Aguilhão e Paisagem
Hospital do Século XV de Gregorio Calvi de BergoloDia de ontem passado, na maior parte, em Urgência de hospital de hoje, muito mais atravancada e deprimente do que a pintada. Falha do Signo da Salvação e da Esperança que vai em fundo da obra reproduzida, a frequentação do triste epígono que nos calhou exibia-se também desprovida do Sentido ou sublimação - conforme haja ou não Fé - a conferir aos padecimentos. Na comunicação da dor de ver Quem amamos sofrer, espicaçados pela proximidade superlativa dos transes físicos que nos expõem na nossa incapacidade de aliviá-los, todo o amplo leque de notícias vê aflitvamente diminuída a importância que em períodos de maior pacificação interior deteria.
Exemplifiquemos:
- Naide Gomes colheu mais (l)ouros. Tinha a Atleta dito que belas palavras não dão resultados, mas nada obsta a que os celebrem, o que, se para tanto houvese engenho e arte, se procuraria fazer aqui. Foi-me, além disso grato ver uma brasileira, Maurren Maggi colocada no pódio junto a Ela, assim como já vibrara com o brilharete da Varista Fabiana Murer, com o nome duma gata que tive; e giraça, além do mais. Sem esquecer o excelente bronze desse portento de simpatia e humildade na grandeza que é Nelson Évora.
- O Sr. Sócrates tentou arrumar os manifestantes que fizeram abalar as fundações do desgoverno, dizendo que era motivado pela força da razão, não pela força dos números. Espera-se que, sendo consequente, entregue desde já o pedido de demissão, pois foram unicamente números, os eleitorais, que o meteram no buraco que ameaça, noutro sentido, tornar-se nosso. Até porque razão, nesta casa, não se lhe reconhece.
- Mais Zapatero. Não alinho nas consolações dos responsáveis e adeptos do PP, que dizem ter subido nos resultados. Parece-me muito o tipo de conversa de Kerry, que ia gritando ter sido o Democrata mais votado de sempre. Em disputas pelo Poder ou se ganha ou se perde, e ontem perdemos todos. Os Comunistas e Republicanos terem vindo por aí abaixo pouco sossega, já que Zapatero, embora não todo o PSOE, só deles se distingue no grau da sanha admitida. E a peregriníssima ideia em Portugal defendida pelo Prof. César das Neves, de que seria injusto para o PP ter de novamente consertar a Economia de que os Socialistas deram cabo, é argumento professoral em Torre de Marfim encerrado. Jogando, não era para perder por poucos, certamente. Pontos positivos só a questão da maioria absoluta e a Expressiva Senhora que acompanhava Rajoy na saudação aos militantes. Impressionou-me, deveras.
- Camacho demite-se. O profissionalismo nunca posto em causa pela tragédia familiar do passamento paterno, encontra compreensível contraponto na ausência de motivação. Também eu, ontem, em circunstância similarmente aflitiva, embora muito menos grave, pensei mandar às urtigas uma série de actividades, blogue incluído. E a constatação de que a solidariedade para com o desgosto do Mister só tinha durado um jogo na consequência de fazer jogadores psicologicamente frágeis esfarraparem-se amplia o desencanto de qualquer um.
- Um relator diz de um ás do relvado que usa cabelo apanhado e botas douradas como agora é hábito. Triste é a frase não corresponder a um desfile de moda feminina, mas a sim jogo de homens. Eu ainda sou do tempo em que nesta modalidade o ouro do calçado era conquistado à custa de golos marcados e ia para a vitrina, em vez de pisar o campo...
Exemplifiquemos:
- Naide Gomes colheu mais (l)ouros. Tinha a Atleta dito que belas palavras não dão resultados, mas nada obsta a que os celebrem, o que, se para tanto houvese engenho e arte, se procuraria fazer aqui. Foi-me, além disso grato ver uma brasileira, Maurren Maggi colocada no pódio junto a Ela, assim como já vibrara com o brilharete da Varista Fabiana Murer, com o nome duma gata que tive; e giraça, além do mais. Sem esquecer o excelente bronze desse portento de simpatia e humildade na grandeza que é Nelson Évora.
