quinta-feira, 24 de abril de 2008

A Gavidez da Situação

Leio este alerta contra a retracção em contratar Mulheres, por receios dos empregadores de que a gravidez venha prejudicar a relação laboral. Trata-se de um problema verdadeiro, mas corresponde a uma diminuição do estatudo de gerar vida que se encaixa um regime que concedeu a disponibilidade de matar um ser gerado, como nas ambições de carreira de muitas Senhoras, as quais põem o progresso profissional à frente da vocação maternal. Estes enquadramentos acabam por se pagar; e esta é uma das consequências.
Mas se quiséssemos aliviar um pouco a gravidez da gravidade, poderia dizer que a relutância patronal mencionada residirá em temer que os conhecimentos de informática na óptica do utilizador pedidos às candidatas acarretem este resultado, com grave prejuízo de acesso...

15 comentários:

Anónimo disse...

o menino anda muito softporn...
ai o nível, ai o nível...
bjinho

fugidia disse...

Caro Réprobo,
não concordo inteiramente com o teor deste seu post; porque não concordo que se coloquem ao mesmo nível os três temas abordados: despedimento de mulheres grávidas, a escolha entre a carreira e o apelo maternal e o aborto.

Compreendo porque o faz, mas não concordo porque estão em causa responsabilidades diferentes: o primeiro implica responsabilidades de terceiros; o segundo a responsabilidade da própria e o terceiro (ainda que nem todos concordem) a responsabilidade das duas pessoas que geraram outro ser.

Beijinho.

O Réprobo disse...

Querida Fugidia,
não tentei equiparar os níveis, mas mostrar como a dessacralização da maternidade pode facilitar as exigências de desistência dela.
Beijinho

ana v. disse...

Estou com a nossa amiga Fugidia, são muitas bolas (diferentes) no mesmo saco. Além disso, a excessiva sacralização da maternidade também tem servido de desculpa a muitos empregadores para fugirem a contratações femininas...
beijo a ambos

fugidia disse...

Querido Réprobo,
mais uma vez não concordo. Compreendo, de novo o seu ponto de vista, mas não concordo.
E mais, creio que falamos muito pouco da "sacralização" da paternidade.

Ser mãe não é gerar um filho na barriga.
Falo só por mim: o meu amor de mãe nasceu e cresceu, verdadeiramente, depois de elas terem nascido.
E o mesmo sucedeu com o amor do pai por elas.
E não tenho dúvidas nenhumas de que não sentiria nada diferente se não tivessem sido por mim geradas.
Beijinho.

O Réprobo disse...

Penso, Querida Ana, que não é dos empregadores que vvem a pressão de não contratar, em nome do sagrado associado ´«a maternudade, mas sim de outros quadrantes, famílias de origem, relações amicais, vizinhança até...
As empresas vão por outros valores, parece-me.
Bjinho

O Réprobo disse...

Querida Fugidia,
entre as minhas Amigas é a Primeira a não destacar a gestação e o parto como o fundamento principal desse Estado Único.
Mas, seja como for, não é isso que interessa no mercado laboral, mas sim os meses que podem correr com as empregadas de licença...
Beijinho

fugidia disse...

Querido Réprobo,
a gestação e o parto têm pouco a ver com o amor a um determinado ser, real, e mais com um sonho de um ser e com o espanto, e também orgulho, com as mudanças do nosso corpo.
Naqueles nove meses apenas imaginamos, sonhamos.
Depois temos um Ser de carne, osso, alma e espírito, a crescer dia-a-dia, a dar-nos retorno de afectos, a depender inicialmente de nós e depois a ajudarnos a aprender a deixá-lo voar, a responsabilizar-nos...
Para mim, isto é que é o verdadeiro amor parental. E vejo-o tanto nos pais de "sangue" como nos pais "de amor"...

Beijinho, de novo (ando beijoqueira, hoje) :-)

ana v. disse...

Claro que as empresas se regem por outros valores, Paulo. O que disse é que aproveitam e usam essa excessiva sacralização da maternidade, vinda de todos os lados da sociedade, para justificar fugas a contratações femininas. Têm medo, dizem, da competição que a família faz aos projectos profissionais das mulheres.
Era isso que eu queria dizer.

Anónimo disse...

Apetece-me mesmo mesmo comentar estes comentários. Mas não posso! Não tenho tempo e seria fustigada impiedosamente pelas comentadoras...
beijos a todos

O Réprobo disse...

Querida Fugidia,
mas lá está, não é o que não fornece obrigatoriedades de dispensa que condiciona a frieza de muitos gestores.
Beijinho

O Réprobo disse...

Mas, Querida Ana,
a meu ver, já não domina a tal sacralização! E quando ela imperava, estava também disseminada nas classes burguesas, digamos assim, a abstenção do trabalho feminino. Não havia portanto mobil bara o crime.
Beijinho

O Réprobo disse...

Querida Rosarinho,
"impiedosamente" estou certo de ter sido aplicado como enfeite de outro advérbio, "amigavelmente", ehehehehe.
E maldito tempo esse, que ousa roubar-nos o Seu precioso contributo.
Beijinho

ana v. disse...

Para uma fustigaçãozinha há sempre tempo, Rosarinho!
E, já agora, não me parece que discordemos assim tanto de si, o que gostamos é de reagir às provocaçãos do nosso amigo Réprobo... que, como qualquer homem e como é normal, não faz ideia do que é ser-se mulher na competição por um emprego.

Para que conste, meu amigo, nada tenho contra o carácter sagrado da materinidade, muito pelo contrário. Só contra a utilização desse argumento para exercer alguma forma de descriminação, o que é outra história...

beijinhos

ana v. disse...

maternidade, digo