Amnistia Sínica
Não gosto de boicotes, seja o do embargo genérico decretado contra Cuba, a que tanto se opôs o Falecido Papa João Paulo II, seja um qualquer de natureza desportiva, como aquele que é reivindicado contra a China. A própria origem do termo é enganadora, pois deriva de quem foi sujeito a ele, o Capitão James Boycott, o qual em fins de Oitocentos superintendeu a exploração das propriedades irlandesas do Conde de Erne com tal dureza que os feitores se recusaram a trabalhar sob orientação dele ou com ele comerciar qualquer género, fazendo com que de volta embarcasse. Fazer boicote melhor iria pois aos que cedem, do que à conduta que pretende pressioná-los.
Dito isto, tenho de anatematizar a retirada da China da lista negra americana. Bem se sabe que os Direitos Humanos são retórica sem correspondência, na cena internacional. E tenho quase a certeza de que foi negociada diplomaticamente por baixo da mesa alguma rédea solta aos EUA, sabe Deus onde, para obter este efectivo branqueamento de Pequim que junta dois crimes na sua essência, o Comunismo na estrutura política ao ultra-Capitalismo económico. Mas de uma coisa não se seguindo a outra, nada justifica que se apague qualquer memória da subjugação feroz do Povo Tibetano, com esterilizações em massa incluídas, mesmo por uma federação que também pratica a tortura e é conivente com o atentado à vida inocente que é o abortismo. Apesar dos pesares, a aplicação dela apenas a suspeitos de terrorismo e a mera cumplicidade com os particulares criminosos ostentam uma diferença qualitativa da sistemática utilização governamental de ambas as práticas para vergar uma Nação religiosa. O plano desportivo não é o da condenação desse horror, mas é-o o da pressão nos fóruns internacionais, de que agora se abdicou, através de uma amnistia cínica.
Dito isto, tenho de anatematizar a retirada da China da lista negra americana. Bem se sabe que os Direitos Humanos são retórica sem correspondência, na cena internacional. E tenho quase a certeza de que foi negociada diplomaticamente por baixo da mesa alguma rédea solta aos EUA, sabe Deus onde, para obter este efectivo branqueamento de Pequim que junta dois crimes na sua essência, o Comunismo na estrutura política ao ultra-Capitalismo económico. Mas de uma coisa não se seguindo a outra, nada justifica que se apague qualquer memória da subjugação feroz do Povo Tibetano, com esterilizações em massa incluídas, mesmo por uma federação que também pratica a tortura e é conivente com o atentado à vida inocente que é o abortismo. Apesar dos pesares, a aplicação dela apenas a suspeitos de terrorismo e a mera cumplicidade com os particulares criminosos ostentam uma diferença qualitativa da sistemática utilização governamental de ambas as práticas para vergar uma Nação religiosa. O plano desportivo não é o da condenação desse horror, mas é-o o da pressão nos fóruns internacionais, de que agora se abdicou, através de uma amnistia cínica.
6 comentários:
" .. já que os serviços de segurança “torturam, golpeiam e abusam de maneira rotineira dos prisioneiros nos interrogatórios para obter confissões para os incriminar”(...)
tem graça que esta é prática comum nos próprios EUA .. e depois, que eu saiba, leiga simplesmente atenta a notícias, não houve na China qualquer melhoria em termos sociais e de justiça.
Ah .. claro .. os Jogos Olimpicos .. é disso que se trata não é?
Li no outro dia que Spielberg se afastou da organização em moção de protesto. Não fosse o respeito que tenho pelos atletas e pelo esforço que desenvolvem naquilo que é para eles a oportunidade das suas vidas ..
Enfim.
Este texto é uma hipocrisia! Para quem defende o Holocausto Palestiniano às mãos do Sionismo Israelita não tem Moral para vir escrever o que escreveu.
Quem tem dois pesos e duas medidas é que escreve esta farsa.
É verdade que o Tibete sofre horrores sob o jugo Chinês. E o Povo Palestiniano Não?
Mas desse não se fala!
Mas fala-se de Cuba, uma ditadura. E que dizer do “famoso” embargo dos EUA? Que ele apenas serve de propaganda para perpetuar o castrismo. Então ao longo dos anos a então URSS e satélites não sustentaram economicamente Cuba. Se Cuba está com uma economia falida deve-se ao fracasso da economia centralizada fruto da utopia comunista e não pelo embargo económico dos EUA. Sejamos sérios!
Palestina Livre
Querida Once in a While,
nem creio que sejam só os Jogos Olímpicos, há certamente outra qualquer troca, mais substantiva, de que iremos ouvir novas em breve. Sou contra todas as misturas de planos de luta, o do político com o administrativo e o alimentar. E lamentarei sempre um Povo pacífico que sofre o que não sofrem outros que tiveram o atrevimento de atentar contra a vida de Ocidentais.
Beijinho
ora aí está uma separação de que é raro falar-se .. a nítida separação entre os planos de luta (politica) das necessidades diárias e justificadas do povo de um país cujos governantes tiveram a ousadia de ..
eles chamam-lhes "danos colaterais" eu acho que se prende com a falta de senso, respeito e humanidade.
Foi isso que o Saudoso Sumo Pontífice tentou fazer ver, que os desmandos castristas não justificavam a imposição a uma população inteira, de sacrifícios em bens importantes para o bem-estar e a dignidade.
Beijinho, Querida Once
«os desmandos castristas não justificavam a imposição a uma população inteira, de sacrifícios em bens importantes para o bem-estar e a dignidade.»
Pelos vistos insiste no erro. Porque não é ignorância!
O embargo é uma falácia para justificar a ditadura e o fracasso da economia cubana.
É com base no embargo que a elite castrista se mantém no poder, com o apoio da esquerda folclórica e também com o apoio da direita champagne.
É mentira que os antigos países socialistas do leste europeu sempre apoiaram economicamente Cuba? E o também fracasso desse economias dos países de leste deve-se ao embargo americano a Cuba? Sejamos honestos em termos políticos, históricos e culturalmente! Que João Paulo II não sirva para se truncar a história de Cuba nos últimos cinquenta anos.
«E lamentarei sempre um Povo pacífico que sofre o que não sofrem outros que tiveram o atrevimento de atentar contra a vida de Ocidentais.»
Como não tem coragem de responder directamente escuda-se em frases aparentemente fora do contexto.
O Povo Palestiniano é um Povo tão pacífico como o Cubano ou o Israelita. Agora os Sionistas que querem e defendem o Grande Israel à custa dos Palestinianos, é que são os responsáveis pelo Holocausto Palestiniano. Racistas, querem exterminar em todos os sentidos a Palestina.
Em 1640 estava ao lado do Cristóvão de Moura. De certeza!
“Atrevimento” é querer fazer passar a mentira pela verdade!
Shame on you! Mr. Réprobo
Viva a Palestina Livre!
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