- O Sr. Sócrates tentou arrumar os manifestantes que fizeram abalar as fundações do desgoverno, dizendo que era motivado pela força da razão, não pela força dos números. Espera-se que, sendo consequente, entregue desde já o pedido de demissão, pois foram unicamente números, os eleitorais, que o meteram no buraco que ameaça, noutro sentido, tornar-se nosso. Até porque razão, nesta casa, não se lhe reconhece.
- Mais Zapatero. Não alinho nas consolações dos responsáveis e adeptos do PP, que dizem ter subido nos resultados. Parece-me muito o tipo de conversa de Kerry, que ia gritando ter sido o Democrata mais votado de sempre. Em disputas pelo Poder ou se ganha ou se perde, e ontem perdemos todos. Os Comunistas e Republicanos terem vindo por aí abaixo pouco sossega, já que Zapatero, embora não todo o PSOE, só deles se distingue no grau da sanha admitida. E a peregriníssima ideia em Portugal defendida pelo Prof. César das Neves, de que seria injusto para o PP ter de novamente consertar a Economia de que os Socialistas deram cabo, é argumento professoral em Torre de Marfim encerrado. Jogando, não era para perder por poucos, certamente. Pontos positivos só a questão da maioria absoluta e a Expressiva Senhora que acompanhava Rajoy na saudação aos militantes. Impressionou-me, deveras.
- Camacho demite-se. O profissionalismo nunca posto em causa pela tragédia familiar do passamento paterno, encontra compreensível contraponto na ausência de motivação. Também eu, ontem, em circunstância similarmente aflitiva, embora muito menos grave, pensei mandar às urtigas uma série de actividades, blogue incluído. E a constatação de que a solidariedade para com o desgosto do Mister só tinha durado um jogo na consequência de fazer jogadores psicologicamente frágeis esfarraparem-se amplia o desencanto de qualquer um.
- Um relator diz de um ás do relvado que usa cabelo apanhado e botas douradas como agora é hábito. Triste é a frase não corresponder a um desfile de moda feminina, mas a sim jogo de homens. Eu ainda sou do tempo em que nesta modalidade o ouro do calçado era conquistado à custa de golos marcados e ia para a vitrina, em vez de pisar o campo...
21 comentários:
La Señora que acompañaba a Rajoy era su esposa, la gallega doña Elvira.
Meu Caro Filomeno,
um Portento! É grande generosidade de D. Mariano, com uma Mulher Daquelas, dedicar algum do precioso tempo à vida púbLica!
Abraço
passo a "actualidade" e deixo um voto de melhoras ao "ser" .. :)
Galleguiña dulce y melosa......
Obbrigado, Querida Once In a While.
O Que permanece é o Relevante, afinal.
Beijinho
Meu Caro Filomeno,
era-o, mas também com um olhar alternando a melancolia face ao desaire e a vivacidade da comunhão com o Marido e os Correligionários, bem servida por uma estrutura francamente corroborante, claro. Um Mimo! Viva a Galiza!
Abraço
Caro Réprobo,
o desejo sincero de melhoras.
No "meu" caso, a situação é bastante grave mas estável. Mas pergunto-me a cada dia até quando vale a pena lutar pela vida, biologicamente falando, quando não há dignidade espiritual e intelectual.
Desculpe-me a crueza do desabafo, mas creio que é uma questão que se deve colocar neste tempo em que a medicina e a ciência, sendo já tão evoluídas, ainda não souberam alcançar a correspondente dimensão humana.
Um beijinho.
Caríssimo Amigo:
As melhoras rápidas da Pessoa Querida são os meus votos mais sinceros.
