O Dia das Verdades
Penso naquelas peculiares formas de usurpação, em que os arrivistas fingem recusar a coroa que extorquiram à Legitimidade, ficando-lhe com os poderes e com as mordomias. Júlio César violentando a vaidade para não concitar a hostilidade dos Patrícios, mero adiamento do seu fim trágico; Cromwell recusando sentar-se no trono que, literalmente, decapitara, mas guardando o tratamento da Alteza e a hereditariedade da Transmissão...E voam os meus pensamentos para o 1 de Abril de 1641, em que desse imenso Brasil cujos Leitores quero, nesta hora, homenagear, surgiu uma notável recusa de pactuar com uma traição ao Soberano, alicerçada pioneiramente no ódio anti-jesuítico que, noutras latitudes e datações, viria a provocar tantos males. Amador Bueno, nesse dia memorável, vendo-Lhe oferecidas as insígnias da Realeza Brasileira, recusou-as e, ali mesmo, se proclamou leal vassalo de El-Rei D. João IV.
Para que sirva de esperança - como um Exemplo individual pode domar um movimento de desagregação!
Assim seja.
Para que sirva de esperança - como um Exemplo individual pode domar um movimento de desagregação!
Assim seja.
4 comentários:
Homem de bom senso, diz o texto para o qual nos remete. Esse mesmo bom senso que tanta falta faz hoje, não só a republicanos, mas também a certos monárquicos, deslumbrados com o seu umbigo, deslumbramento que lhes retira a clarividência que este honesto demonstrou assistir-lhe em abundância...
Beijo
Ah, esses, Cristina! Gente egocêntrica há-de haver sempre, em todas as formas de Estado. Mas não foram dessa espécie os que fizeram a grandeza multi-secular da Monarquia, foram fente de serviço e lealdade, como o Nosso Homem.
Beijo
Toda a razão, Paulo. Não foi desses que se fez nunca a História. A não ser, talvez, a História do Ridículo. Que ainda um dia há-de ser escrita, para que conste...
É um desperdício de tinta, Querida Ana, mas suponho que tem razão, tudo deve ficar registado.
Bjos.
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