Perplexidades
Um cidadão japonês, por se descobrir cansado do Mundo, desatou à facada aos passantes, em vez de a espetar no próprio coração, como seria mais lógico, visto que, assim, continuou por cá e não é crível que alimentasse a ilusão de conseguir esfaquear o planeta inteiro. Tudo poderia ter sido evitado, caso lhe houvessem ofertado este equivalente de punching-ball para gumes aguçados...
O 24 Horas ficou bambo por o Professor do nome pedir enormidades de tempo e dinheiro para os livrar do mau olhado! Eis-nos sem perceber as razões da queixa. Ou não acreditam que essa maldição exista e extingue-se o objecto da possível responsabilidade do mago, ou acreditam; e então terão de provar que a dita persiste, ou seja, que o profissional africano não foi eficaz, por culpa reconhecível. Claro que, para quem não seja adepto de interpretações primárias, o factor prejudicial pode ser tido como clasificação da clientela. E aí só uma mudança da linha editorial para atrair melhores olhares.
O Prof. Cavaco pilotando o Gil Eanes: Só anos depois de ter largado a condução do País vê reconhecido o estatuto de Homem do Leme!!!
O BE pede explicações por o Presidente da República haver empregue a expressão Dia da Raça. Ninguém, nem os necessitados de explicações, se atreveu a dizer que o Estado Novo alguma vez desenvolveu animosidades raciais, pelo contrário, o supra-racialismo do discurso é acusado amiúde de ter servido para um integracionismo que os críticos redutores tentam dar como mera cosmética do colonialismo herdado dos sistemas liberais anteriores. Fica pois a sensação de que é muito escasso o pano da acusação "de ser uma forma de designar do anterior regime". O que sobressai é que o Orgulho, para essa gente, só pode ter por base uma minoria sexual barulhenta, jamais um factor de unidade alargado.
O 24 Horas ficou bambo por o Professor do nome pedir enormidades de tempo e dinheiro para os livrar do mau olhado! Eis-nos sem perceber as razões da queixa. Ou não acreditam que essa maldição exista e extingue-se o objecto da possível responsabilidade do mago, ou acreditam; e então terão de provar que a dita persiste, ou seja, que o profissional africano não foi eficaz, por culpa reconhecível. Claro que, para quem não seja adepto de interpretações primárias, o factor prejudicial pode ser tido como clasificação da clientela. E aí só uma mudança da linha editorial para atrair melhores olhares.
O Prof. Cavaco pilotando o Gil Eanes: Só anos depois de ter largado a condução do País vê reconhecido o estatuto de Homem do Leme!!!
O BE pede explicações por o Presidente da República haver empregue a expressão Dia da Raça. Ninguém, nem os necessitados de explicações, se atreveu a dizer que o Estado Novo alguma vez desenvolveu animosidades raciais, pelo contrário, o supra-racialismo do discurso é acusado amiúde de ter servido para um integracionismo que os críticos redutores tentam dar como mera cosmética do colonialismo herdado dos sistemas liberais anteriores. Fica pois a sensação de que é muito escasso o pano da acusação "de ser uma forma de designar do anterior regime". O que sobressai é que o Orgulho, para essa gente, só pode ter por base uma minoria sexual barulhenta, jamais um factor de unidade alargado.
13 comentários:
Saberá essa gente, ao certo, o que é o orgulho, Caro Réprobo? Creio que foi até benevolente na sua especulação, meu Caro.
Um abraço.
Obrigado, Caríssimo Mike. Com efeito, a obsessão da qualidade fracturante que esta gente evidencia, sempre à cata do que possa corroer o edifício social, leva-me a pensar se não confundirão o orgulho que lhes é caro com o gorgulho...
Abraço
Ena, Paulo, que fôlego! O almoço fez-lhe bem, inspirou-o para a escrita...
Bjs
PS: Quantos foram os livros comprados na feira, afinal?
Perdi-lhes a comta, Ana. E perdi um deles, no caminho. Por acaso não ficou no carro?
Beijinho
só coisas horrorosas que a gente lê nos jornais...
o melhor realmente é esquecer com um bom repasto em boa companhia!
E afogarmo-nos em livros, muitos livros.
beijinho, Paulo!
Afogar-se em livros não é metáfora no caso do Paulo, Júlia. Fui com ele à feira do livro e parecia uma criança numa loja de gelados... comprou metade da feira!
Paulo, não sei se ficou algum no carro. Procuro amanhã e depois digo-lhe.
"O BE pede explicações por o Presidente da República haver empregue a expressão Dia da Raça."
De facto, esta só lembraria aos berloquistas...Mais um "isco" lançado ao PS...Felizmente, parece que este, por uma vez, não lhes passou cartão!
Ab
Suas notícias recortadas e comentadas são ótimas.
O mundo bizarro ajuda...
Abraço, querido réprobo!
marilia
aindapodiaserpior.blogspot.com
Ah sim, Querida Júlia, os livros são também refúgio contra a intrusão das desgraças do Presente. Não é que não falem das do Passado, mas como a ida à estante e a abertura de um é controlo muito mais dependente da vontade do que o prejudicado pela hipnotização frente aos diários e noticiários...
Beijinho
Obrigado, Querida Ana. E não exageremos: não viu um dos Livreiros, admirado por eu este ano lá ter ido tão pouco?
Beijinho
Meu Caro TSantos,
aquela malta, tudo o que seja cindir, quebrar coesões, vê-o como momentos culminantes. É o Viagra deles!
Abraço
Também acho desproporcionado o protesto contra a palavra «raça», meu caro Réprobo. Não gosto particularmente dela, mas pareceu-me claramente empregue como referência à «força» de um povo. É sempre um pouco irritante ver a exaltação com que essa gente reage a símbolos e abstracções, no confronto com a apatia que revela perante certas cruas realidades.
Querida Luísa,
ninguém chegou ao ponto de falar em racismo, no sentido corrente, a propósito deste incidente que é apenas pó. Ficaram-se pela anatematização da linguagem do anterior regime, o que é uma promoção do Prof. Cavaco que não é apetecida nem merecida pelo próprio,para além do alinhamento inqualificável do Dr. Paulo Portas, o qual tentou desvalorizar a questão da maneira que prejudica, dizendo ter-se tratado de um engano.
Beijinho
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