Vendetta
A falta de sintonia dos Socialistas com o sentir popular chegou a extremos tais que vemos o que parecia impossível - o PCP, o marxista, a defender as festas de Santo António da fúria perseguidora do PS. Sob o pretexto de míngua de arame, cortaram agora os subsídios aos arraiais dos Santos, há muito a maior ocasião de empatia entre a CML e o Povo de Lisboa.
Como, dos três, é Santo António o que mais ligado está à Capital, sinto reavivados os ataques dos avozinhos desta gente, os Democráticos da I República, que, sem pudor ou talento, fizeram caricaturas pouco escrupulosas, a utilizar um Camões roubado, vencendo o insigne Franciscano como referência mais popular. Este ódio a tudo o que cheirasse a frade passa bem por patologia mental, mas talvez fosse mero desforço tirado. É que as Gentes tinham recorrido ao Taumaturgo, para que as livrasse do mal dos políticos de partidos, como as estrofes seleccionadas de um certo canto oitocentista demonstram:
Como, dos três, é Santo António o que mais ligado está à Capital, sinto reavivados os ataques dos avozinhos desta gente, os Democráticos da I República, que, sem pudor ou talento, fizeram caricaturas pouco escrupulosas, a utilizar um Camões roubado, vencendo o insigne Franciscano como referência mais popular. Este ódio a tudo o que cheirasse a frade passa bem por patologia mental, mas talvez fosse mero desforço tirado. É que as Gentes tinham recorrido ao Taumaturgo, para que as livrasse do mal dos políticos de partidos, como as estrofes seleccionadas de um certo canto oitocentista demonstram:
Nunca entrou no parlamento
E foi um grande orador,
Ninguém falou em São Bento
Com tanto engenho e primor.
Só ele capaz seria,
Ao ver a nação tão torta,
De conseguir hoje em dia
Que São Bento abrisse a porta!
Isto foi no tempo em quê
Nas igrejas havia orações,
Respeito a Deus, já se vê,
Em vez de haver eleições!
Nenhum santo dentre tantos
Praticou milagres tais,
Mas por cá não há santos
Há patifes imortais!
Se ressuscitasse agora
E entrasse no parlamento
Sairia sem demora
Excomungando São Bento!
E foi um grande orador,
Ninguém falou em São Bento
Com tanto engenho e primor.
Só ele capaz seria,
Ao ver a nação tão torta,
De conseguir hoje em dia
Que São Bento abrisse a porta!
Isto foi no tempo em quê
Nas igrejas havia orações,
Respeito a Deus, já se vê,
Em vez de haver eleições!
Nenhum santo dentre tantos
Praticou milagres tais,
Mas por cá não há santos
Há patifes imortais!
Se ressuscitasse agora
E entrasse no parlamento
Sairia sem demora
Excomungando São Bento!
2 comentários:
Há história do diabo. Dizia a minha avó que para o fim do mundo se havia de ver coisas que nunca se vira. Por estas - marxistas a defender santos perante a sanha jacobina socialista - devemos estar a poucos passos do Juízo Final. Ou, citando o Almada já teremos passado a fase do julgamento (perfeitamente dispensável em terras lusas) e fomos directamente ao esconjurado lugar: «Oh! Se eu soubesse que o Inferno § não era como os padres mo diziam: § uma fornalha de nunca se morrer... § mas sim um Jardim da Europa § à beira-mar plantado...»
Meu Caro Nuno R.,
mas tem o Amigo dúvidas de que vivemos num Inferno?
Por que julga que passei a assinar "o réprobo"?
Abraço
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