sábado, 3 de maio de 2008

Gregueria

O Deitar de Safo de Charles Gleyre

Estou de alma e coração com os habitantes da Ilha de Lesbos, que não querem mais ver chamar lésbicas às mulheres homossexuais. Está muito na linha do que faz o governo do seu País, o qual espuma de cada vez que ouve tratar por Macedónios a república da ex-Jugoslávia que aspira ao nome. Não há qualquer discriminação, ninguém quer vedar às naturais da terra insular em questão que prefiram as congéneres o uso da deesignação. Pretende-se é que as de outras proveniências não se enfeitem mais com penas de pavoas. E não tem pés nem cabeça a alegação da associativista homo, quando diz ter a terminologia sido reconhecida pela ONU. Outro tanto aconteceu com a nomenclatura da nação de que Skopje é capital, sem que, por tão pouco, Atenas se haja conformado.
Acresce que em cada língua há mil e uma outras palavras para significar a situação. Na nossa, mesmo não recorrendo ao calão, temos tríbade, por exemplo.
A menos que se queira vingar Safo, a qual sofria os insultos dos conterrâneos. Para que possais apreciar, deixo em apenso um fragmento dela:
Os incessantes sarcasmos dos meus con-cidadãos ferem-me muito. Escuta-me, divina Afrodite, acaba com tudo isso e poupa-nos a maldade.
Mas universalizar o nome dela com tal sentido será um desagravo feliz?

2 comentários:

Ralf Wokan disse...

Muito bem !
A cidade Porto devia igualmente proibir aos Alemães especialmente aos correios alemães chamar uma "franquia para cartas" das (neutro) PORTO !
A franquia de uma carta é um "BRIEFPORTO"
Muitos Alemães acham que o selo foi uma invenção da Invicta !
Ralf

O Réprobo disse...

Ahahahahaha! Meu Caro Ralf, como o meu último nome calha ser Porto, não tenho como evitar mandar mais achas para a fogueira.
Abraço