quarta-feira, 23 de abril de 2008

Refúgios e "Balu-artes"

Dia do Livro, na precisa altura em que leio a magnânima referência a esta casa feita pelo Meu Amigo João Marchante. Elege ele as «Afinidades...» como o blogue que levaria para a ilha deserta, imagem que se costuma aplicar aos livros. Uma ilha ligada à net poderia continuar a ser considerada deserta? Não fará parte da definição dela o conceito de "isolada"? Pus-me a pensar na diferença que o bloguismo encarna, face à Literatura. Mas cheguei à conclusão de que não é tanta asim. Se a companhia blogosférica vive da actualidade, o convívio com os grandes espíritos redactores dos volumes estimáveis prescinde bem dela, uma vez que no isolamento insular o tempo como que se suspende. Sem contar com o facto de que quem preza muito as páginas impressas e encadernadas acaba por lhes encontrar a vida própria como viu Max Benheim, à esquerda.
Mas não é tudo, com a agressão continuada contra o indivíduo, visível ou informe, também os homenageados de hoje podem constituir a barricada em que nos entrincheiremos, último reduto da nossa sanidade, à maneira da construída por Buz Spector.

Uma tradição catalã estendida a toda a Espanha quer que a 23 de Abril se ofereça um livro e uma flor. Os primeiros estão nas imagens. Às minhas Leitoras suplico que aceitem este post como metáfora da segunda. Mesmo que, pela imperícia de quem a colheu, ela se apresente um tanto murcha.

22 comentários:

cristina ribeiro disse...

E, ao contrário do dia de ontem, em que qualquer flor era escondida pelo cinzento que descia do céu,hoje está um Abril de flores mil, a que se junta mais esta.
Beijo

CPrice disse...

uma tradição feita de história que encantou a princesa do reino lá de casa quando a escutou em Barcelona .. um dia de Amigo assim em livro e flor colhida, oferecida.
Belas as imagens, para além das suas letras, onde já me repito. Esta última qual poço sem fundo e limite para a aprendizagem.

O Réprobo disse...

Querida Cristina,
tendo passado hoje pelo Instituto Cervantes de Lisboa, foi-me oferecido um livro à escolha, de uma mesa repleta, e uma belíssima rosa. Pena tive de recusar a flor, mas não tinha à mão meios de a conservar, nem por perto Alguém que estimasse a quem endossá-la, pelo que, espiritualmente o fiz agora. Ainda admiti tentar trocar a flor por um segundo volume, mas a consciência fez-me ver que seria uma ganância destruidora da Tradição...
Beijo

O Réprobo disse...

Querida Once,
que bom, saber que a Princesa contactou com este belíssimo costume tão cedo...
Eu inteirei-me dele já homem feito.
Pareceu-me, com efeito, ver força sugestiva nas imagens. Quanto às qualidades das legendas que as acompanham, mais não são do que os frutos da condescendência amiga de Quem as segue.
Beijinho

Anónimo disse...

Las chicas guapas que por allí van; otro motivo (aparte de los libros) para pasar por el Instituto Cervantes de Lisboa.......
Ab.

Anónimo disse...

Por cierto, es posible que tengan en préstamo en CD de la magnífica "Su Excelencia" del gran Mario Moreno "Cantinflas" en el mencionado Instituo Cervantes, el cual cuenta con modernas instalaciones, a diferencia de las vetustas que se observan en Flickr de Instituto Cervantes de Roma.......

Anónimo disse...

Rectificación: acabo de ver no tan mala biblioteca "María Zambrano" de Roma. Aunque parece más moderna, luminosa y equipada la "Gonzalo Torrente Ballester" de Lisboa........

ana v. disse...

Querido Paulo,

Ainda venho a tempo de juntar-me ao grupo das Leitoras a quem oferece galantemente uma flor e um livro? Espero que sim, e também que não me castigue por alguma ausência nos últimos dias ou pelas minhas tendências trogloditas, que a seus olhos desmereçam tais presentes...
Um beijinho

O Réprobo disse...

Meu Caro Filomeno,
é um paradoro de Beldades, sem dúvida; e de que já me enviaste comprovação gráfica. Mesmo a jovem que me fez a oferta era um mimo!

O Centro está muito bem equipado e o pessoal é competente e simpático, apesar de as normas serem algo rígidas. Quanto ao filme, é caso a ver.
Abraço

O Réprobo disse...

Querida Ana,
a Si, estão sempre oferecidos! E estava cheio de saudades. Espero que o périplo pela Cidade Invicta haja corrido a contento.

Quanto à divergenciazita de gostos, é assunto enterrado - o bicho já recolheu aos curros.
Beijinho

Anónimo disse...

Amigo Réprobo: también muy recomendables los documentales " A vista de pájaro", de TVE, con la locución de José María del Río.........
Ab.

Anónimo disse...

Viva a Catalunha Independente!

Anónimo disse...

Viva o País Basco Independente!

Anónimo disse...

Viva a Galiza Portuguesa!

Anónimo disse...

Viva o PSOE, que ganhou as eleições!

Anónimo disse...

Viva o PSOE, que ganhou as eleições!

O Réprobo disse...

Fica registada a sugestão, Caro Filomeno.
Forte abraço

ana v. disse...

E recolheu vivo, caro Paulo...

A viagem ao Porto correu muito bem, tirando a chuva constante que não me deixou passear na Foz, uma coisa que adoro.

Um beijo

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

Oh,Ana, a Foz não é coisa, é cidade!:-)
Há pessoas na Foz que insistem que Foz é Foz, Porto é Porto,entende? risos
Então e nem avisou? A vingança vai ser terrivel.Quando for a Lisboa, farei o mesmo.

O Réprobo disse...

Querida Ana,
sim, imagino, para quem gista de passear ao Sol, no Paredão, a humidade tempestuosa deve ter sido... um balde de água fria, pelo que não falta coerência quer à Visitante da Cidade, quer à atmosfera da mesma.
Bjinho

O Réprobo disse...

Querida Júlia,
livre-Se de vir cá abaixo e não dar cavaco (sem politiquices) aos amigos. Só ten desculpa se for debaixo de borrasca, viu?
Beijinho

ana v. disse...

Júlia, "coisa" é o meu passeio na Foz, e não a dita. A Foz é tão bonita que quase tem direito a ser chamada de "país"!
Não tive tempo para nada desta vez, infelizmente. Não foi só a chuva, foram duas longas reuniões e um também longo almoço. Óptimo, por sinal, no "Oporto". Conhecem?
Na próxima vez prometo que aviso, se for com mais tempo.
Beijinho