Como as Cobras
19 de Maio , um outro, o de 1962, viu a mais glorificada das felicitações de aniversário cantadas. A de Marilyn a Kennedy, muito por culpa de morte precoce e próxima de ambos. Não sigo por essa sobrelotada via, por não prezar um ou o outro dos intervenientes. É um momento de private joke, passando dos parabéns para outra canção adaptada, em que o agradecimento pelas coisas que o Presidente teria dado e feito ganha segundos sentidos de fácil apreensão, ligados à conhecida de todos ligação entre ambos. E as piadas de Peter Lawford, duplamente próximo da Mafia pela dupla pertença a clans com ela conexos, o da família de políticos do Massachusetts e o de Sinatra, acabam por ganhar outros contornos: se a Mulher que não precisa de introdução aludia ao sucesso presidencial no leito da Estrela, a falecida Marilyn Monroe reforça muito do que se queira pensar acerca das responsabilidades pela morte declaradamente violenta de um e mais do que suspeita da outra. Pena que não tenhamos a cor do vestido na imagem a P&B, um Rosa/Pele que assentava plenamente como uma camada dérmica extra, já que tão justo que não foi enfiado, senão cosido na portadora, a qual, por baixo, trazia ainda e só o vestuário com que confessava dormir - as duas míticas gotas de Chanel 5. Nesse sentido, ao sair de tão ajustado trapo, terá largado o revestimento, mas sem renovação possível, de um corpo que, insisto contra todos, nesta cerimónia me parece apresentar certos problemas, algo inchado, sem ser pela notoriedade do desempenho.
12 comentários:
Sim, ela conseguiu cantar com sedução :-)
"...mas sem renovação possível, de um corpo que, insisto contra todos, nesta cerimónia me parece apresentar certos problemas, algo inchado..."
Eh, eh, eh, também reparei...mas enfim, o Mito é o Mito...;-)
PS: A propósito, foi a primeira vez que vi o filme completo. Talvez por isso só agora tenha notado o "inchaço" que muito bem referes...
Desengane-se, caro Réprobo: aquele corpo está bem espartilhado por baixo do vestido (ou pele extra, como muito bem lhe chama), até por causa desse "inchaço" visível. Noblesse oblige.
Mas este episódio sempre me irritou. Nada contra a vida privada dos presidentes mas não gosto de humilhações públicas de legítimas, mesmo quando elas se chamam Jackie e também não são flor que se cheire.
Bj
Com os tiques todos, Querida Fugidia, mas aquele ar estava um bocado passado...
Beijinho
E até a cara, talvez pela medicação que observava, Caro TSantos, estava algo desgastada, com a ausência a tentar ocultar-se por detrás da provocação.
Ab.
Querida Ana,
esse é um aspecto em que estamos inteirinhos do mesmo lado. Não tenho qualquer simpatia pela cabecinha tonta da Mrs. Kennedy-Onassis, mas haja decência, ou, na falta dela, elegância!
Beijinho
Como quer que se avalie o episódio, a minha humilde avaliação ao que li é "excelente", Caro Réprobo, Com um pequeno senão, aqui entre comas. Algo (bem) inchado sem ser pela notoriedade do desempenho. ;)
Ehehehehe, Caro Mike, mas olhe que já vi hã... os altos e baixos daquele corpinho em...como direi... momentos mais prometedores(?)...
Abraço
Eu, invejoso me confesso, meu Caro. :)
concordo convosco, o mais possível. Eu chamo descaramento, o que ela fez. Ela tinha alma de amante, é o que é. E não estava na melhor forma.Não percebo o que Arthur Miller viu nela...
Ehehehehehe, Caro Mike, é mais um motivo para nós, despeitados, detestarmos o JFK! Mas eu tenho atravessado um pior: ele também abarbatou a Gene Tierney. E isso é que é imperdoável!
Abraço
Querida Júlia, as pessoas querem sempre o que não têm, ele, beleza, a MM, miolos.
Neste episódio, para além de o corpo estar algo degradado, das marcas da medicação no olhar e no comportamento, parece-me haver um cabeleireiro a pedir para ser processado.
Beijinho
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