domingo, 27 de abril de 2008

Os Negócios da China

O Chinês das Gravatas, por Calderon DinisDo supra-sumo da qualidade aquisitiva, no postal anterior, para a erradicação dela, no que abordarei seguidamente. Devo dizer que sou absolutamente contrário a hostilizações de imigrados chineses, por causa das malfeitorias tibetanas, como começo a ver. E trata-se de uma comunidadade ordeira e laboriosa, que merecerá alguma vigilância apenas no sentido de prevenir situações de escravatura endógena, embora nada se deva fazer na maioria dos casos, em que ela é pactada.
Outro problema é o da concorrência que movem aos nossos pequenos comerciantes e da acusação que lhes é dirigida, de vender artigos abaixo do mínimo exigível. Tal como na questão das normas bruxelenses de higiene e segurança, tenho de concluir que o melhor processo de controle é a educação do gosto do público. Em última análise, a culpa é toda nossa. E não só por lhes comprarmos a mercadoria. É que na Lisboa pré-abrilina a actividade deles estava confinada à venda de gravatas, como se sabe o artigo de vestuário mais inútil que existe. Foi depois de a maioria dos homens ter largado o uso quotidiano desse acessório que eles enveredaram para outras traficâncias.
Diferentemente com algumas chinesas, as quais andavam a burlar os incautos menos bafejados com visão clara, em plena rua. Diziam-lhes que tiravam uns "bichos" que eles tinham nos olhos, devolvendo-lhes a limpidez do sentido ocular. Uma sobra dessa tendência para a fraude ainda me tocou, na pior compra que fiz, a uma asiática, uns anos atrás, no estertor do Escudo: adquiri-lhe um guarda-chuva daqueles que elas apregoavam é a mili, é a mili. Resultado - durou vinte minutos!
Mas isto é peixe miúdo, comparado com compatriotas suspeitos de verdadeiro crime.
Para enfrentar essa pequena ameaça, bastaria que voltássemos a usar regularmente gravatas. Afinal, já dizia Oscar Wilde, Uma gravata com um nó bem dado é o primeiro passo sério na vida!

14 comentários:

cristina ribeiro disse...

O Paulo e as gravatas! Concordo que é um trapinho inútil, além de que aqui já ficou demonstrado que fica melhor sem elas :)
Beijo

O Réprobo disse...

Está a Querida Cristina a ver, eu disposto a sacrificar a minha vaidade em prol da paz social...
Beijo

ana v. disse...

E também pode ser o último passo na vida, em caso de estrangulamento... a gravata é um adereço muito útil, nessas ocasiões! LOL

O Réprobo disse...

Bonito, Querida Ana! Eu fiado no exemplo de Egas Moniz, em que, apresentando-me de corda ao pescoço, não lhe seria dado uso... e a Minha Amiga, mais impiedosa que os Reus Medievais, ameaça-me com o garrote!
Chuuuuuuif!
Bj.

fugidia disse...

Estou atordoada com a notícia: era mesmo o que faltava - o SLB ser tomado de assalto como se refere...
Vou sair desta caixinha e do seu blog, caro Réprobo, e rapidamente, que sinto uma catrefada de nomes feios a quererem saltar-me em catadupa...
dixianuicjvmvifdjsnhaggvxj (fui...)

O Réprobo disse...

Agora é que foi, Querida Fugidia! o crime era hediondo, na tipificação simples. Com as agravantes modificativas especiais que são tê-La afugentado, passa a qualificado. Pena maior, portanto. Menos que trabalhos forçados perpétuos seria ridicularia.
Beijinho

fugidia disse...

lol lol lol
Bem fundamentada a motivação da pena.
Subscrevo, sem voto de vencida :-D

Boa noite, e boa semana :-)
Bj

Anónimo disse...

"...adquiri-lhe um guarda-chuva daqueles que elas apregoavam é a mili, é a mili. Resultado - durou vinte minutos!"

Pois eu tenho uma melhor: comprei uma vez um cronómetro que nunca chegou a funcionar..:)

Ab

O Réprobo disse...

Está feito, Querida Fugidoa! Esperemos que em sede de execução delas não nos cortem as asas!
Beijinho

O Réprobo disse...

Meu Caro TSantos,
de certeza que não era só a caixa? Ao meu falecido Pai sucedeu desaire idêntico, mas com um telefone. Trafulhices de vendedores sem escrúpulo...
Abraço

CPrice disse...

Pois o Mr. Wilde que anda a dar a volta à cabeça da princesa lá de casa com o Aniversário da Infanta, deveria antes de mais, ter ensinado muita gente que conheço a dar o nó .. da gravata, claro ;)
(risos)

O Réprobo disse...

Querida Once,
pois nesse nó era ele especialista. E só nesse, porque o outro... mais desnodado não poderia ter ficado (mais risos).
Mas é bom que a Princesa contacte com o paradoxo espirituoso.
Beijinho

Anónimo disse...

"...de certeza que não era só a caixa?"

Não, era mesmo o aparelho...que eu devia ter experimentado ainda na loja...

E o pior é que caí na esparrela outra vez!
Precisando urgentemente de umas pilhas a um domingo, tive que recorrer novamemente a uma loja chinesa, embora já desconfiado...Resultado: das 4 pilhas que comprei (ainda embaladas), duas não funcionavam...Nunca mais compro nada aos chineses!!

O Réprobo disse...

Meu Caro TSantos,
aposto que qualquer reclamação esbarraria com a resposta de ser um contributo para a reciclagem, ainda Te convencendo a comprar um carregador de pilhas...
Abraço