quinta-feira, 29 de maio de 2008

Declaração de Intenções

Finalmente ganhei coragem. Como nos dois casos em que postei aqui fotos tiradas com uma camarazita digital de bolso comprada há meses a receptividade se revelou assinalável, passo a andar com ela enfiada na algibeira, verdadeiramente para o que der e vier. Estou a isso determinado ainda pelo desgosto de não ter fotografado o telefone verde abandonado na rua, que poderia agradar à Nocas da Cor. Mas há mais, sempre apavorado pela ameaça do País dos Lotófagos, essas poções do Esquecimento que assombram o Ocidente desde a «Odisseia», tentarei preservar aspectos eminentemente perecíveis do tempo que passa.Como tentarei dar a minha visão de algumas coisas de forma mais feliz do que as minhas limitações expressivas e domínio da Língua consentem. Não tentarei fazer fotografia artística, que isso é para Quem sabe. E não me imporei mínimos de publicação: em aparecendo algo que puxe por mim, capta-se. Não aparecendo, não se força. Pena que não possa fotografar o Passado que se pôs a andar! O título da rubrica, o do post anterior, é o de célebre colecção de uma editora francesa, quando publicou relatos menos conhecidos de pessias que presenciaram sucessos conhecidíssimos. Enfim, proporcionando-Vos a base visual das minhas percepções, espero aumentar a interacção que me faça estimar o aparelhito da forma graficamente documentada.

16 comentários:

Cristina Ribeiro disse...

O Paulo não disse há tempos que gostaria de ter sido jornalista? Veio ao de cima o repórter fotográfico.
Beijo

CPrice disse...

como dizia o meu Avô, fotógrafo Amador, de alma e coração, a fotografia é captar com a lente da alma aquilo que os olhos observam e por vezes não entendem ..
Boa Sorte Caro Paulo .. e partilhe connosco sim?
:)

O Réprobo disse...

Querida Cristina,
não quer ir para Psicóloga?
Deslindou logo o meu trauma de juventude e a forma de libertar-me dele!!
Beijo

O Réprobo disse...

Querida Once,
esperemos que este auxiliar óptico não empane a capacidade de tirar das coisas o significado, para além do valor facial delas.

Estamos cá para isso. Mas note-se, isto poderá ser uma muleta, não uma mudança de vida.
Beijinho

fugidia disse...

Estou ansiosa, caro Rép; ansiosa .-)))

Olhe, comece por fazer a reportagem do nosso almoço :-p

O Réprobo disse...

Bela ideia, Querida Fugidia! Claro que vou de máquina assestada e, assim, tenho uma bela desculpa para não a virar para mim, quando, lambuzando-me com a mousse da Ana, estiver a ser gozado pelo Mike, como putativo aderente ao Sporting...
Beijinho

Luísa A. disse...

Com o seu espírito observador e crítico, meu caro Réprobo, vamos, certamente, ter agradabilíssimas surpresas. A par, espero, de mais alguns discretos apelos à insur… à indignação cívica. :-D
P.S.: E agora é que a minha coluna vai ceder ao peso da responsabilidade dessa «fotografia artística». :-)

nocas verde disse...

Caro Rép.,
Não fosse eu inimiga natural dessas maquinetas horríveis que nos retiram a alma (brincando, claro - leia-se incapaz de enquandrar até um lápis verdenuma mesa branca...) por um lado, e já andante carregada de códigos e manuais e apontamentos e ...e seguir-lhe-ía os passos (risos).
Prefiro (e muito) aguardar ansiosamente pelas suas crónicas, descobertas e afins.
ps - hoje consegui manter-me pelos dois lados!! iupi!

O Réprobo disse...

Ora, Querida Luísa, em relação ao Sublime das fotografias do «Nocturno», apenas papagueei o que toda a Blogosfera diz.
Quanto ao propósito que dei a conhecer, vamos lá ver se consigo, como o Lucky Luke, sacar mais rápido do que a sombra, que é a Realidade oferecida.
Mas a Minha Amiga saiu-me uma acirradora das multidões, heim?
Beijinho

O Réprobo disse...

Querida Nocas Verde, algum eco do preconceito religioso de outros continentes, em que vários povos acreditavam que, fotografado o corpo, a alma se dissolvia um pouco?
Bah, é a maquineta tão pequena que cabe bem em bolso masculino, que faria, se não nadar, na carteira duma Senhora!
Beijinho

Anónimo disse...

Claro que se fosses uma pessoa "normal" e usases um telemóvel desses modernaços, que até têm câmara de filmar, não precisavas de andar com esse "trambolho" no bolso...bastava sacar do telefone e...voilà! ;-)

O Réprobo disse...

Tu quoque Fili Mi?
Corre, então, César, digo, Paulo!
Ab.

ana v. disse...

Óptima ideia, Paulo. Cá estaremos para nos deliciar com o seu espírito crítico, agora ilustrado por imagens in loco. Fotografia artística ou não (essa deixamos ao cuidado do sumptuoso Nocturno), já adivinho grandes posts, bem documentados visualmente...
Beijinho

nocas verde disse...

:)
Cavalheiro, como sempre :)
Poderá a alma de alguém caber em algum lado que não no coração de quem o ama?

O Réprobo disse...

Ai, Querida Ana,
prouvera eu sentir-me à altura de Tais Expectativas...
Mas quem der o que tem...
Beijinho

O Réprobo disse...

Querida Nocas Verde,
Senhora, não mereço tanto.
Quanto à Alma, mesmo nesse caso da proximidade maior,´vê-lo-ia antes como as asas que permitem elevar pela tentativa de segui-la, pois a prisão dela choca sempre. Para amarras há os corpos, complemento não-desprezível, evidentemente.
Beijinho