quinta-feira, 6 de março de 2008

Quatro Casamentos e Que Funeral?

Perguntam-se os especuladores profissionais sobre se a declaração de apoio de Bush a McCain terá efeitos nocivos, esquecendo que toda a História eleitoral americana está repleta de apelos à unidade similares, contra o candidato do outro partido, sendo raros os casos de recusa consequente, como o de Anderson aquando da primeira eleição de Reagan.
Hillary, ao admitir antecipadamente Obama no ticket, e ao reconhecer a plausibilidade dele, qualquer que seja a ordem presidencial e vice-dita cuja, uma vez mais dá a imagem de fazer tudo para ser eleita. Uma atitude merecedora de respeito como o estoicismo com que aguentou a voracidade adulterina de Lewinski parece assim reduzir-se a cálculo com vista ao futuro político. Mas a prudência de Obama, recusando comprometer-se, pode ser sinal do enterro dessa hipótese. Eu ainda acho que ele, se nomeado, escolherá a governadora Sebelius, do Kansas da sua Mãe, que ganha em águas Republicanas, foi das primeiras altas patentes Democratas a apoiá-lo e é mais indiscutivelmente Mulher do que Clinton.
Por fim, o quarto enlace: a antga Primeira Dama quer à viva força repetir as eleições do Michigan e da Florida, onde ganhara numa competição que sabia invalidada pela cúpula Democrata, como castigo da datação antecipada. Esta ligação cheia de reiterações de amor aos eleitores tornados irrelevantes parece bem exibir o desespero, nas exéquias de uma possibilidade presidencial em 2008.

2 comentários:

Anónimo disse...

S. Achei os representantes de Obama muito concordantes com a repetição das eleições no Michigan.

O Réprobo disse...

Isso tem explicação, Caro Rudolfo. É que o novo sufrágio foi acordado sob a forma de caucus, ao contrário do primeiro. E Obama ganhou todos os Estados que adoptaram essa modalidade, até agora.
Ab.