quarta-feira, 16 de abril de 2008

Modas & Bordados

A Moda segundo GillrayQuerida Ana, eu avisei: vou ser brutal! Discordo rotundamente de que a culpa principal de alcandorar uns paus de virar tripas a ideal das passerelles seja culpa dos criadores. Eles mais não fazem do que atender aos traumas e auto-sugestões do mercado. Ora, muitas Senhoras vivem apavoradas por sentirem uns quilitos a mais e estão sempre predispostas a pensar que os manequins não são tão magros como isso, os trapos é que as fazem assim. Daí à compra desadequada é o riscar de um fósforo...
Se os modelos fossem mais nutridos, acha que teriam o mesmo efeito?

9 comentários:

ana v. disse...

Bom, Paulo, depois dos resultados futebolísticos eu temia o pior... e afinal a coisa não está assim tão má por aqui.

Não estamos de acordo: os traumas do mercado, como lhes(nos?) chama (porque somos nós, mulheres, o mercado, está visto...) foram-lhe(nos) inculcados pelos costureiros, sugerindo que as roupas ficam melhor em esqueletos do que em gente normal. O mercado (nós, está visto) tende(mos) a acreditar nessa patranha, e deixa-se complexar. E os resultados estão à vista!

Mas vejo que não perdeu o sentido de humor, apesar do desaire. Valha-nos isso, que nem só de bola vive o Homem...

beijinhos, melhores dias virão!

O Réprobo disse...

Nem me diga nada, Querida Ana. Acha-me com cara de gostar de futebol? Qual! Não ligo meia! Nem sei as cores das camisolas das equipas! não tenho por onde ficar mal dispostinho! (gruuuumpfhundemhsdryujkjkp+ºskkkkptn´rockgulp)

Pronto, encalhamos então na questão do ovo e da galinha, perdão, do Costureiro ou da Mulher como responsável do comportamento se não errático, ao menos erróneo do Mercado.
Beijinho

Luísa A. disse...

Queridos Ana e Réprobo, a minha visão é de que os costureiros escolhem modelos altos e bem constituídos para as suas campanhas, para valorizar os seus produtos/trapos. Não costumo ver esqueletos nas passerelles. Ora sendo os modelos altos, bem constituídos e muito ginasticados, são, invariavelmente, bem torneados e delgados, tudo lhes assentando que nem uma luva. Já o povo não tem as mesmas qualidades físicas inatas. O povo tem um parzito de coxas roliças e um traseiro generoso algo comprometedores. Mas insiste em introduzir-se na roupa que assentava bem aos modelos e nos mesmíssimos tamanhos. Força-se, portanto, a incríveis e ineficazes manobras de contorção e trapézio, até que a voz do diabinho, que todos temos dentro de nós, acaba por lhe insinuar a palavra milagrosa «dieta». E é assim, penso eu, que tudo começa. :-)
P.S.: Note-se, também, que hoje beleza quer dizer magreza (equilibrada), em parte porque magreza quer dizer saúde.

O Réprobo disse...

Querida Luísa,
a acepção que nos dá encontra plena equivalência na ilustração, ehehehehe.
Fora de brincadeira, desde que as manequins sejam maiores e vacinadas, sou contra as pressões para que se adopte esta ou aquela linha, devendo o caso ser deixad à iniciativa privada. Pela mesma razão que me faz contrário ao zelo da ASAE: não acredito em proteger demasiado as pessoas contra si próprias. lembraria ainda o que disse noutro lugar.
Beijinho

ana v. disse...

Mas pense, querida Fugidia, quem foi que definiu como ideal esse modelo de beleza feminina (alto, ginasticado e magro): foi o povo? Não, foram exactamente os costureiros! Se eles tivessem decretado que a "mulher ideal" deve ser gordinha e anafada, todas as mulheres quereriam ser assim! Veja-se os roliços modelos de Rubens, por exemplo, ou outros inúmeros exemplos de ideais diferentes de beleza ao longo dos tempos...
Não defendo a obesidade, claro, e sei que também é um gravíssimo e galopante problema das actuais sociedades. Mas acho que se extremou a magreza como ideal feminino, o que não encontra correspondência nas mulheres normais e só lhes cria frustrações.

Paulo, reparo que o meu amigo (muito pouco subtilmente, ainda por cima) classifica a Mulher como galinha, já que o ovo é o Costureiro... isto daria outra discussão clássica!

Mas dou-lhe algum desconto por causa do Benfica, enfim...
;)
beijinho

O Réprobo disse...

Querida Ana,
mas as Suas Congéneres não acarinham os grandes criadores da Moda como as mães que tomaram o nome do galinheiro?

O desconto não era uma piadinha que visasse confundir a Águia com animal de capoeira, ou era?
Beijinho

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

Eu sou magrela e com muita vaidade.

Visto 36 e já vesti 34. Confesso que com 34 queria um pouco mais.

Tenho a vantagem de poder vestir tudo que me apetece, movo-me muito bem, não duvido quando entro numa loja se a roupa me servirá ou não. Mais: não envelheço tão rapidamente, pois o corpo não tenho o aspecto de pesadão.

beijinho

O Réprobo disse...

Querida Júlia,
sendo que, pelas fotografias que nos deu a ver,´essa é apenas uma das muitas qualidades que Lhe assegurariam retumbate êxito, se tivesse enveredado pela carreira de top model.
Beijinho

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

olhe que nos meus vinte anos não me faltaram convites, que recusei.