quinta-feira, 5 de junho de 2008

Entre Marido e Mulher...

...não metas a colher, mesmo que ela seja maleável!A recomendação do Dr. Eugénio Teófilo, de que dentro do casamento se passe a usar preservativo, faria bem melhor em dar lugar à de que haja mais cuidado na escolha da pessoa com quem se casa. Fazer do sexo conjugal um combate com mais armamentos do que o estritamente necessário é eliminar as distinções que sempre se estabeleceram entre o fortuito e o permanente, acabando por, em nome de uma defesa da saúde à outrance, se amalgamar o matrimónio uma coisa indistinta do divertimento mais ou menos ocasional. Até porque não me parece configurar propriamente um incentivo à natalidade... Que Diabo, há melhores maneiras de garantir que não se quebre um casamento do que fazê-lo de borracha!

22 comentários:

CPrice disse...

vivemos à velocidade da Luz caro Paulo, sem a luminosidade que se esperaria.
Não se cultiva, não se perde tempo, não se colhe portanto .. assim, consigo entender que no carril do casa descasa seja uma medida .. hum, digamos que saudável.

Não lhe volto a dizer o bem que escreve e o bem que escolhe as ilustrações, pronto ;)

ana v. disse...

Presumo que o caro Dr. Teófilo não seja casado...

O Réprobo disse...

Querida Once, quanto à segunda apreciação, mais uma prova de Bondade, o que pode dar essa impressão é eu interessar-me por muita coisinha...

Quanto à vaca fria, o corropio nem foi invocado pelo eminente espacialista, aparentemente a recomendação vale para os pacíficos himeneus de décadas. É mais um preceito sanitário olvidado do voto "na Saúde e na Doença"...
Beijinho

O Réprobo disse...

Querida Ana,
Esperemos, ou a vida íntima do casal estará inquinada de eugenismo, ehehehehe.
Beijinho

Luísa A. disse...

Meu caro Réprobo, desculpar-me-á esta nota retrógrada, mas não resisto a manifestar estranheza com esse coro dissuasor do uso do preservativo na relação conjugal, depois de tanta crítica à posição da Igreja, que reconhece, no fundo, no casamento como em todas as relações românticas, as mesmas dificuldades de cumprimento da prescrição. Em todas (e talvez até mais nas românticas extra-conjugais) há arrebatamento, paixão, cegueira ou, em suma, muita imprudência. Continua, por isso, a parecer-me mais fácil (e seguro) ser-se fiel. Mas, enfim, cada um saberá de si… :-)

fugidia disse...

Bom, mais uma vez a imagem escolhida é muito apropriada :-)
Mas não consigo deixar de apreciar este problema com seriedade.
Apetece-me mesmo dizer que estes maridos (ou mulheres, que também as há) deviam ser acusados de tentativa de homicídio quando aceitam para si próprios o risco mas não o comunicam a quem, dizem, é o "amor da sua vida"...
É como os pais que não colocam o cinto de segurança aos filhos nos automóveis...

Beijinho de bom dia :-)

Anónimo disse...

Caríssimo Amigo:

Concordo plenamente consigo. Estes novos «libertários» estão tão ciosos da dita liberdade que a querem guardar só para si. Assim, esse Dr. Eugénio Teófilo (tinha logo de ter o nome aziago de um dos «carbonários da 1ª respública, com r muito pequeno) bem poderia estar calado e não dizer imbecilidades.

Se no meio onde chafurda, a infidelidade conjugal é uma norma, e o casa-descasa um desporto (ou um modo de vida), compreende-se a preocupação. Deveria portanto avisar, alertar nos meios de comunicação, aconselhar e não largar a atoarda de que «tem de ser obrigatório», ofensiva a quaisquer gentes com dignidade verdadeira e consciência. Para além de ele merecer que lhe enfiassem o mega-preservativo rosa da foto pela cabeça abaixo, resta a pergunta: Quem é que ele proporia para fiscalizar o casal na noite de núpcias e nas seguintes? A ASAE?

Coitado, é como o colega dele Dr. George: ensandeceu.

Um grande abraço.

O Réprobo disse...

Querida Luísa,
claro que não só é mais fácil como ser fiel faz parte da essência do vínculo conjugal, que não pode ser pensado em função das impugnações pontuais do que ele deva ser, mas sim das obrigações que estabelece. Divirtam-se à vontade antes,agora aceitar a intimidade com a pessoa com quem se decidiu compartilhar a vida refugiado atrás de um escudo é desmentir qualquer confiança que esteja na base de uma comunhão maior.
Beijinho

O Réprobo disse...

Bom dia também Querida Fugidia,
mas de que estamos a falar? Daquela relação em que se promete fidelidade e exclusividade, não é? E daquela em que se faz foto de aceitar os riscos decorrentes, ou não?
Ou andamos a salatar de faixas de rodagem nessa auto-estrada?
Beijinho

O Réprobo disse...

