segunda-feira, 7 de abril de 2008

Melhor do Que Lawrence!

Aniversário da Conferência de Algeciras que concedeu o agreement europeu à integração de Marrocos nas esferas de influência de França e Espanha. No caso francês a reivindicação só se tornara possível graças à acção singularíssima de um dos maiores agentes secretos da História, Charles de Foucauld, antes de se tornar agente assumido de Deus. Numa altura em que não havia quaisquer dados cartográficos sobre o relevo, as passagens e os poços da terra marroquina, ele, geógrafo de mérito, como valoroso militar que se revelara, de bússula, cronómetro e, ocasionalmente, sextante escondidos, disfarçado de Judeu numa época em que eram estes os desprezados e os Cristãos os temidos, fez, debaixo de privações, riscos e agressões todo o reconhecimento do território, permitindo mais tarde aos militares uma progressão que surpreendeu tudo e todos.
Depois da conquista pregou e praticou o ganho do coração dos vencidos pela caridade, reconciliando-os assim com os vencedores, prática que levaria ao extremo depois de professar e de se aperceber de que uma ocupação só poderia ser frutífera com a evangelização, partilhando a pobreza saaariana dos Tuaregues, ao Sul dos estabelecimentos gálicos da orla argelina, ganhando reputação de santidade a que até o martírio daria consistência.
Se ainda houvesse Homens assim...

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4 comentários:

Anónimo disse...

Marruecos......¿"Pozo sin fondo" de la Política Exterior Española......?

O Réprobo disse...

Eu não diria tanto, Meu Caro Filomeno. Houve pelo menos um positivíssimo ponto: sem a ocupação do Marrocos Espanhol teria sido impossível o adestramento das tropas de elite que, transplantadas para o Continente Europeu, libertariam a Grande Espanha da opressão Vermelha.
Abraço

Anónimo disse...

Mi padre (q.e.p.d.) estuvo como alferez bajo las órdenes de oficiales españoles y alemanes en Dar Riffen.........!!!! Y no le gustó nada Marruecos........!!!!

O Réprobo disse...

Meu Caro Filomeno,
Marrocos acabou por ser uma desgraça para o Mundo inteiro, do que aliás falarei a seguir. Mas por causas exteriores...
Abraço