sexta-feira, 7 de março de 2008

Super Marcado

Tenho persistentes dúvidas sobre a vantagem de criar um cargo que centralize as actividades das polícias e dos serviços. Muita da sua eficácia parece-me residir na riqueza das vocações e aptidões de cada, que podem ser embotadas por uma coordenação comum. Se esta falhar, todo o sistema fracassa, sem volta possível. O melhoramento a introduzir deveria ser orientado para a comunicação entre os vários organismos, não para o decalque de czar securitário à americana, já que as dimensões geográfica, constitucional e populacional dos dois países são completamente diversas, tal como o número de agências e corporações. Mas um secretário-geral do sistema de segurança é um apetitoso meio de o Governo aumentar o controlo sobre as forças dependentes. O que ameaça transformar o superpolícia num Superpateta.

2 comentários:

Anónimo disse...

É o futuro profissional do Alberto Costa?

O Réprobo disse...

Meu Caro Rudolfo Moreira,
com os falhanços amortecidos na condução da Administração Interna e, agora, da Justiça, o político mencionado ostenta um curriculum invejável.
Temo que uma vez facilitada a instrumentalização política, através da concentração, os preenchimendos concretos não passem de amendoins. Embora superamendoins, concedo.
Abraço