Sabedoria P´ra Pular
Leio o ditado chinês Nunca fales mal da Mulher diante do marido. Não tem importãncia que fales mal do marido em frente da Mulher. E pasmo que isto possa ter sido considerado uma chinesice.É que corresponde plenamente à insinuação de duas noções bem ocidentais, de contornos imprecisos, mas persistência confirmada, mesmo com as alterações vividas contemporaneamente na estrutura do Casal: Ele não suporta ver diminuído O que escolheu. Ela está aberta a ver confirmada a pouca sorte que Lhe calhou. Digam-lhe cobras e lagartos do amante, mesmo naqueles casos em que coincida com o vínculo matrimonial, e verão uma leoa a defender a cria que é o maganão em que se investiu.
9 comentários:
O que a experiência me tem dito não é bem isto. De entre os amigos e familiares, vejo a dizerem sobretudo bem do outro quando a relação é satisfatória (mesmo com alguns anos) e a dizerem menos bem, ainda que disfarçado em tom de brincadeira, quando não é...
Mas que a "chinesice" tem a sua graça, tem :-)
Não era esse o ponto, Querida Fugidia, não se trata do que se diz, mas do que se está disposto a ouvir.
Beijinho
Sim, caro Réprobo, tem razão.
Mas nesse caso não depende da situação "do caso concreto"?; ou seja, e por exemplo, quando ela/ele está irritado com ele/ela e desabafa, não ficará satisfeito com o que ouve (em concordância)?
:-p
Beijo de boa noite.
Querido Réprobo, que filosofia de alcova!
Bjinho
É isso mesmo, Querida Fugidia.
Bons sonhos
Concordo com a sua análise, meu caro Réprobo, no sentido de que, se o marido não está disposto a ouvir «falar mal», é porque se sente diminuído com a crítica à sua escolha, vendo nela a insinuação de que lhe terá faltado clarividência ou bom gosto. A mulher não tem uma atitude tão «orgulhosa» e, por isso, reserva a sua defesa para as pessoas com quem está, de facto, sentimentalmente envolvida, nem que seja por mero instinto protector/maternal. Devo, ainda assim, dizer que, na prática, encontro poucas mulheres que reajam passivamente ao «falar mal». Ou esse instinto protector é dominante… ou estamos em «triste» processo de masculinização… :-)
Querida Luísa,
é um ponto importantíssimo o que refere. Penso que toda a nossa civilização, adequando aos caracteres construídos dos géneros a procura/escolha do macho, a concessão/aceitação das Senhoras, com os correspondentes de erro apontado e generosidade desbaratada, estão, progressivamente, a ser postos em causa, com o acesso a carreiras profissionais e a prioridades diversas da familiar tradicional entre o Belo Sexo das classes média/alta.
Mas vou ver se aproveito o Domingo para discorrer acerca de outras metamorfoses.
Beijinho
Sinais dos tempos, meu caro. Não me parece que seja dramático, é tudo uma questão de adaptação. Os papeis no Casal vão-se alterando, redefinindo, alternando até, mas não vejo que daí possa vir mal ao mundo. Pelo contrário, havia um desequilíbrio muito pouco saudável que era preciso corrigir. Mesmo com alguns exageros e confusões, acho que estamos bem melhor agora, nesse capítulo.
Bjs
Não fiz juízo de valor, Querida Ana, apenas tentei chamar a atenção para uma aplicação da sabedoria oriental poder ter alcance mais universalista.
Beijinho
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