E lá discordamos nós outra vez: encontro em Salazar muito mais competência do que génio, meu amigo. A não ser que esteja a sugerir, finalmente, que os papeis se inverteram...
há coisas engraçadas. Um pouco antes de reeditarem e desenterrarem o livro dela ,arrumando os livros, encontrei surpreendida a sua 1ª edição, que nem sabia que existia. Achei que tinha encontrado uma reliquia!
Ah, isso, Querida Ana, tresanda a preconceito. Quem obrou pacificação do País como Ele ainda poderia passar apenas por competente. A obra diplomática, porém é reconhecida por genial, mesmo pelos opositores que não se encontram mais ressabiados. Beijinho
Talvez seja preconceito, caro Réprobo, mas a verdade é que o homem não me entusiasma por aí além. Genial teria sido fazer tudo o que fez com tanta competência, mas sem fechar o país entre quatro paredes. Sorry, é o que eu penso. Beijinho
Meu Caro Tiago Laranjeir, é-o, na verdade, com o Estadista liberto do formalismo da oficialidade e algo babado com o interesse da comparativamente jovem interlocutora. Abraço
"... da comparativamente jovem e assaz bela interlocutora.", acrescentaria eu!
Há nesse livro uma outra óptima fotografia, em que Salazar está sentado numas escadas (do jardim de S. Bento, se não me falha a memória, pois não tenho o livro comigo) e Garnier uns degraus abaixo.
Protegiam mas também isolavam. E talvez não estivessemos tão escaqueirados se não tivessemos sido tão exageradamente "protegidos" do mundo exterior. Quando se abriram os portões a inexperiência era grande, e a asneira foi proporcional. Mas ficaríamos aqui a discutir este tema eternamente, Paulo, e eu não me comparo a si em argumentação fundamentada. So... I rest my case. Beijinho
Querida Ana, esse é nada desprezível reconhecimento da Obra Salazarista, responsabilizá-lo pelas patacoadas dos que lhe sucederam, já que a acção própria é inatacável. Isolar (muito moderadamente, de resto) é impedir o contágio de doenças ameaçadoras. Desde a Queda, ou das nossas juventudes, que sabemos que os filhos, na idade do armário, anseiam pelo risco e desprezam a protecção paterna. Mas isso paga-se. É o que passamos, agora. Beijinho
Salazar conhecia bem a psique do povo que governava...O problema é que deixou para os seus sucessores a tarefa de "aliviar" a "protecção paterna", e estes, infelizmente, não estavam à altura...
O Progresso é a dose de injustiça que cada geração comete para com as suas predecessoras - Cioran
Quem Te Avisa Teu Amigo É
A Humanidade é uma manada de patifes e tolos. É necessário arrebanhá-los, ou sair do caminho deles, para não ser pisoteado até à morte William Hazlitt Isolar-se é, por conseguinte, sobreviver.
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16 comentários:
E lá discordamos nós outra vez: encontro em Salazar muito mais competência do que génio, meu amigo. A não ser que esteja a sugerir, finalmente, que os papeis se inverteram...
estou a rir aqui da palavras "competência".
há coisas engraçadas. Um pouco antes de reeditarem e desenterrarem o livro dela ,arrumando os livros, encontrei surpreendida a sua 1ª edição, que nem sabia que existia. Achei que tinha encontrado uma reliquia!
Ah, isso, Querida Ana, tresanda a preconceito. Quem obrou pacificação do País como Ele ainda poderia passar apenas por competente. A obra diplomática, porém é reconhecida por genial, mesmo pelos opositores que não se encontram mais ressabiados.
Beijinho
Querida Júlia,
pois entre as competências de um bloguista encontra-se justamente a de esgotar os sentidos possíveis das palavras...
Também cá a tenho. É muito estimado, logo uma preciosidade, embora não seja raro por aí além. Mas é publicação de culto.
Beijinho
Talvez seja preconceito, caro Réprobo, mas a verdade é que o homem não me entusiasma por aí além. Genial teria sido fazer tudo o que fez com tanta competência, mas sem fechar o país entre quatro paredes. Sorry, é o que eu penso.
Beijinho
Paredes que protegiam! Olhe o que deu um país escancarado: um país escaqueirado!
Beijinho
Um livro excelente!
Meu Caro Tiago Laranjeir,
é-o, na verdade, com o Estadista liberto do formalismo da oficialidade e algo babado com o interesse da comparativamente jovem interlocutora.
Abraço
"... da comparativamente jovem e assaz bela interlocutora.", acrescentaria eu!
Há nesse livro uma outra óptima fotografia, em que Salazar está sentado numas escadas (do jardim de S. Bento, se não me falha a memória, pois não tenho o livro comigo) e Garnier uns degraus abaixo.
Há sim Senhor, e é excelente. Optei por esta porque a outra já está na net, o que creio não acontecer neste caso.
Abraço, Caro Tiago Laranjeiro
Protegiam mas também isolavam. E talvez não estivessemos tão escaqueirados se não tivessemos sido tão exageradamente "protegidos" do mundo exterior. Quando se abriram os portões a inexperiência era grande, e a asneira foi proporcional.
Mas ficaríamos aqui a discutir este tema eternamente, Paulo, e eu não me comparo a si em argumentação fundamentada. So... I rest my case.
Beijinho
Querida Ana,
esse é nada desprezível reconhecimento da Obra Salazarista, responsabilizá-lo pelas patacoadas dos que lhe sucederam, já que a acção própria é inatacável.
Isolar (muito moderadamente, de resto) é impedir o contágio de doenças ameaçadoras. Desde a Queda, ou das nossas juventudes, que sabemos que os filhos, na idade do armário, anseiam pelo risco e desprezam a protecção paterna. Mas isso paga-se. É o que passamos, agora.
Beijinho
Salazar conhecia bem a psique do povo que governava...O problema é que deixou para os seus sucessores a tarefa de "aliviar" a "protecção paterna", e estes, infelizmente, não estavam à altura...
Pobre gente que acredita serem as comparações de Freud um dever a observar, Caro TSantos!
Abraço
Freud estava errado, já toda a gente sabe...:)
São os peigos de apresentar falsidades com brilho literário, Caríssimo!
Abraço
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