranharão esse «chapéu», a nossa geração é como um degrau que se tem de galgar a todo o custo, ignorando-o ou até, se necessário, espezinhando-o. Estou bastante irritada com a situação. ;-D
"... os batoteiros de Bruxelas e do Conselho Europeu..."
Nem mais, o Paulo é que lhes colocou o epíteto correcto.
Maria
Querida Luúsa,
quando aderimos à CEE, que não contestei, choquei os meus Colegas por defender que era chegada a altura de começarmos a negociar a saída...
Sério, sério, enquanto a integração foi sectorial, para elevar os níveis de infra-estruturas e social do País, muito bem. Desde a momomania constitucionalista e sucedânea de apagar os derradeiros vestígios de soberania que poderiam travar a padronização anti-particularista da eurocracia, muitíssimo mal.
A segurança democrática que menciona, como sabe, para mim, é uma agravante. Consola-me, entretanto, pensar que não existe. Ou acredita que se soltássemos o grito do Ipiranga e criássemos um sistema tradicional, aquela gente se mobilizaria e interviria? Qual, umas sançõezitas para ONU ver e ao fim de seis meses ninguém se lembraria.
Beijinho
Querida Maria, então como se chama quem só segue as regras do jogo quando lhe vêm votações, perdão, cartas boas?
Beijinho
O nosso dilema, Caríssimo é que, dentro ou fora da "Europa", este país parece não ter solução...Gostaria de ser optimista e acrescentar "pelo menos com a geração que está no poder", mas desconfio que isto não tem a haver com gerações..."O mal de Portugal é estar cheio de Portugueses"!
e de euroarrogantes, alguns dos quais coincidem, Meu Caro TSantos!
Abraço
Nem mais!
Ab
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