Espírito Demissão
O Dr. Menezes viu na saída à inglesa a maior chance de êxito. Não se pode culpar a confusão, dado que as palavras até são parecidas. Mas parece pouco caridoso culpá-lo de achar má a sabotagem interna que teve por boa, quando por si a outros assestada, porque a audibilidade das contestações à sua pessoa foi, de facto, incomensuravelmente maior.
Numa óptica tristemente integrada no sistema a conclusão é de que quem chegue com fama de caceteiro faz fraca figura ao tentar suavizar-se. Tristemente rendidos a uma pacóvia fatalidade partidocrática, os Portugueses estão, no entanto, cansados de ver as caras das intrigas de bastidores oferecerem-se para a disputa do poder. Só assim se compreende a força emergente do Dr. Aguiar Branco, que até tenho por relativamente estimável. Ser um desconhecido para grande parte do País dá-lhe alguma aura de esperança, mais que não seja a da curiosidade e a vaga fé de que não seja igual aos outros. E se o P-M continua pelos maus caminhos que leva, pode juntar-lhe a da tentação de mudar de um anyone but Sócrates.
Quanto àquele que atirou com a toalha, viu-se-lhe aplicado o Princípio de Peter. Autarca largamente considerado em Gaia, encontrou o seu nível de incompetência na chefia da Oposição. O próprio não terá ensaiado esta andança com a maior das convicções. À cautela, não renunciou ao território e cargo em que o compreendem, podendo para lá voltar e consolar-se.
O mal, meus Amigos, não está só nos homens, mas num regime que alicerça o acesso ao poder nas ambições pessoais e na carreirice ou nos despiques. Só a mais radical das alterações, que obviasse à inacreditável arrogância que se encontra numa candidatura poderá regenerar a nossa vida pública. E essa passa por cada um fazer o melhor que pode e sabe na sua esfera profissional, familiar ou opinativa, só exercendo o poder quando chamado por uma instância superior, Rei, Forças Armadas, o que seja.
Até lá permanece a estrutura da adulação dos eleitores, da subserviência perante outras massas, as que financiam; e o triste espectáculo das peixeiradas e dos jogos de bastidores regurgitantes das traiçõezinhas que corroem.
Numa óptica tristemente integrada no sistema a conclusão é de que quem chegue com fama de caceteiro faz fraca figura ao tentar suavizar-se. Tristemente rendidos a uma pacóvia fatalidade partidocrática, os Portugueses estão, no entanto, cansados de ver as caras das intrigas de bastidores oferecerem-se para a disputa do poder. Só assim se compreende a força emergente do Dr. Aguiar Branco, que até tenho por relativamente estimável. Ser um desconhecido para grande parte do País dá-lhe alguma aura de esperança, mais que não seja a da curiosidade e a vaga fé de que não seja igual aos outros. E se o P-M continua pelos maus caminhos que leva, pode juntar-lhe a da tentação de mudar de um anyone but Sócrates.
Quanto àquele que atirou com a toalha, viu-se-lhe aplicado o Princípio de Peter. Autarca largamente considerado em Gaia, encontrou o seu nível de incompetência na chefia da Oposição. O próprio não terá ensaiado esta andança com a maior das convicções. À cautela, não renunciou ao território e cargo em que o compreendem, podendo para lá voltar e consolar-se.
O mal, meus Amigos, não está só nos homens, mas num regime que alicerça o acesso ao poder nas ambições pessoais e na carreirice ou nos despiques. Só a mais radical das alterações, que obviasse à inacreditável arrogância que se encontra numa candidatura poderá regenerar a nossa vida pública. E essa passa por cada um fazer o melhor que pode e sabe na sua esfera profissional, familiar ou opinativa, só exercendo o poder quando chamado por uma instância superior, Rei, Forças Armadas, o que seja.
Até lá permanece a estrutura da adulação dos eleitores, da subserviência perante outras massas, as que financiam; e o triste espectáculo das peixeiradas e dos jogos de bastidores regurgitantes das traiçõezinhas que corroem.
Até quando?
13 comentários:
É. parece que Portugal não consegue mesmo sair do beco onde entrou...
Os partidos, Querida Cristina!
Raios os partam, ainda mais!
Beijo
Os partidos, Caro Paulo, nem mais. Conseguem partir em cacos e rasgar em mil pedaços as esperanças que que colocamos numa pequena cruz, num simples papel ..
Começo a dar-lhe razão, Paulo...
Um rei que pusesse ordem nisto e devolvesse alguma dignidade a este pobre país? Talvez... mas quem?
Querida Once,
ainda se essa cruz encimasse a pedra tumular que cobrisse de vez a perda da dignidade que é a duluição pessoal num grupo ídeologizado ávido de poder...
Mas qual, trata-se da sepultura da confiança de todos os que acreditaram na sucsistência de uma reninisência de serviço público.
Beijinho
Querida Ana,
uma das insofismáveis superioridades da Monarquia é tornar inútil essa questão.
Beijinho
Pois... o problema é que é mesmo essa insofismável impossiblidade de escolha que me encanita, meu amigo!
Um beijinho
Queridíssima Amiga,
não me pouparei a esforços para apagar esse "ni" por engano interposto no verbo com que definiu os Seus sentimentos.
Beijinho
O PSD parece estar interessado em pregar o último prego no caixão do sistema partidocrático em Portugal...Assim o consigam!
Ab
Caro TSantos(?),
Amen, parece o caso de um co-piloto suicida que não se importa de dar o passo fatal mesmo com a responsabilidade de poder ter de pegar nos comandos do avião.
Esperemos é que só a tripulação seja remodelada, que o aparelho/país não caia.
Abraço
Oops! Lá me enganei eu outra vez na identificação do post...
Duvido de que o consiga... mas lá que tem graça, ninguém o pode negar, Paulo!
Beijinho
Querida Ana,
só não digo que, fazendo-A rir, está meio caminho andado, por não querer prejudicar a táctica1 Oooops!
Retiro o que disse.
Bj.
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