Essa é genialíssima, Meu Caro Carlos Portugal! Estou mesmo a ver o inspector da ASAE a aparecer nos momentos de enlevo de cada casal, como o mediador de seguros do anúncio dos namoradinhos no carro estacionado em sítio esconso.
E claro que em jeito de uniforme poderia, como sugere, envergar a barretina que nos querem enfiar.
Ainda desconfio de que é tentativa de despromover o casamento a um hábito de cópula com benefícios fiscais...
Abraço

fugidia disse...

Querido Réprobo, estamos a falar da relação em que se promete fidelidade e exclusividade, claro.
Mas... sabe muito bem que, infelizmente, esse votos nem sempre se cumprem.
A questão que me indigna não é o casal usar preservativos; é quem não cumpre os votos matrimoniais não o usar, em relações muitas vezes perigosas, aceitando (com mais ou menos consciência) esse risco, mas deixando na total ignorância (do risco que corre) o cônjuge...
Beijinho de boatarde/boa noite :-)

P. S.
You have mail :-)))

Anónimo disse...

Caríssimo Amigo:

Estamos em sintonia! Estava precisamente a pensar nesse anúncio.

E creio que, para além de ser uma tentativa de despromover o casamento, como o meu Amigo muito bem escreve, será também uma tosca achega ao controlo de natalidade, tão caro aos mundialistas que sonham com uma «despopulação», «a bem da economia»...

Quero também comunicar-lhe que tentei durante esta tarde aceder a mais caixas de comentários desta Sua Ilustre Casa, mas o Blogger parecia estar com problemas.

Assim, e reiterando o que escrevi num outro comentário (perdido nos labirintos do servidor), peço-lhe novas da saúde da Senhora Sua Mãe, que espero estar a recuperar muito bem, graças a Deus e ao Filho dedicado que tem (apesar deste teimar em se auto-apelidar de «Réprobo»).

Um grande abraço, e os mais sinceros desejos de uma rápida e completa recuperação da Senhora Sua Mãe, deste seu amigo e família.

Anónimo disse...

Assunto sério, este, Caro Réprobo, em que a (muita) teoria nem sempre é seguida pela (pouca) prática. Haja quem atire a primeira pedra, mas aconselho a verificar primeiro se os telhados são de vidro. Gostei de ler.

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

O Dr. Teófico deve andar a fazer das boas fora do matrimónio!!

O Réprobo disse...

Querida Fugidia,
não consigo conceber como pode haver a confiançpa minimamente exigível num matrimónio com este acessório pelo meio. E está a ver alguém chegar ao pé do cônjuge e dizer "olha, querida/o, andei a dar umas por fora, por isso é melhor usar isto"...
Além de que me cheira que o Dr. Eugénio será fundamentalista ao ponto de receitar o capuzinho, mesmo noutros casos, prevendo aquisições virais indesejadas pré-matrimoniais. Ora, sabendo-se como pode ser longo o período de incubação, quem é que se safa?

Ainda não recebi correio electrónico.
Beijinho

O Réprobo disse...

Meu Caro Carlos Portugal,
E para mais sabendo-se como, sem o auxílio estatístico dos imigrantes, anda pelas ruas da amargura a natalidade lusa!

A minha Mãe vai recuperando, obrigado. Muito dorida e com a qualidade de vida ainda mais diminuída, mas, espero, no bom sentido.

Esse blogger é um canalha. ontem tive uma confraternização que me afastou um pouco destas lides, não dei por ela, mas já ouvi queixas similares.
Abraço grato. Espero que a Sua gripe já tenha resolvido exilar-se.

O Réprobo disse...

Meu Caro Mike,
por aqui não há telhas assim tão frágeis. Não casei até hoje, por não me haver ainda sentido com capacidade de cumprir as obrigações decorrentes. Não quero apontar-me como exemplo, há muitos mais e melhores. É preciso é ser consciente.
Abraço

O Réprobo disse...

A Júlia é que desmascarou o homem: é capaz de ser tudo pensado, por não querer pôr a Mulher em risco sem se confessar. Assim, pode dizer, "Amor, não é que tenha feito alguma coisa que não saibas, mas tenho de ser coerente com a tese que defendo, não estranhes que vá um tanto vestidinho"...
Beijinho

fugidia disse...

Mas Rép, o que me indigna é que o "traidor" não use preservativos nas suas "escapadelas"!!!
:-)

Já mandei ontem o mail :-( Não recebeu?
Hum... espero até à tarde.
Beijinhos.

Ah!, bom dia! :-)

O Réprobo disse...

Ah, isso é outro negócio, não é o que o Dr. Teófilo vem defender...

Nada, absolutamente nada!
Beijinho, Querida Fugidia

Anónimo disse...

É o que dá o desnorte e/ou a inversão total de valores/prioridades/obrigações...

"Oh tempora, oh mores!" (cito de memória)

Ab

O Réprobo disse...

Meu Caro TSantos,
o Teu Cícero cai sempre bem. Vantagens de uma educação clássica...
Abraço