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Dia cansativo mas recompensante até que chego a casa e abro o
mail. Uma mensagem do DFF dá-me conta de que a Mulher assassinada em Sacavém, no fim de semana, foi uma Pessoa com Quem passei um almoço agradável, uma Rapariga bonita e muito simpática que melhorou bastante aquele bocadinho da minha vida. Fosse um amigo e viveria a dor de saber chorá-lo. Um absoluto desconhecido permitir-me-ia a correcção desinvestida do lamento, apto a passar à frente. Num caso destes, a impressão é outra, a da
terra de ninguém onde arriscamos a pele interior, entre as eternas trincheiras dos
nós e dos
eles. Todas as estatísticas tranquilizadoras dos politiquinhos e comentadores se transformariam em ruído oco, não fosse a sua impotência em sossegar havê-las há muito remetido a esse ridículo estatuto.
Até um dia, Alexandra