terça-feira, 24 de junho de 2008

À Unha!

Esta não lembra ao Diabo! Acusar a empresa que deu o iPhone às massas de fazer uma subtil discriminação de géneros, por as unhas não activarem convenientemente os comandos e as Mulheres as usarem mais compridas, nem tem lógica, nem base fáctica. Com efeito, serão Mulheres os Mandarins chineses e epígonos sobrevivos, que as deixavam crescer como prova de não se darem a trabalhos manuais? E muito original no nosso País que dá centímetros largos à extremidade do mindinho? Além de que o aparelho não é uma necessidade, mas superfluidade que só compra quem quer. De resto, não há qualquer inevitabilidade no comprimento dessas partes em crescimento, pelo que difícil é considerar as portadoras de opções mais visíveis como disabled people...
Plínio O Antigo defendia, em mandamento unissexo, que o ideal para a fronteira da unha seria acompanhar o rebordo da pele do dedo em que assentava. Menos austeros que o sábio Romano, custa-nos prescrever uma norma neste campo. Mas não está a questão já resolvida com as imitações amovíveis que se colam e tiram, conforme a prioridade seja decorar ou labutar?
Estamos é perante um sinal dos tempos - é aceitável exigir a uma moda que não incompatibilize com outra. Submissão total!

6 comentários:

Anónimo disse...

Caramba, meu Caro Réprobo, não lembra ao Diabo, mas lembra o Diabo. Safa.

Anónimo disse...

Realmente, este mundo está perdido!!!

Anónimo disse...

Até da arte de dedilhar guitarra podiam retirar exemplos com os auxiliares que se põem nos dedos para tocar as cordas.

O Réprobo disse...

é um problema de
garras, Meu Caro Mike! A ornamentação que serviu para rematar os dedos está também presente na hiperexigência consumidora!
Abraço

O Réprobo disse...

Querida HI,
n proveniente da produção da engenhoca, para justificar o desenvolvimento da pesquisa e fabrico de outra que funcione pelo contacto com a unha...
Beijinho

O Réprobo disse...

Ocorreu-me ao lê-Lo outra coisa, Caro Rudolfo, que seria interessante ver as nhitas femininas encapuzadas com um gorro de textura semelhante à da parte impressiva do dedo, para accionar a geringonça.
Abraço