O Piercing
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É que outra cousa não é a uniformização idiomática que se urde, do que um gigantesco piercing, semelhante aos que o partido do Governo faz questão de banir, por perigosos. É uma lamentável nostalgia Socialista pela colectivização - proíbe-se o parafusinho nas línguas individuais, mas impõe-se o atarrachar equivalente na que é património comum. Até que todos entremos em parafuso.
Encontrei esta imagem na net, sob a designação de Screwed Tongue. Imploro à condescendência dos Leitores que acreditem não ser a ingenuidade o que me leva a não traduzir...
6 comentários:
Aleluia! Tem toda a razão: aqui é que o piercieng deveria pôr tento na língua dos que a usam para defender o aberrante Acordo, que afinal não merece o acordo de tantos falantes: pimenta na língua!
Beijo
Ainda bem que é de andar em círculos com a chave de fendas. Fica mais fácil dar meia volta ao texto.
Gostei da "nostalgia Socialista pela colectivização"... Se é isso, é muito elitista porque exclui o Olimpo Socialista, tão cioso da sua superioridade cultural!
Mas para o parafuso estar bem atarrachado falta-lhe a respectiva porca, felizmente. O que, aplicado à língua e ao maldito acordo, justifica plenamente a "Screwed Tongue" não traduzida...
Querida ristina,
além da incongruência com a preocupação de saúde pública manifestada a outro propósito, há uma despromoção aviltante do parafuso, que se justifica por segurar alguma coisa, o que não é o caso do seu emprego por estes linguarudos que querem esburacar a fala de todos nós.
Beijo
Meu Caro Rudolfo,
claro, em se tratando de um REBITE, ainda algum adepto do pacto demoníaco que quer vender a língua ao chifrudo se lembraria de chamar à crítica ex-Ministra REBITEZA.
Abraço
Querida Ana,
ora aí é que a... porca torce o rabo! Cá para mim, de tanto ouvirem o extracto do Pessoa segundo o qual a Pátria era a língua portuguesa, acharam por bem combater esse "fascismo potencial" fazendo ao idioma o que já haviam feito ao País - integrá-lo numa supra-nasionalidade pactada.
Beijinho
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