Concordo plenamente com a comparação que faz no seu postal. E, se tiver à mão um exemplar do Regimento do Hospital Real de Todos os Santos, verá que o abismo ainda é maior - para vergonha desta triste época que se diz de «razão» e «progresso», mas que afinal o é apenas de mentira e de ignomínia.
Felizmente, vão existindo excepções - poucas, mas preciosas.
Um grande abraço e, mais uma vez, os votos de melhoras.
Querido Paulo
As rápidas melhoras de Sua Mãe, é o que desejo do fundo do coração.
Livre-se de deixar o blog outra vez.
(sorriso terno)
Beijinho
Querido Paulo,
Também desejo rápidas melhoras. E aplaudo a argúcia e sentido de humor com que ultrapassou um dia "de hospital" o que, como todos sabemos, é uma terrível provação neste país. Para além da preocupação e desgosto, que serão iguais em todo o mundo.
Um beijo
Queruda Fugidia,
nada a desculpar, todos os Seus desabafos são bem-vindos.
Para um católico como eu o imperativo da preservação da vida inocente deve sobrepor-se ao drama da contemplação ou da vivência de estados desesperantes pelo sofrimento ou alheamento que contenham.
Na eventualidade da ausência dé fé, admito que se consagre a eutanásia, nos casos em que o paciente possa exprimir a sua vontade actual. Não aceito que, mesmo com a melhor das intenções, se determine a morte de Ser sem culpa, como por uma vontade antecipadamente expressa provoca o problema de impedir a prevalência de frequentes modificações dela que não possuam já maneira de se fazer conhecer.
Beijinho
Meu caro Réprobo, votos de rápida recuperação.
Meu Caro Carlos Portugal,
é sempre penoso para mim regressar ao local em que morreu meu Pai, um ambiente inacreditável, semelhante a uma garagem que não das mais alegres.
Sei que há carência de meios, mas a ausência do Cuidado Espuritual parece-me triste contrapartida da melhoria que a técnica permite no tratamento do esqueleto e satélites.
Forte abraço
Querida Marta,
este ainda não deixei, uma que fosse.
Tendo a não fazê-lo, salvo em caso de força maior.
Beijinho grato
Querida Ana,
tratou-se de uma queda na casa de banho, que deixou horríveis hematomas na testa e em redor dos olhos, felizmente sem lesões internas. Mas demorou bastante a confirmar-se a benignidade das consequências, pelo que a angústia obrou a sua teia.
Beijinho. Temos de mobilizar todos os recursos interiores para não nos deixarmos abater.
Querida Luísa, muito obrigado. Claro que 83 anos são pouco tranquilizadores, em episódios destes.
Beijinho
Mais uma vez, obrigadíssimo a Todos Os Que desejaram o restabelecimento. É meu elementar dever sossegar-Vos, explicando que o ritmo menos forte da postagem de hoje se deveu a cumprimento de deveres completamente diversos dos filiais conexos com a saúde materna.
Bem hajam!
Para un Buen Hijo, la Salud y el Bienestar de una Madre está por encima de todo. Mis votos de total y completa recuperación. Un Abrazo.
Que confusão não entendi se foi a senhora sua mãe que caiu, se foi o senhor "repróbo" a passar o dia no hospital, como doente, mas seja como for, as melhoras aos dois, como não entendi, sabe eu sou um bocado grande loira, talvez dai a minha confusão.
Mas enfim, mais vale pecar por excesso do que não pecar.
Sabe, existem pessoas, que não merecem o que a vida lhes dá, nem de bom nem de mau, mas enfim estamos sempre a aprender.
Um abraço
«pensei mandar às urtigas uma série de actividades, blogue incluído»
Compreende-se a razão desta frase.
Mas Tudo correu pelo melhor.
Obrigadíssimo, Meu Caro Filomeno. Não presumirei tanto de mim nesse campo, mas claro que a aflição e abatimento foram cinceros.
Abração
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