Noutras Águas
Corda Sensível de MagritteA descoberta de uma contaminação das águas utilizadas no dia a dia com medicamentos vem desencadear um alerta contra várias situações: a luta contra o desperdício está a transformar o conceito de água potável em água imputável, no que a certos perigos respeita, não só para as pessoas a quem alguns remédios estejam vedados, mas, igualmente, podendo ser equacionado um problema de habituação que faça decrescer a força terapêutica quando eles sejam receitados.
É, ademais o falhanço de previsão de uma reciclagem; e logo da que deveria ter sido mais cuidadosa por versar o bem básico dos básicos para a vida. Aliás, não era coisa imprevisível, com a sobrecarga química a que a sociedade contemporânea recorre, por tudo e qualquer nada.
Caso é para dizer que estamos perante uma matéria ingerível que se desejaria muito mais aguada. Mas a escolha recai sempre onde não deve!
É, ademais o falhanço de previsão de uma reciclagem; e logo da que deveria ter sido mais cuidadosa por versar o bem básico dos básicos para a vida. Aliás, não era coisa imprevisível, com a sobrecarga química a que a sociedade contemporânea recorre, por tudo e qualquer nada.
Caso é para dizer que estamos perante uma matéria ingerível que se desejaria muito mais aguada. Mas a escolha recai sempre onde não deve!
10 comentários:
Olá Querido Paulo
Este assunto, diz-me muito e logo hoje que soube que tinha sido aprovado na C: M:de Sintra um projecto de condomínio onde há nada menos que dois campos de golfe, em área protegida.
O problema, é que as casas que ficam no alto, em fins de semanas e no Verão, têm habitualmente falta de água.
Não é o meu caso, que vivo na parte baixa.
Onde se irá buscar água para a rega destes dois campos de golfe?
Fazem furos? e se os fizerem irão tirar a água a todos os outros.
beijinhos
lá tenho eu mais uma corrente ara si, amigo rèp
:))
Querido Réprobo, que boa escolha na ilustração do seu texto: Magritte é um dos meus pintores preferidos.
E agora vamos lá ver se os seus amigos monárquicos me convencem definitivamente...
Um beijinho
Cara Marta:
Em Sintra, geralmente vão buscar a água para os campos de golfe aos mananciais das fontes. Aconteceu com a fonte próxima dos Capuchos, aconteceu com imensas outras. Os caudais são desviados e depois dizem que as fontes não têm água por causa da seca...
Bj.
Querida Marta,
como sabe, Cascais também pertence ao eixo dos cortes de água recorrentes, conjuntamente com a Sua bela vila. Espero, do fundo do coração, que não botem tanto lixo farmacêutico na que nos dêem, apesar de apenas beber água engarrafada.
Beijunho
Vou já ver, Querida CS. Grato pela lembrança.
Beijinho
Querida Ana,
gosto imenso de Magritte, porque a sua pintura, além de jogar muito mais que todas as outras, as do Surrealismo incluídas, na tensão alusiva entre tútulo e imagem, deixa, nas mais das vezes motivo de reflexão que excede a mera habilidade de intrigar.
Uno-me à Sua admiração, pois.
Beijinho
Mei Caro Carlos Portugal,
que coisa, não haveria fluxos alternativos em etapa menos delicada, a que recorrer?
Abraço
Caríssimo Amigo:
Na verdade haveria esses fluxos; mas nesta descivilização economicista, procura-se o que é mais rentável... e a água das nascentes é gratuita. Assim, para o complexo que montaram no vale acima do Penedo (tendo para tal arrasado milhares de árvores desde a povoação até à estrada que liga o Pé da Serra aos Capuchos), a nascente mais próxima com caudal é a que alimenta(va) essa mesma fonte. Vi as obras, feitas «discretamente», para desviar o caudal, pois este seu amigo, tal como os tristes domingueiros, ia amiúde encher garrafões à tal fonte, já que a água era belíssima. Agora, só corre um fio, e de qualidade inferior. Contudo, mais acima, na nascente, as três bicas largas continuam a jorrar abundantemente para dentro de um receptáculo colector, que canaliza a maior parte para o dito empreendimento. Só que essa nascente é de muito difícil acesso.
Quanto à notícia do postal, dizem os adeptos das «teorias da conspiração» que muitos dos psicotrópicos são adicionados propositadamente à água, tal como faziam os sovietes nos «gulags», para manterem a população «sedada»...
Mas não sou conspiracionista a esse ponto, embora a nossa água «potável» seja infecta, com metais pesados, flúor e arsénico; mas a causa, parece, é o desleixo crónico a que estamos fadados...
Grande abraço, e continuação das melhoras da Senhora Sua Mãe.
Meu Caro Carlos Portugal,
arre! E não se pode afogar os responsáveis!!!???
Abraço, muito grato pelo voto.
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