Declaração de Intenções
Finalmente ganhei coragem. Como nos dois casos em que postei aqui fotos tiradas com uma camarazita digital de bolso comprada há meses a receptividade se revelou assinalável, passo a andar com ela enfiada na algibeira, verdadeiramente para o que der e vier. Estou a isso determinado ainda pelo desgosto de não ter fotografado o telefone verde abandonado na rua, que poderia agradar à Nocas da Cor. Mas há mais, sempre apavorado pela ameaça do País dos Lotófagos, essas poções do Esquecimento que assombram o Ocidente desde a «Odisseia», tentarei preservar aspectos eminentemente perecíveis do tempo que passa.Como tentarei dar a minha visão de algumas coisas de forma mais feliz do que as minhas limitações expressivas e domínio da Língua consentem. Não tentarei fazer fotografia artística, que isso é para Quem sabe. E não me imporei mínimos de publicação: em aparecendo algo que puxe por mim, capta-se. Não aparecendo, não se força. Pena que não possa fotografar o Passado que se pôs a andar! O título da rubrica, o do post anterior, é o de célebre colecção de uma editora francesa, quando publicou relatos menos conhecidos de pessias que presenciaram sucessos conhecidíssimos. Enfim, proporcionando-Vos a base visual das minhas percepções, espero aumentar a interacção que me faça estimar o aparelhito da forma graficamente documentada.
16 comentários:
O Paulo não disse há tempos que gostaria de ter sido jornalista? Veio ao de cima o repórter fotográfico.
Beijo
como dizia o meu Avô, fotógrafo Amador, de alma e coração, a fotografia é captar com a lente da alma aquilo que os olhos observam e por vezes não entendem ..
Boa Sorte Caro Paulo .. e partilhe connosco sim?
:)
Querida Cristina,
não quer ir para Psicóloga?
Deslindou logo o meu trauma de juventude e a forma de libertar-me dele!!
Beijo
Querida Once,
esperemos que este auxiliar óptico não empane a capacidade de tirar das coisas o significado, para além do valor facial delas.
Estamos cá para isso. Mas note-se, isto poderá ser uma muleta, não uma mudança de vida.
Beijinho
Estou ansiosa, caro Rép; ansiosa .-)))
Olhe, comece por fazer a reportagem do nosso almoço :-p
Bela ideia, Querida Fugidia! Claro que vou de máquina assestada e, assim, tenho uma bela desculpa para não a virar para mim, quando, lambuzando-me com a mousse da Ana, estiver a ser gozado pelo Mike, como putativo aderente ao Sporting...
Beijinho
Com o seu espírito observador e crítico, meu caro Réprobo, vamos, certamente, ter agradabilíssimas surpresas. A par, espero, de mais alguns discretos apelos à insur… à indignação cívica. :-D
P.S.: E agora é que a minha coluna vai ceder ao peso da responsabilidade dessa «fotografia artística». :-)
Caro Rép.,
Não fosse eu inimiga natural dessas maquinetas horríveis que nos retiram a alma (brincando, claro - leia-se incapaz de enquandrar até um lápis verdenuma mesa branca...) por um lado, e já andante carregada de códigos e manuais e apontamentos e ...e seguir-lhe-ía os passos (risos).
Prefiro (e muito) aguardar ansiosamente pelas suas crónicas, descobertas e afins.
ps - hoje consegui manter-me pelos dois lados!! iupi!
Ora, Querida Luísa, em relação ao Sublime das fotografias do «Nocturno», apenas papagueei o que toda a Blogosfera diz.
Quanto ao propósito que dei a conhecer, vamos lá ver se consigo, como o Lucky Luke, sacar mais rápido do que a sombra, que é a Realidade oferecida.
Mas a Minha Amiga saiu-me uma acirradora das multidões, heim?
Beijinho
Querida Nocas Verde, algum eco do preconceito religioso de outros continentes, em que vários povos acreditavam que, fotografado o corpo, a alma se dissolvia um pouco?
Bah, é a maquineta tão pequena que cabe bem em bolso masculino, que faria, se não nadar, na carteira duma Senhora!
Beijinho
Claro que se fosses uma pessoa "normal" e usases um telemóvel desses modernaços, que até têm câmara de filmar, não precisavas de andar com esse "trambolho" no bolso...bastava sacar do telefone e...voilà! ;-)
Tu quoque Fili Mi?
Corre, então, César, digo, Paulo!
Ab.
Óptima ideia, Paulo. Cá estaremos para nos deliciar com o seu espírito crítico, agora ilustrado por imagens in loco. Fotografia artística ou não (essa deixamos ao cuidado do sumptuoso Nocturno), já adivinho grandes posts, bem documentados visualmente...
Beijinho
:)
Cavalheiro, como sempre :)
Poderá a alma de alguém caber em algum lado que não no coração de quem o ama?
Ai, Querida Ana,
prouvera eu sentir-me à altura de Tais Expectativas...
Mas quem der o que tem...
Beijinho
Querida Nocas Verde,
Senhora, não mereço tanto.
Quanto à Alma, mesmo nesse caso da proximidade maior,´vê-lo-ia antes como as asas que permitem elevar pela tentativa de segui-la, pois a prisão dela choca sempre. Para amarras há os corpos, complemento não-desprezível, evidentemente.
Beijinho
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