O Contrário de Chávez
O Amor da Pátria no Palácio da AjudaTanta reflexão desesperada sobre o Silêncio de Deus, mais não traduzindo do que a nossa surdez, gerada e geradora da impotência ou desistência de construir uma Sociedade Cristã, quando o maior enigma, embora de solução aparentada, respeita à afonia da Pertença Ancestral, quando esperaríamos que se definisse. O Tempo que nos agrilhoa não finda enquanto o Conceito existir. Não se está no término de um segmento de recta, a incomensurabilidade da permanência do Nexo Nacional pode, na vertente afectiva, aparentar a interminabilidade. Pelo que qualquer interrogação sobre o momento que ele atravessa e a fase civilizacional que anuncia, é questionário ao espelho. Só a nós cabe responder às perguntas que o pânico de nos vermos abandonados por Instâncias Maiores faz para Elas reenviar. Não percebendo o que perceberam os nossos Avós - que apenas sendo dignos de Quem nos fez ganhamos a segurança da Sua Proximidade. Nessa resposta residem as chaves.
De Natália Correia, com o alcance ampliado que destacar da inserção dá:
De Natália Correia, com o alcance ampliado que destacar da inserção dá:
Ó Pátria minha misteriosa
que da Europa és a esfinge! És o rebate
de uma última pedra preciosa
ou és cedo demais num tempo acre?
Sempre em tua estação de desditosa
deste mirtos em campos de vinagre.
Dá-nos consolação ó nebulosa
sepultada no bago do milagre.
Serás morte? será a comovente
despedida do Anjo do Ocidente
que a flor perdeu anunciando balas?
Nas quinas és a urna de um segredo:
guardas a noite? o dia? és tarde? és cedo?
Louca e triste, ó Mãe, porque te calas?
que da Europa és a esfinge! És o rebate
de uma última pedra preciosa
ou és cedo demais num tempo acre?
Sempre em tua estação de desditosa
deste mirtos em campos de vinagre.
Dá-nos consolação ó nebulosa
sepultada no bago do milagre.
Serás morte? será a comovente
despedida do Anjo do Ocidente
que a flor perdeu anunciando balas?
Nas quinas és a urna de um segredo:
guardas a noite? o dia? és tarde? és cedo?
Louca e triste, ó Mãe, porque te calas?
4 comentários:
Oh grande, imensa e bela Natália!
Parabéns, R.
M.
Querida Meg,
era genuiníssima Poesia, a Dela. Neste caso, tosa a premência esfíngica que interroga o Tempo que o Espaço e a Herança no momento conformam, ganha imenso, quanto a mim, em ser isolada da série que integrava, «Urna áurea».
Beijinho
Grande e hiperbólica Natália, de facto. Era única.
Era. E quem não lhe conheça a obra fica um pouco enganado por uma certa severidade nas declarações públicas dos derradeiros anos sem a noção da Mulher Bela que também foi e da sensibilidade e erudição em que se plasmou, literariamente.
Beijinho, Querida Ana
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