Declaração Bombástica
Hillary, vencedora na Pensilvânia, tinha pouco antes declarado que, presumivelmente no caso de um ataque persa, uma administração sua usaria o poder nuclear para destruir completamente o Irão. Corresponde este programa de Política de Defesa a uma ultra-desproporcionalidade, um salto qualitativo, em relação à doutrina do Equilíbrio do Terror em que crescemos. Ali ameaçava-se com a liquidação não-convencional de alvos dolorosos, porque áreas populosas, mas nunca se chegou ao extremo de proclamar a destruição completa de um grande país.
Quem lembre a eleição de uma corista de Las Vegas em 1957 como Miss Bomba Atómica, como o folclore de quase a vestirem com uma representação do cogumelo explosivo, poderá achar que o infantilismo destes passatempos, abstraindo da dor das vítimas, pode correlacionar-se com a ligeireza das opções políticas das Americanas. Embora tenham sido homens a lançar por duas vezes os tenebrosos engenhos, como se sabe.
Dentro deste pavor seria no entanto divertido ver muito filoayatollah nostálgico da comparativa moderação do Presidente Bush...
Quem lembre a eleição de uma corista de Las Vegas em 1957 como Miss Bomba Atómica, como o folclore de quase a vestirem com uma representação do cogumelo explosivo, poderá achar que o infantilismo destes passatempos, abstraindo da dor das vítimas, pode correlacionar-se com a ligeireza das opções políticas das Americanas. Embora tenham sido homens a lançar por duas vezes os tenebrosos engenhos, como se sabe.
Dentro deste pavor seria no entanto divertido ver muito filoayatollah nostálgico da comparativa moderação do Presidente Bush...
5 comentários:
On aura tout vu, Paulo...
Quem diria que viria alguém fazer parecer Bush "moderado"? É por essas e por outras que não gosto da Hillary. Esse tipo de declarações por antecipação é bastante provocatório, e não vejo nenhuma necessidade de provocar fanáticos.
A coisa está cada vez melhor, nos States...
Beijinho
Estou convosco. Asnos, por um lado os que, não há muito tempo, ameaçaram fazer desaparecer do mapa um país; outros, porque replicam no mesmíssimo tom, acirrando ânimos que, já por si, não precisam que acendam o rastilho.
Beijos Ana e Paulo
Também é deste género muita da minha desconfiança face à Hillary, Querida Ana. Ela diz o que quer que ache que lhe dê votitos. Devem tê-la aconselhado a falar em voz grossa para fazer o adversário parecer fracanholas aos olhos de um eleitorado operário que não gosta de paninhos quentes e.. lá vai disto, sem medir as palavras.
Beijinho
Querida Cristina,
eu, no limite, até aceitaria uma ameaça tão radical, posta na mesa uma crise grave e urgente que ela tivesse de resolver, já no cargo. Agora inscrever um morticínio total e tecnológico num programa eleitoral não lembra ao Diabo. Ou talvez só a ele e a H.
Beijo
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